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17 de maio de 2013

Bolsa Crack e o contraste com o discurso em 1995!

“De todas as presunções ridículas da humanidade,
nada ultrapassa as críticas feitas aos hábitos
dos pobres por aqueles que têm casa,
estão aquecidos e alimentados. H. Melville

No ano de 1995 a esposa do governador eleito por SP, Senhora Lila Covas, convocou todos os envolvidos na então campanha do agasalho para uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Até aquele ano, a arrecadação quebrava recorde e toneladas de roupas e agasalhos eram conseguidas em campanhas junto à população com o auxilio fundamental dos empregados das empresas estatais paulistas.

Com o início do mandato em janeiro de 1995, aquele era o primeiro contato do então governo do PSDB com o contingente que formava a comissão para a organização da Campanha do Agasalho.

Na reunião, de forma ríspida e até autoritária a esposa do governador disse em claro e bom tom a todos os presentes que Mário Covas não iria mais fazer campanhas para arrecadar agasalhos, que isso era uma política assistencialista e que em seu mandato mostraria como isso seria resolvido.

Um misto de perplexidade e surpresa tomou conta de todos, deixar de se envolver com tal tarefa era um fardo a menos na contabilidade das atividades individuais de cada empregado presente, entretanto, havia a certeza de que a atitude era revanchista para com governos anteriores e eles não estavam pensando naqueles que necessitavam de agasalhos no inverno paulista.

O tempo, senhor da razão mostrou-nos como o PSDB de Mario Covas mudou nestes dezoito anos decorridos daquela reunião:

 A campanha do agasalho do governo paulista voltou a ser feita pelo Governo do Estado de SP, o que era “assistencialismo” voltou a ser estratégia de marketing político;

 O atual governador que era vice de em 1995, acaba de lançar a Campanha para o Bolsa Crack, o que em suma contradiz tudo que foi apregoado por Lila e seu marido Mário Covas.

Não existe política pública para combater efetivamente a miséria, o vicio das drogas, nem nenhuma outra mazela que afeta nossa sociedade.

A política de bolsas, sejam elas quais forem, são para fins eleitoreiros, não para resolver problemas sociais. Nosso Estado depois de 18 anos sob o mesmo partido no governo não implantou uma política de saúde pública que inclua o tratamento, acompanhamento e a destinação correta para os viciados em qualquer tipo de drogas.

Assim como ainda passam frio e morrem nas ruas e barracos centenas de pessoas sem ter um teto (Problema Habitacional) ou um mísero agasalho ou cobertor.

A arrogância de Lila Covas em 1995 contrasta com a venda de diversas empresas paulistas que em tese deveriam hoje dar uma folga enorme ao orçamento do Estado, possibilitando que nos dias atuais houvesse recursos em abundância para saúde, educação, habitação e segurança, mas não há!



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