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20 de novembro de 2015

Estranho silencio que preocupa!

A tortura de uma consciência
 culpada é o inferno do ser vivo.
John Calvin

Uma suposta denúncia da existência de provas contra servidores e vereadores da cidade de Bauru causou um enorme rebuliço nos corredores do Poder Executivo e do Legislativo. Suposições, suspeitas, vazamentos de informações não confirmadas, e ao final – silêncio constrangedor!
A suposta denuncia acontece num cenário onde está sendo exigido o pagamento de propinas por dois agentes públicos para a concessão de áreas públicas municipais, que dependem de aprovação prévia da Câmara.
Em que pese o Ministério Público ainda estar investigando todas as denúncias com suas evidências, mais uma vez a sociedade fica à mercê de um provável arquivamento que enterrará parcialmente as suspeitas de que nem tudo está em ordem no reino da cidade sem limites.
Para completar a receita do sanduíche Bauru, eis que por enorme “coincidência” surge mais uma denúncia na Câmara Municipal, desta vez, com a presença da vítima de tentativa de extorsão. Um empresário diz textualmente aos membros da Comissão de Fiscalização da Câmara que um agente público lhe cobrou uma “contribuição” (Vulgo Propina) de R$ 10.000,00 (Dez mil reais), em troca da liberação da área, a titulo de concessão para viabilizar a construção de uma nova sede para sua fábrica.
Temos então, duas denúncias, uma cheia de “suspeitas”, visto que a fita de áudio não é audível, não existem provas contundentes e claras, mas permite deduções que levem ao encontro da verdade. A outra é translúcida, visto que existe o denunciante em carne e osso com detalhes que podem levar a verdade também.
A grande coincidência está no fato de que a primeira denúncia apesar de mal trabalhada por quem a recebeu, tem o mesmo assunto, a mesma temática do uso de pedido de propina antes de liberação de áreas de concessão pública para finalidades comerciais.
Sendo assim, fica menos difícil saber quem está por trás destes atos que enojam o cidadão brasileiro e para as quais esperamos haja o máximo rigor nas investigações do MP e posteriormente da Justiça. Afinal de contas, a sociedade que está nas ruas pedindo o fim da corrupção demonstra que não tem mais tolerância para com este crime.
Com certeza a função de liberar ou analisar os pedidos de concessão de áreas públicas para empresas ou grupos privados em Bauru está afeta a uma única Secretaria, onde não deve haver tantas pessoas trabalhando nesta atividade.
Nota-se na cidade um silêncio constrangedor, um pulsar do tempo conspirando contra a exposição da verdade e a punição aos envolvidos. As agendas ocultas do poder estão agitadas, na calada da noite muito se conversa e se discute o assunto com certeza cobrando um preço alto por este mesmo silêncio.
Nós, bauruenses, brasileiros que pagamos uma obscenidade sem fim de impostos confiamos que o MP e a Justiça quebrarão este incomodo silêncio em Bauru.

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