Os que repudiam a violência podem repudiar,
pois outros praticam violência em nome deles.
George Orwell
No Brasil não
temos tempo para pensar que já vimos tudo, pois na sequência assistimos algo
ainda pior ao fato anterior que pode ter lhe indignado profundamente. Temos
leis em excesso, na mesma medida em que elas são excessivamente brandas e
beneficiam muito mais do que penalizam os criminosos comuns ou do colarinho
branco.
Nos acostumamos
a ouvir que o Brasil é o paraíso da criminalidade, da impunidade e da
desfaçatez humana. Não é para menos, sempre temos histórias reais que nos
chocam, levando-nos a pensar em sair deste país, ou fazer como a imensa maioria:
resignar-se.
A bola da vez é
um sujeito do outro lado do mundo, na Oceania, mais precisamente na pacata Nova
Zelândia, que abusou sexualmente de um menino de sete anos de idade e em
seguida matou o pai do garoto com requintes de crueldade.
Ele é preso,
julgado, condenado à prisão perpétua em seu país. Seu nome é Philip John Smith,
40 anos e o assassinato aconteceu em 1.995. Assim como no Brasil, as
autoridades penitenciárias da Nova Zelândia permitiram um mini indulto ao
facínora. A permissão seria de três dias para supostamente visitar familiares,
mas o assassino aproveitou a deixa e com ajuda prévia externa conseguiu
embarcar para Santiago do Chile e rumar em seguida para o Paraíso da Impunidade
das terras brasileiras.
Entrou em nosso
país pelo Aeroporto Internacional de “segurança máxima” Cumbica, onde ficou
três horas antes de rumar para o Rio de Janeiro, podendo estar acomodado numa
das muitas comunidades repletas de traficantes, bandidos e marginais de toda
espécie.
A Interpol pediu
colaboração da nossa Polícia Federal que está procurando o assassino, pedófilo
e monstro neozelandês, enquanto a Nova Zelândia já começa a ficar preocupada
com a escolha do seu criminoso. Por quê? Eles já sabem que não temos tratado de
extradição com seu país. E o pior, segundo as nossas “rigorosas” leis, caso ele
seja preso e deportado, só poderá cumprir a pena máxima brasileira no seu país
de origem.
Ao invés de
cumprir a merecida pena de prisão perpétua, o canalha teria de cumprir em tese
o que lhe faltar para completar 30 anos de prisão. Se ele já cumpriu 8 anos por
exemplo, teria de cumprir 22 aninhos e estaria solto graças a combinação
bombástica da legislação dos dois países a saber:
A Nova Zelândia
por permitir que alguém que cumpre prisão perpétua possa sair para visitar
parentes. E o Brasil por obrigar o país de origem a usar a excrescência de
nossa lei penal a ser cumprida por um deportado.
Não é à toa que
o italiano Cesar Battisti, este neozelandês e tantos outros assassinos,
terroristas e facínoras amam o Brasil. Para onde Ronald Biggs fugiu após o
roubo do século na Inglaterra? Aqui é o melhor lugar do mundo para criminosos.
Nossa Justiça dá guarida, ajuda e beneficia a todos com leis brandas, omissão,
lentidão processual e muitas benesses.
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