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29 de dezembro de 2012

Previsão de 2013 para o Brasil!

A democracia... É uma constituição agradável,
anárquica e variada, distribuidora de igualdade
indiferentemente a iguais e a desiguais. Platão

Nada vai mudar, como vem acontecendo nos últimos trinta anos neste país abençoado por terras férteis, minérios em abundância, petróleo até na camada do pré-sal, extensão territorial marítima com farta opção de pescados, além é claro, de um leque sem igual de lugares para turismo interno e externo.

E nada muda, por que a classe política que aqui habita efetua um loop pernicioso onde ao governar nega o acesso à educação de qualidade para aqueles que em via de regra os elegem, num círculo vicioso e maldito para as esperanças deste próprio povo.

Nas duas gestões de FHC a inflação foi domada com a aplicação do plano econômico real, mesmo assim, nada mudou para a grande maioria. Lula ficou então mais oito anos e transformou alguns benefícios de FHC em moedas de troca por votos e sua reeleição. Reeleição possível graças a uma ideia nefasta do próprio FHC, diga-se de passagem.

Com a utilização de algumas medidas populistas o PT levou as classes C, D e E ao paraíso das compras, dos crediários e das dividas que até então somente a classe média possuía por meios de carnês a perder de vista. Numa economia volátil isso é tão bom quanto perigoso aos que agora são favorecidos.

Mas ao mesmo tempo, não investiu em educação, saneamento básico, saúde e habitação, ficando assim como FHC, nos nomes pomposos de planos de ação sem planejamento, sem controle de gastos e obviamente sem resultados palpáveis.

Hoje o país arrecada em números gerais R$ 1,5 trilhões em impostos de toda natureza nas três esferas de governo. Ao mesmo tempo somente o governo federal gasta R$ 197 bilhões com uma máquina administrativa inchada e mal distribuída por mais de 40 ministérios. Este número é um desrespeito.

O governo gasta ainda outros R$ 184 bilhões com despesas de custeio. Enquanto dispõe a titulo de exemplo de R$ 32 bilhões com benefícios a idosos e portadores de deficiências físicas.

Nada muda na distribuição de renda que privilegia a classe dominante e o alto empresariado em detrimento de milhões de brasileiros da classe média, que ao mesmo tempo é a que mais paga tributos e sustenta boa parte das demais classes sociais do país e este governo inepto.

O novo ano de 2013 muda apenas na numeração milenar, pula um ano a mais, porém não altera a perspectiva de termos mais uma ano com:

1. Congresso ocioso, votando apenas e tão somente coisas de interesse do governo ao invés de votar por Reformas significativas como as Reformas Política, Fiscal e tributária por exemplo.

2. Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais continuaram subservientes ao poder estabelecido formando verdadeiras barreiras facciosas em prol da chamada “Base governista” que mais se assemelha de uma Base Mafiosa.

3. A carga tributária não vai diminuir, assim como não recuará os gastos públicos com pessoal e mordomias inaceitáveis em viagens e outros gastos nababescos dos governos nas suas três esferas.

4. Nada mudará na Saúde Pública, Educação, Segurança, Habitação e Saneamento Básico que apesar de terem recursos nos cofres públicos não saíram do papel em forma de projetos e ações concretas para tirar o país do lodo em que está na comparação com países menores e mais pobres.

5. Não teremos mudanças no Poder Judiciário que virou anexo do Poder Executivo no país. Os nossos juristas e legisladores não vão alterar significativamente as leis brandas que favorecem criminosos comuns, corruptos e a impunidade no que chamo de SPA Mundial da Corrupção.

6. Julgamentos como o do mensalão atraem holofotes, mas não valem absolutamente nada se não tiverem continuação com a prisão dos bandidos julgados e a extensão para outros casos como Privataria Tucana, Caso Cachoeira, Mensalão mineiro e Operação Porto Seguro, entre tantas que aparecem nos jornais .

Ao final de 2013 vamos conferir tudo isso e com certeza reescreve-lo como se fosse 2014. Acrescentando apenas os gastos obscenos do governo com a realização da Copa do Mundo de futebol no país.


28 de dezembro de 2012

Democracia para poucos no Brasil!

O poder se torna mais
forte quando ninguém pensa.
Sócrates

 
Vivemos no Brasil uma democracia que apenas possibilita ao povo votar de dois em dois anos, elegendo políticos que no legislativo vão inundar o país de leis inócuas, dispensáveis e muitas vezes com vícios e brechas para favorecerem a própria classe política. Elegemos por sua vez governantes nas três esferas do poder para que amparados por seus legislativos possam ter super poderes e não serem incomodados pela justiça do país.

Recentemente o STF julgou com toda cobertura da mídia o chamado Mensalão, algo que parece novo, mas já vinha sendo praticado há muito tempo no congresso. Foram julgados, condenados e agora utilizam das brechas de recursos “Ad infinitus” para poder ganhar muito tempo antes de serem presos, se é que serão encarcerados um dia.

Nos Estados os governadores fazem o que bem entendem, se sentem soberanos, pois sabem que se suas contas não forem aprovadas, a assembleia onde eles normalmente têm maioria dos votos impedirá a cassação. Em SP durante 20 anos de gestão nunca uma CPI foi sequer aprovada para julgar o que a oposição queria.

As assembleias barram ações contra governadores no STJ – Supremo Tribunal de Justiça, impedindo descaradamente a abertura de processos criminais contra governadores.

Vejam que absurdo: A Constituição Federal que é nossa Carta Magna diz que o STJ pode processar governadores por crimes comuns. Mas as Constituições Estaduais se sobrepõe a Carta Magna estabelecendo que as ações só possam ter início com aval dos deputados estaduais. Isso se chama malandragem jurídica.

Sendo assim, estes políticos eleitos pelo povo, numa falsa democracia, onde apenas o povo é obrigado a cumprir leis e a constituição se veem obrigados a curvar-se diante de tantas injustiças, administram o nosso dinheiro e fazem o que bem entendem à luz das leis.

Os governadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ), José de Anchieta (PSDB-RO), José Richa (PSDB-PR), Marconi Perillo de (PSDB-GO) e André Puccinelli (PMDB-MS) tem processos no STJ aguardando a liberação das Assembleias estaduais para poderem dar continuidade nos processos a mais de cinco anos.

Se fosse com os cidadãos comuns, mortais que pagam pesados tributos já estariam julgados, processados, presos e sem direito a nada, além de pão e água em bebedouro distante.

Assim é a nossa democracia, para poucos privilegiados, ricos, políticos, criminosos do colarinho branco que podem usar a constituição estadual, advogados caríssimos, brechas em leis e todo tipo de ação espúria para se livrarem de processos penais.

Depois alguns não entendem por que aqui é o Paraíso Oficial da Corrupção no mundo. Além dos governadores, o caso do mensalão tucano em MG, o caso Cachoeira no DF e GO, o recente caso da funcionária da Presidência em SP com super poderes maiores que os do Super Homem ilustram a imundice do nosso sistema democrático.


23 de dezembro de 2012

Mensagem do Blog aos leitores

Caros (as) Amigos (as)

Estamos chegando a mais um final de ano, apesar de algumas informações contraditórias sobre a continuidade de nosso mundo, o ano de 2012 conseguiu cumprir seu papel e nós pudemos chegar ao seu final, ao menos estamos tentando com a graça de Deus. 

Na contabilidade que todos fazem ao final de cada ano, posso dizer que este ano foi maravilhoso para mim, dificuldades e problemas todos temos, eu também os tive, quem não os tem? Mas o importante é que até nestes momentos podemos melhorar, podemos crescer e tentarmos ser melhores do que antes.   

Estamos neste momento próximos da comemoração do nascimento de Jesus Cristo, filho de Deus, o Natal é momento de reflexão, harmonia, união e muita paz em torno de nossos familiares.

Neste ano lancei meu primeiro livro intitulado O Tempo na Varanda uma coletânea de poesias. Agora em 2013 estarei lançando meu segundo livro intitulado O Humor no Trabalho. Desde já agradeço pela enorme gentileza de todos que me dão apoio e suporte para que tudo isso possa ser realizado, em especial minha família. Minha linda esposa Célia, meus filho Rodrigo, Marina e Ronaldo e meus irmãos Roberto e Renato ao lado de minha querida mãe. 

Sendo assim, quero desejar a todos que entram neste blog, leem meus artigos e textos e ainda os indica aos seus amigos que tenham todos um Natal de amor, de paz e um Ano Novo de 2013 de sucesso, conquistas e muita saúde com as bênçãos de Deus.

Obrigado pela força, pelo carinho e pela consideração aos meus textos postados neste espaço democrático que a internet nos possibilita. Fiquem com Deus e muito obrigado pelo carinho e atenção.





22 de dezembro de 2012

Efeito Orloff da Colômbia no Brasil!

Perdoamos uma criança que tem medo de
escuro facilmente. A verdadeira tragédia
da vida é quando homens têm medo da luz.
Platão

Há muito tempo atrás a mídia veiculou uma propaganda que ficou famosa à época. Era uma propaganda de uma Vodka onde o personagem principal dizia ao outro: “Você sou eu amanhã”. A vodca não sei se vendeu bem, porém o bordão ficou e ainda é utilizado de vez em quando.

Pois neste caso em que vou citar abaixo a Colômbia supostamente usa este bordão para com o Brasil no que diz respeito ao narcotráfico e suas formas de ação.

O cartel de Medellín na Colômbia foi uma rede de traficantes de drogas muito bem organizada, originária da cidade de Medellín, na Colômbia. Operou durante a década de 1970 e a década de 1980. Estima-se que o cartel chegou a faturar cerca de 60 milhões de dólares por mês e tinha cerca de 28 bilhões no total.

O cartel de Cáli era um cartel de drogas situado na região sul da Colômbia, ao redor da cidade de Cáli. De acordo com algumas estimativas o Cartel de Cali controlou 80% das exportações de cocaína da Colômbia (após a separação do Cartel de Medellín devido à morte e captura de seus líderes entre eles o mais conhecido: Pablo Escobar) para os Estados Unidos. Gilberto Rodríguez Orejuela fundou o Cartel de Cali em 1970 em conjunto com José Santacruz Londoño.

Estes cartéis utilizaram durante muitos anos de uma estratégia que procurava corromper policiais para que seus movimentos não fossem detectados pelo governo colombiano. Com o passar dos anos, a polícia e o governo colombiano foram endurecendo suas ações e os criminosos passaram então a matar os centenas de policiais.

A forma era simples, pagavam para pequenos criminosos uma quantia em dinheiro para aqueles que eliminassem policiais colombianos ou até perdoavam dividas de drogas em troca dos assassinatos de qualquer policial.

O efeito Orloff por mim utilizado no título deste texto se refere justamente ao que vem ocorrendo com muita frequência no RJ e em SP. Somente este ano mais de cem policiais morreram nestes Estados vitimas de emboscadas, fuzilamentos, mortes sem explicação a ser apuradas, vitimas de execuções cruéis mesmo em seus horários de folga.

No Brasil além do narcotráfico temos organizações criminosas organizadas dentro e fora das penitenciárias. O CV – Comando Vermelho no RJ e o PCC – Primeiro Comando da Capital em SP são algumas delas.

Estas organizações quando afrontadas pelo governo brasileiro costumam atear fogo em ônibus, explodir bancos e até delegacias e matar policiais de forma cruel em ações de execução.

A Justiça brasileira e todas as autoridades deste país precisam acordar para esta situação, endurecendo suas leis para com os criminosos, planejando, criando estratégias de combate ao tráfico nas fronteiras, impedindo circulação de armas e drogas e efetuando trabalho de prevenção. Sem contar com o imprescindível investimento em Educação a curto, médio e longo prazo começando ontem.


20 de dezembro de 2012

Setor Elétrico teve um Apagão!

Perdoamos uma criança que tem medo de
escuro facilmente. A verdadeira tragédia
da vida é quando homens têm medo da luz.
Platão

Cerca de 15 anos atrás aproximadamente, o setor elétrico nacional começou a ser privatizado. Primeiro foram às empresas de distribuição de energia. Depois vieram as geradoras e por fim a Transmissão de energia. Em SP em particular isso foi quase cem por cento, ficando de fora apenas a Cesp na sua Geração, não por falta de vontade do Estado, mas por vários motivos que não vem ao caso nesta análise.

Nos demais Estados muitas empresas foram privatizadas, algumas ficaram livres por teimosia ou inteligência de seus governantes. Hoje a Cemig, por exemplo, é uma das maiores empresas do setor elétrico nacional, graças à resistência à privatização de Itamar Franco, seu defensor.

Antes de efetuarem as privatizações em massa no setor elétrico, tucanos espalharam algumas sandices que pareciam aos olhos dos leigos uma verdade definitiva. Diziam:

è O cidadão comum poderá optar por qual empresa de energia quer obter a sua eletricidade nas residências ou comércio e indústrias. Mentira, nada disso jamais ocorreu até esta data.
è O dinheiro arrecadado com a venda destas empresas será investido em Educação, Saúde e Segurança, etc. Mentira, o dinheiro sumiu no ralo dos governos estaduais e a situação hoje é pior do que naquele momento.
è As empresas estrangeiras e os grupos nacionais que irão comprar as Estatais de Energia vão investir (Consta em Editais) ao menos 15% em cinco anos. Mentira, elas não investiram nada, repassaram lucros às suas matrizes no exterior, engordaram os cofres dos grupos nacionais e jamais foram cobradas pelo que estava nos editais de privatização.

Em todo país fios correm a solta em postes antigos sem que as empresas tenham investido em tecnologia de novos cabos e instalações subterrâneas como nos EUA e Europa. As empresas não investem em manutenção e por este motivo ocorrem apagões constantes desde aquela época das privatizações até hoje em dia.

Diante de todo este cenário somos obrigados a ouvir e ler empresários do setor e governistas do PSDB em SP dizer que a medida da Presidenta Dilma de reduzir as tarifas de energia em cerca de 16% afetará o volume de investimentos do setor e comprometerá a manutenção do sistema.

MENTIRA, pois durante estes anos todos de 1998 até hoje, as tarifas foram reajustadas bem acima da inflação e as empresas do setor não efetuaram o mínimo investimento em manutenção, modernização e oferta de energia.

Portanto por qual razão somente agora com o anúncio da diminuição das tarifas a partir de março/13 empresários lembraram-se dos investimentos que nunca fizeram?

Em SP o governo detém o controle da Cesp, geradora que está estagnada e não recebe do governo paulista os investimentos necessários e mesmo assim tem obtido lucros representativos e apenas aguarda o momento para ser vendida, então com que autoridade pode falar em diminuição de investimentos?



18 de dezembro de 2012

O fim do mundo


No final, não são os anos da vida
que contam, mas a vida que há nos anos.
Abraham Lincoln

Alguns místicos acreditam que o mundo vai acabar na próxima sexta-feira dia 21 de dezembro de 2012. Outros já acharam que terminaria antes, em várias datas nas quais não foram confirmadas suas previsões de hecatombes e desastres diversos no nosso exaurido e mal tratado planeta Terra.

O certo é que Deus criou a terra e o universo e com certeza somente ele sabe o momento e as razões para por fim ou não ao mundo da forma como ele concebeu. Na verdade para aquela parcela da população mundial que torce contra o Corinthians ou não conhece o time alvinegro do Parque São Jorge o mundo acabou no domingo dia 16 de dezembro com o tsunami alvinegro no Japão e em várias partes do mundo.

Enquanto isso, para a imensa torcida do Corinthians estimada no Brasil em algo próximo de 35 milhões de pessoas o mundo não acabou, mas poderia ter acabado após o apito final do jogo pelo arbitro turco Cuneyt Cakir às 10h20min (Horário de Brasília) deste domingo quando o Timão venceu o Chelsea e sagrou-se Bicampeão Mundial de Clubes pela FIFA em Yokohama no Japão.

Para esta torcida denominada como Bando de Loucos por eles mesmos, o mundo poderia ter acabado que eles morreriam felizes, chegariam ao outro lado se assim fosse permitido por Deus com os corações em festa, a alma lavada e em êxtase total.

Para quem não entendeu é simples. O time ficou sem ganhar um título de 1955 a 1976. Em 1977 conquistou no Morumbi o Campeonato Paulista denominado como a redenção do time. Os demais torcedores então diziam que o time era regional, não havia ganhado um titulo nacional sequer até 1989. Em 1990 no mesmo Morumbi o time é campeão brasileiro.

Os torcedores anti-corinthianos denominados de “Antis” diziam então que o time era nacional, não tinha passaporte por não ter vencido a Libertadores da América nem o Mundial Interclubes.

Em Janeiro do ano 2000 o Timão vence o I Mundial organizado pela FIFA no Rio de Janeiro numa noite épica, quando a torcida do Timão invadiu o Maracanã e cantou durante 120 minutos o mesmo refrão Oh oh Todo Poderoso Timão oh oh Todo Poderoso Timão.

Os “Antis” então disseram que aquele mundial não valia, pois não havíamos ganho a Libertadores. Pois no ano da graça alvinegra de 2012 vencemos a Libertadores de forma arrebatadora, invictos e com a melhor defesa de todos os tempos, ganhando do antes temível Boca Juniors no Pacaembu.

Não faltava mais nada, ou faltava o Mundial no Japão depois de haver vencido a Libertadores. Lá fomos nós, colocar pela primeira vez mais de 20 mil torcedores do outro lado do mundo. Uma invasão civilizada e ordeira que entrou para a história do futebol mundial.

O resultado todos já sabem Corinthians 1 x 0 Chelsea e o mundo tingido de preto e branco. Agora os “Antis” precisam reciclar suas piadas, precisam estabelecer novos limites para então exigirem do Corinthians e de sua torcida fantástica.

O planeta tornou-se pequeno a paixão corinthiana, uma paixão sem fim, sem medida e sem medo de ser feliz. Claro que como tudo na vida... Isso passará.

Fases ruins virão fases melhores talvez, porém para o Bando de Loucos não importa a fase, ser corinthiano é amar ao time independente de quem nele jogue, de quem o treine, de suas derrotas ou conquistas, pois ninguém é maior do que amor desta Nação.



11 de dezembro de 2012

O por que da expressão Vai Corinthians!


Vez por outra, algumas pessoas perguntam o porquê do “Vai Corinthians”. Curiosos, tentam entender porque inevitavelmente exclamamos “Aqui é Corinthians”.

Qual seria o significado destas exaltações?

A mágica de ser corinthiano não se revela somente no ato de torcer pelo Timão dentro das quatro linhas.

O jogo do Corinthians é uma forma de interpretação da realidade. A maneira como celebramos as vitórias ou lamentamos as derrotas é uma representação da vida da nossa gente. O sofrimento, a superação, a desilusão, o engano, a paixão, a época de vacas gordas, ou às vezes de vacas magras... A sorte, o revés, a resignação e a euforia. A plena compreensão de que nada vem fácil na vida da gente.

Nada do que acontece dentro de campo pode fazer sentido sem que haja uma correspondência com a vida social cotidiana.

Mas tal qual aquele ditado em que “a vida imita a arte”, podemos dizer que além do Corinthians jogar o jogo como a gente joga a vida, o contrário também é verdadeiro, ou seja, experimentamos nossa vida reproduzindo a cada momento uma espécie de ética corinthiana.

Uma ideologia que aspiramos nas partidas de futebol, de alguma forma passa a orientar o nosso comportamento. Tentarei ser um pouco mais claro. Quando alguém te oferece uma cerveja, mas revela timidamente que vai te servir naquele famoso copo do requeijão, você responde: “Por favor, aqui é Corinthians!”.

Você é chamado para uma entrevista de emprego. Um trabalho que você esperava há tempos. Ao entrar na reunião você murmura quase em silêncio: “Vai Corinthians!”.

Ao ajudar um amigo com a mudança, ou mesmo dar aquela força para carregar cimento e “encher a laje” da casa que o cara está construindo com muito esforço. Se o camarada demonstra gratidão e oferece um abraço, é muito comum chegar no cara e dizer: “ô mano, é nóis. Cê tá ligado que Aqui é Corinthians!”.

A mulher da tua vida sorri para você. Olha nos seus olhos e te oferece um beijo. O beijo que você esperou durante dias, semanas, meses ou talvez a vida inteira. Ao voltar para casa você dará socos no ar e vai gritar para a rua inteira escutar “Vai Corinthians!”.

Ano novo. Vamos estourar um Champanhe? Só tem Cidra. Tem problema? Adivinha: “Aqui é Corinthians”.
Bateram no seu carro. Ele estava sem seguro. Você terá de trabalhar meses para arrumar o carango. Bola pra frente. Vai Corinthians!
Quem nunca ouviu essa frase: “Oi filho, seja bem-vindo na minha casa. A casa é simples, mas recebe todo mundo muito bem. Não repara a bagunça”. Inevitável resposta: “Tia, aqui é Corinthians”.

Você foi promovido? Vai Corinthians.

Sua filha se formou na faculdade? Vai Corinthians.

Vai para a balada? Vai Corinthians.

Preserva e admira as coisas mais simples da vida? Aqui é Corinthians.

Identificou-se com este texto? Aqui é Corinthians!

Moral da História: “Vai Corinthians” e “Aqui é Corinthians” são elogios à simplicidade. Demonstram uma satisfação com a própria identidade. Uma afirmação da nossa origem.

O Corinthians é a maior expressão de quem somos. Ele joga no campo reproduzindo nossa realidade. Alguns acham que temos sorte, fazemos gols no final do jogo, vencemos pelo cansaço.

Outros que jogamos com raça. Tudo bem. Isso não deixa de ser verdade. Mas o que conta no final das contas é o seguinte: O Corinthians tem presença de espírito.

Autor: Rafael Castilho
Texto extraído do seu Blog

7 de dezembro de 2012

Cristina Kirchner flertando com o autoritarismo!


"É um estranho desejo buscar
o poder e perder a liberdade."
Francis Bacon

A presidente da Argentina Cristina Kirchner vem travando desde 2009 uma guerra fria nos bastidores da política argentina contra um dos mais poderosos grupos da imprensa portenha – Grupo Clarín. A maior holding multimídia da Argentina luta contra a Lei da Mídia que obriga a empresa a se desfazer de parte considerável de seus ativos.

O Clarín conseguiu nesta data a prorrogação da medida cautela impetrada contra dois artigos da referida lei. A medida foi tomada na véspera da data designada pelo governo de Cristina para executar o artigo 161 da lei, que obrigaria a empresa a vender parte de suas emissoras de TV à Cabo e Rádios.

A lei é controversa e defendida por alguns e questionada pela imprensa estrangeira que não entende sua necessidade e a chama de Lei Anti-Clarín.

Até o ano de 2008 a relação entre o grupo Clarín e a presidenta Cristina era de lua de mel. A partir de 2009 o jornal passou a defender os ruralistas argentinos contra o governo de Cristina. Passa então a adotar um tom oposicionista ao governo dela em todas as emissoras de seu grupo.

A promulgação da Lei de Mídia foi à forma que o governo argentino encontrou para enfrentar seu opositor na imprensa e minar sua força, tirando de seu poder ativos importantes tanto na TV a cabo como promovem estatização do papel jornal, intervindo na fábrica que produz o jornal Clarín e o La Nación.

Embora alguns defendam a posição da presidenta Cristina Kirchner em relação a esta Lei de Mídia. Vejo de forma preocupante que governos tentem intervir na mídia de uma forma geral. Afinal de contas à Argentina passa por sérios problemas na sua economia, tem desemprego com taxas altas, população aflita e não é com esta lei que alguma coisa será resolvida para o povo portenho.

À distância me parece mais uma atitude típica de Hugo Chaves e não de Cristina Kirchner, mas a proximidade entre ambos deixa margem a esta interpretação, inclusive o apoio da Argentina a inclusão da Venezuela no Mercosul, algo questionado por muita gente na América do Sul e fora dela.

No Brasil em alguns momentos tivemos tentativas de discussão de medidas para controlar a imprensa, alguns devaneios que foram de imediato atacados e abortados momentaneamente.

A imprensa tem de ser livre, claro que, respeitando regras nacionais e internacionais de atuação e se posicionando sempre de forma democrática frente a quaisquer assuntos dentro de seu objetivo de levar informação e a verdade ao povo.

Quanto ao governo Cristina Kirchner fica a dúvida sobre suas atitudes não só na Lei da Mídia, mas também em relação a seu verdadeiro objetivo com relação à democracia argentina. Um país que esteve por muitos anos às voltas com ditaduras sangrentas, que cometeram crimes hediondos contra a liberdade e a vida de milhares de argentinos.

Um triste DéJà vu!

Em 2010 escrevi um texto sobre a situação preocupante dos alunos de medicina recém formados no nosso país. O índice de reprovações naquele momento era de 68%. Desde aquele instante, como sempre no Brasil, nada foi feito pelos responsáveis pela Educação. Nada mudou, nada foi alterado, nenhuma instituição foi fechada, ninguém foi punido. Sendo assim, a festa continua e em 2012 acabamos de ler na imprensa que o resultado deste ano está em torno de preocupantes 54,5% de reprovação.

Nossa tivemos um avanço, reduzimos de 68% para 54,5% a incapacidade de nossos futuros médicos em provar que foram a faculdade, cursaram um bom curso e estão aptos a exercerem tão nobre quanto importante profissão?. Esta gente vai "salvar" vidas?

Reproduzo abaixo o texto que escrevi em 2010, não passa de um triste "DéJà vu" (uma reação psicológica fazendo com que sejam transmitidas ideias de que já esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo. O termo é uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto):

MÉDICOS RECÉM FORMADOS PERIGO A VISTA

O Cremesp – Conselho Regional de Medicina do Estado de SP põe a prova os estudantes recém formados em Medicina nas faculdades paulistas todos os anos. Ainda não é obrigatório como o exame da OAB, deveria ser, pois faria um imenso favor a nossa sociedade.

Desde 2005 esta prova vem sendo realizada e os resultados deste ano preocupam e muito a todos os envolvidos, pois o percentual de reprovação foi altíssimo.

Foram 68% reprovados na prova que avalia o desempenho dos estudantes de 6° ano das escolas médicas de SP, por meio de uma prova objetiva e eliminatória (1ª fase) seguida de uma prova prática que simula atendimento médico.

A prova objetiva da primeira fase tem 120 questões abrangendo nove áreas básicas de conteúdo. Para passar à segunda etapa, quando é aplicada a prova prática, é preciso acertar no mínimo 60% ou 72 questões.

Essa situação preocupa e deveria ser motivo de uma análise profunda da Cremesp em conjunto com o governo federal, precisamos reavaliar os cursos com métodos mais rigorosos e fazê-lo constantemente com os profissionais de medicina que estamos colocando nas ruas e hospitais no Brasil.

Tal qual no Direito, seria muito interessante que o Cremesp e o CRM – Conselho Regional de Medicina implantassem algumas medidas para proteger os futuros pacientes, bem como aos novos médicos. Garantindo a sociedade a qualidade daqueles recém formados profissionais de medicina. Seriam elas as seguintes:

1. Manter o exame da Cremesp, tornando obrigatório para o exercício da medicina;

2. Incluir algumas etapas antes que o novo médico possa realizar sua primeira cirurgia, assim como é feito nos EUA, estipulando uma idade ou uma experiência necessária antes que o novo profissional possa adentrar um centro cirúrgico;

3. O governo federal deveria criar um planejamento que identificasse as maiores deficiências na saúde pública para poder com competência, com salários atrativos conduzir os médicos para estas áreas carentes no interior do Brasil;

4. Neste mesmo planejamento envolvendo as Universidades Públicas e as Privadas deveriam ser incentivadas as especializações que viessem ao encontro das maiores necessidades do povo, podendo ser estudados bônus para aqueles que cursem aquelas determinadas áreas prescritas pelo Governo/Universidades.

Esse bônus pode ser em forma monetária, desconto em mensalidades, prêmios, etc. O que não pode continuar é essa situação onde formamos pessoas para cuidarem da sua saúde financeira esquecendo-se da importância de sua correta formação em medicina para atender os preceitos de Sócrates em seu juramento formal ao final de seu longo curso.

2 de dezembro de 2012

A empáfia de uma sub-celebridade brasileira!

“Há aqueles que só empregam palavras com
o objetivo de disfarçar seus pensamentos”.
Voltaire



Algumas pessoas não conseguem disfarçar sua intolerância para com menos favorecidos economicamente, aqueles que por culpa de um sistema econômico e político cruel e perverso não tiveram acesso às boas escolas, não puderam ter alimentos fartos à mesa, nem a bons empregos ou a chamada “boa vida”.

Muitas destas mesmas pessoas estão próximas daquilo que denominamos ser uma “boa vida”. Tiveram acesso a educação de qualidade, embora não se possa provar que aproveitaram dela com maestria e vontade. São vistas com ricos abastados, artistas, celebridades e viajam muito ao exterior.

São pessoas vazias, sem conteúdo e que de vez em quando sem o menor esforço entregam seus pensamentos e revelam sua personalidade torpe e ignóbil. Quer seja numa rodinha no Fasano (Restaurante das elites paulistanas) ou numa praia de Angra dos Reis.

Odeiam pobres, odeiam emergentes (novos ricos), odeiam políticos que não sejam da elite tradicional do país, amam a si mesmo, não cultuam nada que não seja fashion ou moda em Nova York ou Paris.

Pois é justamente nestes locais que não querem de forma alguma cruzar nas ruas, hotéis ou aeroportos com gente da classe B,C ou D do nosso país. “Que horror” diriam estas subcelebridades tupiniquins.

Pois nesta semana a Senhora Danusa Leão, deixou claro este pensamento ao balbuciar a seguinte pérola publicada neste domingo de sol na Revista Época: ”Ir à Nova York ver os musicais da Broadway já teve graça, mas, por R$ 50,00 mensais, o porteiro do prédio também pode ir, então, qual é a graça?”

Por estes absurdos raivosos eivados de preconceito e maledicência sem qualquer resíduo de bom senso e humanidade que entendemos porque no Brasil certos governantes podem tudo, enquanto alguns outros não podem tanto.

Esta elite nojenta e carregada de desfaçatez reage a qualquer mudança que possibilite o poder aquisitivo do mais pobre mesmo que, seja apenas para que estes possam ter acesso a um shopping na zona sul ou a um bom prato de refeição.

1 de dezembro de 2012

Felipão faz gol contra logo na apresentação

A irracionalidade de uma coisa
não é argumento contra a sua existência,
mas sim uma condição para ela.
Nietzche

A CBF é uma entidade privada, goza de imunidade quase que total, compra, vende, fecha contratos milionários, troca de técnicos e paga verdadeiras fortunas aos seus membros. Pouco ou nada faz pelo futebol brasileiro, onde os seus clubes, afiliados das suas federações estaduais morrem à mingua e não recebem nada para manter vivo o futebol chamado de Penta Campeão do mundo.

Claro que, os cinco títulos foram alcançados (1958, 62, 70, 94 e 2002) dentro de campo, por jogadores em sua maioria oriundos do interior do mesmo país onde os clubes morrem de fome, enquanto a CBF milionária brinca de torrar dinheiro.

Na sua mais recente loucura a CBF mandou embora o técnico Mano Menezes e sua comissão técnica. O que poderia ser uma troca normal da administração em virtude ou não da campanha e dos indíces de aproveitamento do técnico na verdade é uma sórdida mudança política para beneficiar aliados numa futura eleição da CBF em 2014.

Isto posto, assume o Senhor Luiz Felipe Scolari ao lado do Senhor Carlos Alberto Parreira, técnico e coordenador da Seleção Brasileira de José Maria Marin (Ladrão de Medalhas e ex-político da extinta e deplorável Arena na ditadura).

Estes dois homens e mais a nova comissão técnica que será formada vão receber dos cofres da CBF algo muito acima de R$ 1.5 mi mensalmente para trabalharem alguns dias por semana até que as competições cheguem (Copa das Confederações e Copa do Mundo). Até lá irão viajar muito e rever muitos países continentes afora da América do Sul.

Mesmo assim, Luiz Felipe em sua apresentação ao ser indagado sob a pressão que alguns jogadores poderiam sentir ao terem de jogar uma Copa do Mundo em seu país, ele responde o seguinte: “Se não quiserem pressão vão trabalhar no Banco do Brasil, ficar sentado num escritório sem fazer nada”.

Para mim a frase foi ofensiva a uma categoria inteira e não me cabe julgar se eles trabalham mais ou menos do que os demais sofridos bancários neste país. Porém pergunto:

Por que Felipão não teve coragem suficiente para dizer que quem não sente pressão são os senadores que recebem 14º e 15º salários além de fortuna mensal para trabalharem de terça-feira à quinta-feira apenas? Com sessenta dias de férias por ano.

Por que não teve coragem de dizer a verdade, como por exemplo, quem não quer pressão que seja dirigente de Federação ou da própria CBF, viajando pelo mundo e comendo de graça à custa de recursos que não são deles ou de suas empresas?

Ao invés disso o ultrapassado treinador que levou o Palmeiras de volta à segunda divisão em 2012, preferiu ser grosseiro, achando graça como todos os jornalistas presentes na coletiva ao espinafrar bancários, que pagam imposto de renda, que se sujeitam a horário rígido e que ainda por cima conquistaram benefícios ao longo de anos de muita luta sindical.

29 de novembro de 2012

Carta de Mauro Beting em homenagem a seu pai

Carta do Jornalista Mauro Beting em homenagem ao seu pai e brilhante jornalista Joelmir Beting, falecido hoje em São Paulo. Com o meu respeito e admiração por ambos, que pai e filho tenham o conforto e amparo espiritual para seguirem suas jornadas.

"Nunca falei com meu pai a respeito depois que o Palmeiras foi rebaixado. Sei que ele soube. Ou imaginou. Só sei que no primeiro domingo depois da queda para a Segunda pela segunda vez, seu Joelmir teve um derrame antes de ver a primeira partida depois do rebaixamento. Ele passou pela tomografia logo pela manhã. Em minutos o médico (corintianíssimo) disse que outro gigante não conseguiria se reerguer mais.

No dia do retorno à segundona dos infernos meu pai começou a ir para o céu. As chances de recuperação de uma doença autoimune já não eram boas. Ficaram quase impossíveis com o que sangrou o cérebro privilegiado. Irrigado e arejado como poucos dos muitos que o conhecem e o reconhecem. Amado e querido pelos não poucos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Meu pai.
O melhor pai que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho pode ter como pai. Preciso dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que virou o melhor Nonno do Universo? Preciso. Mas não sei. Normalmente ele sabia tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma categoria com que falava sobre o que sabia. Todo pai é assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também é jornalista fica ainda mais órfão. Nunca vi meu pai como um super-herói. Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei que ele pudesse ficar doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos perder quem só nos fez ganhar.

Por isso sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso. Ele me ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer.

Mas hoje eu preciso agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75 dele. Mais que tudo, pelo carinho das pessoas que o conhecem – logo gostam dele. Especialmente pelas pessoas que não o conhecem – e algumas choraram como se fosse um velho amigo.

Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa. Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas. Desculpem, mas não vou chorar. Choro por tudo. Por isso choro sempre pela família, Palmeiras, amores, dores, cores, canções.

Mas não vou chorar por algo mais que tudo que existe no meu mundo que são meus pais. Meus pais (que também deveriam se chamar minhas mães) sempre foram presentes. Um regalo divino. Meu pai nunca me faltou mesmo ausente de tanto que trabalhou. Ele nunca me falta por que teve a mulher maravilhosa que é dona Lucila. Segundo seu Joelmir, a segunda maior coisa da vida dele. Que a primeira sempre foi o amor que ele sentiu por ela desde 1960. Quando se conheceram na rádio 9 de julho. Onde fizeram família. Meu irmão e eu. Filhos do rádio.

Filhos de um jornalista econômico pioneiro e respeitado, de um âncora de TV reconhecido e inovador, de um mestre de comunicação brilhante e trabalhador.

Meu pai.

Eu sempre soube que jamais seria no ofício algo nem perto do que ele foi. Por que raros foram tão bons na área dele. Raríssimos foram tão bons pais como ele. Raríssimos foram tão bons maridos. Rarissíssimos foram tão boas pessoas. E não existe outra palavra inventada para falar quão raro e caro palmeirense ele foi.

(Mas sempre é bom lembrar que palmeirenses não se comparam. Não são mais. Não são menos. São Palmeiras. Basta). Como ele um dia disse no anúncio da nova arena, em 2007, como esteve escrito no vestiário do Palmeiras no Palestra, de 2008 até a reforma: “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível!”.

A ausência dele não tem nome. Mas a presença dele ilumina de um modo que eu jamais vou saber descrever. Como jamais saberei escrever o que ele é. Como todo pai de toda pessoa. Mais ainda quando é um pai que sabia em 40 segundos descrever o que era o Brasil. E quase sempre conseguia. Não vou ficar mais 40 frases tentando descrever o que pude sentir por 46 anos.

Explicar quem é Joelmir Beting é desnecessário. Explicar o que é meu pai não estar mais neste mundo é impossível. Nonno, obrigado por amar a Nonna. Nonna, obrigado por amar o Nonno. Os filhos desse amor jamais serão órfãos.

Como oficialmente eu soube agora, 1h15 desta quinta-feira, 29 de novembro. 32 anos e uma semana depois da morte de meu Nonno, pai da minha guerreira Lucila.

Joelmir José Beting foi encontrar o Pai da Bola Waldemar Fiume nesta quinta-feira, 0h55."

26 de novembro de 2012

Insegurança Pública em SP


“As grandes ideias surgem da
observação dos pequenos detalhes”.
Augusto Cury

Quando Mário Covas foi eleito governador pelo mesmo PSDB que ainda governa o Estado de SP há 19 anos, ele começou uma política de interiorização dos presídios. Com isso esparramou presos por todo interior de S. Paulo. Livrou a capital e transferiram presos e familiares e amigos deles para o interior do Estado.

Ao invés de promover o desenvolvimento com a instalação de polos de tecnologia e indústrias modernas, trouxe presídios e com eles um processo de transferência do medo e da insegurança. Não bastasse isso, José Serra em 2007 transformou boa parte deles em presídios de regime semiaberto, dando condições aos presos de irem e virem sem que saibamos como isso é feito e por quem é autorizado e fiscalizado internamente.

O complexo penitenciário do Carandiru na capital foi demolido e havia a promessa de que naquele local o governo paulista iria construir parques, áreas de lazer em troca da desativação do presidio. Até hoje, desconheço alguma obra que tenha sido feita pelo partido no local.

Enquanto havia o Carandiru não havia PCC, não havia presos administrando de dentro do complexo tráfico de drogas e a criminalidade fora do presídio. O Carandiru era temido por qualquer marginal, ao contrário dos SPA’s que foram feitos pelo PSDB e servem de postos avançados para toda criminalidade no interior de SP.

O governador insiste em dizer que a situação está sob controle, claro que está, mas do controle do PCC – Primeiro Comando da Capital e não das autoridades constituídas que governam este Estado há 19 anos.

Tempo mais do que suficiente para que tivessem feito algo pela Educação e implantado projetos que evitassem o crescimento da marginalidade e da criminalidade nos níveis assustadores dos dias atuais. Será que noventa e cinco policiais e mais de duzentos civis mortos não caracteriza uma guerrilha urbana e um estado de guerra nas nossas ruas?

A solução da violência passa obviamente por Brasília, onde o governo federal oferece ajuda, mas também não faz nada para oferecer soluções. Mandar força militar ou tropas de inteligência são paliativos, é preciso descentralizar os presos e tirar do Estado de SP criminosos nascidos em outra regiões do Brasil. É preciso projetos claros e verbas para Educação.

Mas acima de tudo é preciso que PSDB e PT acordem, percebam o tamanho da criminalidade que nos apavora e comecem a trabalhar em prol da reforma do sistema penitenciário no país. Da união das forças policiais e da erradicação da miséria e da ausência do Estado nas comunidades. Temos muitas leis e nenhuma Justiça.

O governo federal e o Estadual são culpados, não tem inocente neste meio, exceto o povo que paga impostos escorchantes e não recebe nada em troca, exceto afirmações absurdas como a pérola de Geraldo Alckmin que ilustra a situação atual em SP:

“O Estado de SP é maior que a Argentina, logo não se pode culpar o governo paulista pela situação que vivemos na segurança pública”. Ainda bem que o senhor não é governador de Minas Gerais nem de alguma província chinesa...

24 de novembro de 2012

Impostos exorbitantes

Estudo que acaba de ser divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que a carga tributária no Brasil, de 32,4% do PIB em 2010, é 67% maior do que a média da região, de 19,4%.

A carga tributária brasileira é maior do que as de 17 países da OCDE, formada pelas economias mais ricas do planeta. Proporcionalmente, os contribuintes brasileiros pagam mais impostos do que os da Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Espanha, Suíça e Estados Unidos.

Quando se compara a infraestrutura disponível nesses países com a existente no Brasil se tem uma noção mais precisa de como aqui o dinheiro público é mal usado. Cada unidade de moeda recolhida pelos governos daqueles países produz muito mais resultados do que aqui. Isso é particularmente notável quando se compara a qualidade do ensino público, saúde e habitação no Brasil e nesses países.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (13), um projeto de lei que obriga os comerciantes a colocarem na nota fiscal dos produtos vendidos quais são os impostos que incidem sobre a mercadoria ou serviço comercializado.

A ideia é aumentar a transparência dos tributos cobrados no País, para que o consumidor saiba exatamente quanto está pagando de imposto. A proposta tramita no Congresso desde 2007 e já foi aprovada no Senado. Para virar lei, o projeto deve ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

A sociedade brasileira precisa se levantar contra o descalabro da quantidade de impostos que incidem sobre praticamente tudo que consomem. Com isso, começarem a exigir do governo federal e dos nossos representantes no Congresso uma Reforma Tributária que venha a contemplar a redução imediata da carga tributária brasileira que é obscena.

Além de exigirmos a reforma tributária temos de cobrar dos governantes em todas as esferas públicas o retorno dos recursos que pagamos em impostos diretos e indiretos. Afinal pagamos impostos e não temos saúde pública decente, nossa Educação é de quinto mundo e sequer temos saneamento básico em 75% dos nossos municípios.

Os próprios empresários vão ficar incomodados em ver expostos nas Notas Fiscais de seus produtos o quanto eles nos custam e talvez passem a lutar ao lado do povo contra esta excrescência tributária que impera em nosso país. A sociedade civil tem de se unir contra este império da cobrança deslavada e desmedida que tributa quase tudo aqui produzido.

A única coisa que não tem incidência de impostos no Brasil é a corrupção e a ganância de governos que não reduzem suas dividas internas. Desperdiçam recursos vitais e ainda permitem que dinheiro sagrado do povo seja mal utilizado.

A medida aprovada pelo Congresso é importante, mas precisa ficar bem claro, que não é o remédio que o doente precisa, apenas um mero paliativo. A cura somente poderá vir com uma Reforma Tributária que nunca saiu do papel por vários motivos, entre eles podemos citar os seguintes:

Nossos políticos são covardes, mal intencionados e pouco se importam com sua gente e nossa sociedade espera tudo de mãos beijadas, quando sabemos que é preciso lutar, gritar, mostrar indignação e cobrar dessa mesma classe política que a Reforma Tributária seja feita JÁ!

16 de novembro de 2012

Governador de SP não sabe explicar o óbvio!


“Tanto vencedores quanto derrotados,
ambos, tropeçam e caem; a diferença é que
os vencedores se levantam rapidamente".
Peter George
O PSDB partido político do governador de São Paulo Geraldo Alckmin está no poder a quase 19 anos, ou seja, desde janeiro de 1995. Neste período ele esteve à frente do povo paulista como Vice Governador ou Governador por 15 anos. Convenhamos que é tempo demais para um Gestor ou mesmo um partido.


Salta aos olhos daqueles mais atentos de que mesmo estando na gestão do Estado de SP por tanto tempo, não conseguiu impor uma gestão eficiente na segurança pública, nem tampouco na Educação.

Ambas se refletem na atual crise que a segurança pública enfrenta com mais de 90 policiais mortos, mais de duzentos civis mortos em crimes de execução nas madrugadas no nosso Estado e dezenas de viaturas e ônibus queimados por criminosos a céu aberto.


As únicas explicações que o governador conseguiu balbuciar foram as seguintes: “Estão fazendo uma campanha contra São Paulo" e “Nosso Estado é maior que a Argentina”. Além destas duas perolas Gerado Alckmin insiste em dizer que a violência está sob controle e que os números da criminalidade em nosso Estado são pequenos e não existem motivos para pânico da população.


Claro que ele não teria coragem de afirmar isso para uma viúva, uma mãe ou uma criança que perdeu seu parente policial nesta guerrilha urbana em que se transformou SP. Claro que ele não vai admitir jamais que temos um déficit de policiais civis e militares de quase 10 mil homens.


Lógico que para ele 19 anos não seria tempo suficiente de impor uma política penitenciária mais austera e com policiamento ostensivo, preventivo e com ênfase em investimentos tecnológicos e científicos que colaborem com a diminuição da criminalidade gradualmente.


O PCC – Primeiro Comando da Capital continua enfrentando o Poder Público sem que este execute de forma firme e inteligente um plano de segurança que aniquile com as ações dentro e fora dos presídios desta facção criminosa.


Enquanto os líderes do PCC mantém contato telefônico de dentro dos presídios com seus “gerentes” ordenando crimes, execuções e roubos a bancos nosso governador está culpando extensão territorial de SP.


Desta forma fica claro que o partido do governador é o SCC – Segundo Comando da Capital e está fadado a ser sempre um mero cobrador de impostos que não consegue impor uma Política ou ter um Projeto consistente no combate à criminalidade a a prevenção para ela.


Se ao menos o PSDB investisse pesado na Educação, valorizando-a e aos seus Educadores com certeza em 19 anos já teríamos algum progresso e menos crimes estariam acontecendo em nosso Estado. Olhar o mapa mundial não traz de volta os policiais mortos em combate nem os cidadãos inocentes que são vitimas da insegurança paulista.