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21 de maio de 2015

Entidades com total liberdade para manusear fortunas!

A irracionalidade de uma coisa não é
argumento contra a sua existência,
mas sim uma condição para ela. 
Nietzche.

No Brasil, as Federações, Confederações, Comitês e outras entidades esportivas que agregam e representam milhares de atletas e clubes recebem verdadeiras fortunas de seus filiados, dos torcedores e do governo federal. São bilhões de reais que entram em contas jamais investigadas pelos órgãos que deveriam fazê-lo, mas não o fazem.
A maioria dos clubes de futebol deve para o governo pelo não recolhimento de impostos, o governo não executa a dívida como faz com o cidadão comum por medo de retaliações. Algumas federações tem no seu comando a mesma figura nefasta há anos, sem que nada seja feito em nome da decência, do estatuto de torcedor ou da moralidade.
Apesar de tantos recursos os resultados do esporte brasileiro são pífios no exterior, não formamos atletas de ponta, nem tampouco construímos centros de excelência para o esporte olímpico. Construímos na verdade arenas para Copa do Mundo, cuja maioria está deteriorando e sem uso frequente.
As federações que comandam o futebol são exemplo de que o dinheiro arrecadado com o esporte das multidões e paixão de parcela considerável dos brasileiros não tem fiscalização alguma. Ao invés de ser destinada aos clubes pequenos do interior do país, esta fortuna está sendo utilizada para erguer sedes monumentais onde seus marajás desfilam carrões de luxo e uma vida incompatível com o que recebem.
Neste sentido a CBF é o ícone das arrecadações nababescas e dos gastos maiores ainda com terrenos, prédios e outros investimentos imobiliários. Alguns de seus dirigentes possuem Iates de luxo, mansões ou apartamentos de cobertura cuja renda seria difícil de comprovar caso houvesse uma investigação rigorosa.
As transações comerciais dos dirigentes parecem que possuem isenção fiscal e tributária neste país. A seleção brasileira de futebol virou uma verdadeira mina de ouro para empresários e a CBF. Contratos revelam (Fonte: Estadão/SP) que a entidade leiloou a seleção em troca de milhões de dólares em comissões a agentes, cartolas, testa de ferro e empresas em paraísos fiscais (Cadê vocês Ministério Público, Receita Federal e Congresso Nacional?).
A situação se estende aos esportes olímpicos que recebem verbas vultosas do governo federal oriundas de programas sociais e loterias da Caixa. São patrocinados pelo Banco do Brasil e ainda assim não conseguem ter estrutura compatível com a receita recebida. Em parte o dinheiro não chega ao seu destino final, ficando pelo caminho nas mãos de terceiros, de ONGs ou de dirigentes inescrupulosos que habitam o cenário esportivo nacional.
Se o Brasil fosse um país sério... Se tivesse uma Justiça proativa e célere... Se não tivéssemos tantos “se” para justificar nossa ineficiência ampliada pela nossa burocracia corrupta, talvez os milhares de contratos que circulam no esporte nacional fossem auditados e o mundo saberia a verdade sobre a quantidade de recursos do esporte que estão descansando no exterior em paraísos fiscais.
Até que isso aconteça - “Bem amigos da Rede Globo”...

16 de maio de 2015

Dinheiro público ou privado? Tanto faz, é caixa 2 o problema!

"Todo governo que não age na
base do princípio da república, isto é,
que não faz da 'res publica' o seu objetivo
completo e único, não é um governo bom."
Thomas Paine.

No momento em que alguns setores da sociedade começam a se interessar pela discussão de itens da possível reforma política, um item ganha destaque – Financiamento das Campanhas eleitorais. Entretanto, precede que se discuta primeiro o fim do caixa 2, a punição severa para a sonegação, lavagem de dinheiro e outros crimes correlatos no país.
O mais recente exemplo vem de Londrina (PR), onde um auditor da Receita Estadual preso naquela cidade afirmou, em depoimento ao MP, que a campanha da reeleição do governador Beto Richa (PSDB) recebeu parte da propina do dinheiro desviado dos cofres públicos do Paraná. Cerca de R$ 2 milhões foram repassados à campanha eleitoral de Richa.
Por infeliz coincidência, o segundo mandato de Beto Richa está marcado desde janeiro na sua posse, por uma crise financeira interminável, que culminou com uma greve dos professores da rede estadual e depois dos servidores, quando estes tiveram seu fundo de Previdência vilipendiado pelo governador e sua base aliada na Assembleia.
O governador nega, o PSDB nega o que não deixa de ser prática normal, o PT também negava. Todos negam, porém, é preciso que o MP vá fundo nas investigações, assim como a Justiça está fazendo no próprio Estado do Paraná com o juiz Sérgio Moro na operação Lava a Jato.
Não se pode conceber que dinheiro de campanha eleitoral seja desviado para caixa 2, prática comum, realizada impunemente por quase todos partidos no país.
Ainda é cedo para afirmar que Beto Richa seja culpado, afinal de contas, deve-se apurar com rigor e cuidado todas as denúncias do auditor preso e dos envolvidos nos esquemas citados por ele nos seus depoimento preliminares.
Mas o caso serve como exemplo para que a sociedade fique atenta, com relação à forma de financiamento a ser proposta pelos nossos atuais congressistas. Não importa em princípio se privada ou pública, desde que haja rigor absoluto na apuração, fiscalização e controle dos TSE, MP e demais órgãos afins do país.
Basta de tanta corrupção, de tanta desfaçatez de políticos que se passam de honestos enquanto seus partidos manipulam dados, verbas, recursos públicos ou provados à revelia das leis. Infelizmente, mensalão, escândalo da Petrobrás, não são exclusividade de um partido, existem muitos golpes, operações e corrupção no subterrâneo da política brasileira, onde o povo é coadjuvante num processo que deveriam ser atores principais.

15 de maio de 2015

A pouco divulgada Operação Zelotes!

"O orçamento deve ser equilibrado,
o Tesouro Público deve ser reposto,
a dívida pública deve ser reduzida,
a arrogância dos funcionários públicos
deve ser moderada e controlada,
e a ajuda a outros países deve ser eliminada,
para que Roma não vá à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar,
em vez de viver à custa do Estado ".
Ano 55 a.C. Marco Túlio Cícero

A operação Zelotes deflagrada há dois meses pela Polícia Federal depois do recebimento de uma carta anônima, embora seja comprovadamente um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no Brasil não tem destaque algum na nossa grande mídia. Nem as revistas nem os telejornais, tampouco os jornais impressos abordam o tema como o fazem, por exemplo, com a Operação Lava a Jato.
As quadrilhas atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado diretamente ao Ministério da Fazenda. A entidade é um tribunal administrativo formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje processos que correspondem a R$ 580 bilhões.
O nome Zelotes vem do adjetivo zelote, referente àquele que finge ter zelo. Ele faz alusão ao contraste entre a função dos conselheiros do Carf de resguardar os cofres públicos e os possíveis desvios que efetuaram.
O prejuízo inicial apurado era de aproximadamente R$ 6 bilhões de reais aos cofres públicos. Estão sob suspeita processos que giram em torno de R$ 19 bilhões devidos ao fisco. Só para se ter uma noção de grandeza deste esquema de fraudes, o prejuízo de seis bilhões equivale a três vezes o dinheiro desviado da Petrobrás.
A investigação atinge processos desde 2005, neste pacote de sonegação e fraudes estão sendo investigados 74 empresários, empresas e entidades como a Petrobrás, Embraer, TIM e o PP - Partido Progressista.
Em doze processos a polícia encontrou "elementos consideráveis de irregularidades". Estão nesse grupo Gerdau e RBS; as companhias Cimento Penha, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio, Mundial-Eberle; as empresas do setor automotivo Ford e Mitsubishi, além de instituições financeiras como Santander, Safra, Bradesco e Boston Negócios.
Outros, porém, foram procurados por facilitadores que intermediavam o suborno a conselheiros do órgão, mas ainda não há contra eles elementos que comprovem o pagamento de propina. Em meio ao escândalo, o Carf suspendeu todas as sessões de 2015, sem adiantar prazo para que as datas sejam revistas.
A Operação Zelotes aponta que as quadrilhas formadas por conselheiros, ex-conselheiros e servidores públicos, usavam o acesso privilegiado a informações para identificar "clientes", contatados por meio de "captadores", que poderiam ser empresas de lobby, consultorias ou escritórios de advocacia.
Um aspecto do funcionamento do Carf chamou a atenção do Ministério Público. "Havia uma série de advogados pleiteando uma cadeira no conselho, embora a função não seja remunerada", diz o procurador federal Frederico Paiva, responsável pelo caso.
Pelo que podemos perceber o golpe era gigantesco, motivo de estranharmos a omissão e o silencio da nossa grande mídia para com o caso. Silencio que também persiste no Caso HSBC que encontrou contas de centenas de brasileiros na Suíça, com indícios claros de sonegação fiscal e evasão de divisas. Nomes omitidos, origem, etc. e enquanto isso overdose de Lava a Jato na mídia, futebol e novelas.  

13 de maio de 2015

Uma forma disfarçada de nepotismo!

“Só o erro é que precisa apoio do governo.
A verdade, essa fica de pé por si própria”.
Thomas Jefferson

O recém-empossado Ministro dos Esportes, homem de Deus, pastor licenciado da igreja Universal do Reino de Deus, nem bem completou seis meses no seu cargo e já possui um deslize que o coloca entre os políticos que chamamos de “Mais do mesmo”, pois sempre cometem os mesmos atos que contrariam a probidade administrativa desejada e que é inerente ao cargo que ocupam.
O Ministro nomeou uma menina de 18 anos, sem experiência profissional alguma, para ser Coordenadora de Infraestrutura da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento com salário inicial de R$ 4.700,00 (Quatro mil e setecentos reais).
A jovem nomeada em 17/04/15, chama-se Waleska Bondade Lima e é filha do pastor Wagner Lima com a obreira Cristiane Bondade, ambos da Universal do Reino de Deus. Quanta “bondade” há no coração profissional e ético do ministro George, chego às lágrimas.
Além da jovem Bondade, o ministro também nomeou este mês a jovem que se apresenta como modelo e se chama Cibele Mazzo como Assessora da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos dos Torcedores. Ela foi contratada na cota pessoal do Secretário Nacional, Rogério Hamam (PRB-SP) e vai receber 8.554,70 (Oito mil, quinhentos e cinquenta e quatro reais e setenta centavos).
No seu site particular a modelo mantém em seu perfil profissional o interesse em trabalhos na área de figuração, novelas, apresentadora de televisão, fotos e comerciais. Muito apropriado digamos para aquilo que foi nomeada.
Ambas nunca trabalharam com esportes, nem possuem quaisquer resquícios de alguma experiência que pudessem aliviar o fato de que foram colocadas em cargos por nepotismo e politicagem da pior espécie. Algo “normal” no Poder Executivo em todas as suas instâncias.
Por isso que os chamados Cargos de Confiança precisam ser reduzidos a três ou quatro por governo, tirando dos nefastos políticos a possibilidade de loteamento, que leva ao nepotismo, a incompetência e a posse de pessoas despreparadas para os cargos que ocupam.
Que pena que nem os chamados deputados religiosos, que foram eleitos para defender a moral, a ética, sejam agora os primeiros a chafurdarem na mesma lama nojenta que os seus colegas deputados ateus estão acostumados.
As jovens a rigor não têm culpa, apesar de que poderiam ser honestas e não aceitarem o que seus papais conseguiram junto ao ministro, mas o valor do salário é tão alto para o padrão do país que elas são levadas pela ganância e oportunismo característicos neste meio.
Reforma Política? Fora PT? Não, precisamos na verdade de uma profunda reforma moral, ética, que comece nos lares brasileiros, dê continuidade em salas de aula bem estruturadas e leve a formação de uma nova geração de brasileiros que não tolerem desonestidade independentemente de quem a pratique.

PS: Após a divulgação da reportagem na mídia a jovem de 18 anos pediu demissão. Para mim não importa, o estrago já estava feito.

2 de maio de 2015

O golpe na Previdência dos Servidores Públicos do Paraná!

“Nunca se mente tanto como
antes das eleições, durante uma
guerra e depois de uma caçada"
Otto Von Bismarck.

O reeleito governador Beto Richa depois de quatro anos a frente da administração do Estado do Paraná começa sua nova gestão de forma torpe, destilando seu rancor e ódio contra os servidores públicos daquele Estado, em especial dos professores da rede estadual de ensino.
Como diz um famoso economista: “Beto Richa tornou-se um valhacouto pior e mais rancoroso que a política brasileira formou nos últimos anos”. Sem dúvida o PSDB no momento que a sociedade mais precisa, destila sua miopia e a ausência de visão estratégica, exibindo um personalismo absurdo de uma geração ultrapassada que se apegou demais ao poder impedindo a renovação e a oxigenação do partido. Só isso explica Beto Richa no poder.
Com relação à medida que o governador enviou e foram aprovadas na Assembleia Legislativa do Paraná podemos entender o seguinte:
As propostas de alteração no Paraná Previdência faziam parte do pacote de medidas enviadas pelo Governador ao legislativo. O governo incluiu outras propostas, as quais foram em seguida retiradas, como se “justificassem” as medidas que foram mantidas e servindo de dissimulação para esconder a verdade.
Os recursos da Paraná Previdência são oriundos das contribuições previdenciárias descontadas mensalmente dos servidores públicos do Paraná. A fusão dos fundos previdenciário e financeiro, onde Oito Bilhões de reais seria transferida para o caixa do Estado do Paraná, significa em tese que haveria uma apropriação indébita previdenciária, sobre os valores de previdência recolhidos dos trabalhadores.
O governador Beto Richa e os deputados estaduais do Paraná esqueceram que ao tomarem posse juraram obedecer a Constituição Federal e a Estadual.
Essa amnésia temporária os fez esquecer que não podem desviar recursos do Fundo Paraná Previdência pertencentes aos servidores públicos para misturar com as finanças do Estado, sob pena de cometerem o crime comum de apropriação indébita e serem presos em flagrante delito.
Ao chamar os professores e demais servidores de baderneiros e praticantes de atentado conta a democracia, o Governador comete um equívoco, pois ele e os deputados estaduais é que podem ser chamados desta forma. A aprovação teve 34 votos a favor e 19 contra.
Vale lembrar que Beto Richa governou o Estado de 2010 a 2014, em seu primeiro mandato, portanto, além de nunca ter informado aos eleitores sobre a crise financeira do Estado também omitiu que queria se apropriar do Fundo Paraná Previdência antes das eleições. A isso costumeiramente chamamos de “Estelionato eleitoral”.
Pobre povo, pobre servidores do Paraná, que sofrem como os demais brasileiros com um governo federal medíocre, corrupto e sem rumo e ainda tem de aturar o infame governador Beto Richa duplicando suas agonias e problemas.
Cabe ao Ministério Público e a Justiça do Paraná recolocar as coisas nos trilhos novamente, acalmando os ânimos e devolvendo a paz aos servidores e seus familiares no belíssimo Estado do Paraná. Os dados publicados nos grandes jornais brasileiros (ver gráfico abaixo) demonstram que o Governador Beto Richa gastou mais do que arrecadou. Só não pode querer descontar nos servidores e no povo paranaense.


http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/05/1624625-mudanca-na-previdencia-do-pr-e-inconstitucional-diz-procurador.shtml

Fontes: Gráfico publicado pela Folha de SP
Informações da Jus Brasil      

2015 - Um ano que será difícil de ser lembrado!

“Há os que lutam uma vez e são importantes.
Os que lutam muitas vezes e são fundamentais.
E há os que lutam sempre, esses são imprescindíveis”.
Brecht

As eleições presidenciais ocorreram em outubro e novembro de 2014 em primeiro e segundo turno. A partir da declaração da vitória da candidata do PT Dilma Rousseff, começou e ainda não terminou em maio de 2015 o terceiro turno daquelas eleições.
A oposição capitaneada subliminarmente pelo candidato derrotado do PSDB Aécio Neves luta nos bastidores para inflar os demais partidos alijados do poder e tentar buscar uma alternativa que retire do poder o PT.
Mesmo sendo sabedores que qualquer manobra legal que impeça Dilma de continuar no poder não provocará novas eleições, mas sim, levará ao poder o nefasto PMDB de Michel Temer eles persistem no caminho da busca por revanche.
Por sua vez, Dilma não conseguiu governar em 2015, escolheu de forma amadora seu ministério, tropeçou na adoção do que chama de ajuste fiscal e o pior, não consegue dominar o Congresso Nacional liderado pelo PMDB de Eduardo Cunha.
Com isso, como sempre quem paga a conta é o conjunto da sociedade brasileira. Aumento de impostos, juros obscenos na estratosfera tanto para os cheques especiais como para os cartões de crédito e uma inflação que volta a subir e afetar a mesa do consumidor.
Os primeiros sinais começam a ser demonstrados no fraco desempenho do setor automobilístico e na redução dos gastos com diversão, alimentação e vestuário por conta da retração financeira e da alta dos preços em geral.
Para complicar a Câmara dos Deputados liderada por Eduardo Cunha impõe votações que desagradam tanto o governo como muitos setores da sociedade. Está na pauta Redução de Maioridade Penal, Terceirização, Minirreforma política entre outros que deveriam passar por ampla discussão no país, mas que estão sendo votados a fórceps.
Em meio a toda esta situação ainda temos o cenário da corrupção que atinge seu ápice com as denúncias cada vez mais estarrecedoras do envolvimento de vários setores empresariais e políticos nas Operações Lava a Jato e HSBC. Um processo que está na esfera judicial e com vários donos de empreiteiras presos desde Jan/15.
Como então este país anda? Como que o PIB pode ser positivo? Como que a indústria e o comércio podem prosperar neste ambiente dúbio, inseguro e catastrófico da política brasileira? Como sempre foi e será, por osmose, caminhando para frente mesmo que timidamente sem parar, a passos leves, mas não deixando de seguir em frente.
A maioria dos países de primeiro mundo teria entrado em colapso, mas o Brasil, não, desde sua descoberta pelos saqueadores travestidos de colonizadores, nossa gente se acostumou a viver desta forma, em meio à turbulência provocada pela péssima condução política e administrativa do gigante que nunca acordou.


Palestra do OSB promovido pela Batra em Bauru - 27/04/2015

Fundo Partidário - Excrescência legal para uso imoral

"De todas as presunções ridículas da humanidade,
nada ultrapassa as críticas feitas aos hábitos dos pobres
 por aqueles que têm casa, estão aquecidos e alimentados.
H. Melville

Os partidos políticos no Brasil dão muito prejuízo financeiro ao povo brasileiro e praticamente nenhum retorno que possa justificar a montanha de dinheiro que é destinada a eles. Poucos sabem, não custa informar: O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, denominado Fundo Partidário, é constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei.
Os valores repassados aos partidos políticos, referentes aos duodécimos e multas (discriminados por partido e relativos ao mês de distribuição), são publicados mensalmente no Diário da Justiça Eletrônico. A consulta pode ser realizada por meio do acesso ao sítio eletrônico do TSE na Internet – www.tse.jus.br
No ano passado os 32 (trinta e dois) partidos políticos registrados no Brasil receberam algo em torno de 380 milhões de reais. Um valor que chama a atenção quando sabemos da situação caótica da nossa Saúde pública e de tantas mazelas onde esta verba poderia ser mais bem utilizada.
A presidente Dilma Rousseff atendeu aos pedidos das legendas e do Congresso Nacional ao sancionar no Orçamento deste ano aumento no repasse ao Fundo Partidário.
Inicialmente, o projeto do Orçamento enviado pelo Executivo estabelecia que fossem repassados aos partidos políticos R$ 289 milhões em 2015. Porém, o relator do projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR), incluiu emenda que estipulou o montante em R$ 867,5 milhões.
Isso mostra que o poder executivo que alega necessitar de ajustes fiscais não terá coragem de fazê-lo em sua própria carne nem tampouco do legislativo. Apertar os cintos e endurecer o orçamento, somente com o povo.
Destinar quase um bilhão de reais a partidos políticos é um acinte, uma aberração num país que já gasta cerca de vinte bilhões por ano com esta escória que nada faz pela sociedade brasileira, quase não trabalham, vivem com mordomias e regalias de verdadeiros marajás e ainda por cima desrespeitam o povo e nosso dinheiro em maracutaias, fraudes e propinas que a mídia exibe à exaustão.
O Brasil precisa enxugar os partidos políticos existentes. No máximo seis partidos seriam suficientes, dois de esquerda, dois de centro e dois de direita seria o ideal ao invés de 32 siglas que comem dinheiro do erário, sem ideologia, apenas interessados em enriquecer as nossas custas.

A falência das instituições em todos os seus segmentos!

"Somente após a última árvore cortada,
após o último rio ser envenenado,
o último peixe ser pescado.
Somente então o homem descobrirá
que dinheiro não pode ser comido.
Provérbio Cree

Demorou para o castelo de areia da Petrobrás ruir e desabar sobre o mar de lama que destruiu sua reputação, afetou sua imagem no exterior e deixou claro que sua estrutura fora estuprada seguidas vezes com a indicação de membros de uma enorme zona de meretrício da administração política brasileira.
Dizer que as falcatruas começaram há doze anos com a gestão do PT seria desmerecer tantos outros pulhas que já se alimentavam de corrupção e propinas antes dos petralhas. Injustiça não! Vamos ser justos, porém, não podemos deixar de dar a eles o mérito que merecem, foram competentes e deixaram a empresa feito terra arrasada. Roubaram tudo e mais um pouco.
Enquanto a notícia da operação que levou à prisão os empreiteiros que agiam na Petrobrás ainda está no ar nos telejornais, mais escândalos agitam o noticiário nacional. Tem o caso Zelotes, uma operação deflagrada no final de março e com origem em uma carta anônima entregue num envelope pardo. A Operação Zelotes da Polícia Federal investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que quadrilhas atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, revertendo ou anulando multas.
A entidade é um tribunal administrativo formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje processos que correspondem a R$ 580 bilhões.
O nome Zelotes vem do adjetivo zelote, referente àquele que finge ter zelo. Ele faz alusão ao contraste entre a função dos conselheiros do Carf de resguardar os cofres públicos e os possíveis desvios que efetuaram.
Em geral, é julgada pelo órgão (Carf) uma empresa autuada por escolher determinada estratégia tributária que, segundo a fiscalização, estava em desacordo com a lei. Estão sob suspeita 74 processos que somam R$ 19 bilhões em valores devidos ao fisco.
A Polícia já confirmou prejuízo de R$ 6 bilhões aos cofres públicos. O valor equivale a cerca de três vezes o dinheiro desviado da Petrobras por meio do esquema desarticulado pela Operação Lava Jato, se considerada a cifra levantada em janeiro pelo Ministério Público Federal (R$ 2,1 bilhões).
Tem o caso HSBC: O jornal inglês The Guardian e outros órgãos da imprensa (como o francês Le Monde) vazaram documentos internos da filial suíça do banco inglês HSBC, que mostram que essa instituição ajudou 106 mil clientes com contas secretas a sonegar impostos no valor de 120 bilhões de dólares (334 bilhões de reais) entre 1988 e 2007.
Segundo os documentos divulgados, o banco orientava seus clientes a fugir de impostos e permitia que sacassem grandes quantias em dinheiro.
Segundo o ICIJ existem 6.606 contas relacionadas ao Brasil, que somam juntas mais de sete bilhões de dólares (19 bilhões de reais). Na lista dos que têm conta no banco está o banqueiro Edmond J. Safra, morto em 1999.
Segundo o site do ICIJ, os representantes da viúva dele disseram que todas as contas serviram apenas para propósitos legais. A família Steinbruch, dona da indústria têxtil Vicunha, manteve 464 milhões de dólares no HSBC entre 2006 e 2007. Também foram divulgados os nomes de 11 envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobras.
Por incrível que possa parecer o Brasil ainda não está investigando o caso, nem os deputados e senadores loucos por CPI colheram assinaturas para uma investigação no Congresso Nacional. Por que será?
O Brasil está cercado de casos de corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, armas e influência, desvio de dinheiro público, fraudes em processos licitatórios e muito mais. As instituições estão sucumbindo a tanta impunidade no país e podemos arriscar que não exista um só canto do Brasil onde haja dinheiro que não tenhamos fraudes e golpes.
É a falência completa das instituições... Falta ética, moral e uma Justiça forte e inatacável, com rigor absoluto nas penas e sem abrandamentos de nenhuma natureza para com os criminosos.