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18 de junho de 2011

Trânsito perigoso em Bauru

Aprendi a dirigir aos dezoito anos, quando o país ainda vivia sob a égide de uma ditadura militar. Naquela época no Brasil as leis de trânsito eram cumpridas à risca, para começar todo cidadão que quisesse dirigir um veículo ou motocicleta era obrigado a tirar uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação). E não por telefone ou comprada como é atualmente, o motorista tinha de ir pessoalmente fazer os testes.

Havia menos impunidade, menos tolerância com coisas erradas, as pessoas até pelo regime vigente tinham medo de cometer infrações, tinham na verdade respeito pelo país, pelo próximo. Assim penso eu pela minha experiência em São Paulo.

Vejo diariamente no trânsito de Bauru pessoas cometendo barbaridades que quase sempre levam perigo ao motorista infrator e a terceiros, que normalmente pagam com a vida ou seu patrimônio.

Numa só viagem entre dois extremos da cidade, notamos pessoas andando na contramão como se aquilo fosse normal, o jeitinho brasileiro de forma ignóbil e realizado na certeza da impunidade latente que assola nosso país.

No mesmo trajeto percebemos pessoas falando ao celular, crianças sem cinto de segurança e não estou falando de peruas escolares não, mas os próprios (ir) responsáveis pelas crianças. Pessoas sem habilitação ou que nunca a tiveram e sempre dirigiram sem se preocupar com absolutamente nada. Tudo isso extensivo aos que pilotam suas motos velozes cruzando semáforos vermelhos e cometendo inúmeras atrocidades no nosso trânsito.

Outro dia ao sair de minha casa num espaço de duas quadras, apenas duzentos metros, um motorista do sexo masculino cometeu três irregularidades. Tentou entrar na contra mão na esquina, depois dirigiu na contramão na rua em que estava quase ocasionando um grave acidente e por fim fez um contorno proibido e sumiu na multidão de veículos sem fiscalização nas ruas de Bagdá, desculpe Bauru.

Entre tantas irregularidades, a falta de uso da seta levando-nos a pensar que esta peça é realmente obsoleta. Mas a campeã é a falta de respeito absoluto a placa de pare ante uma rua ou avenida preferencial.

A placa de pare é como um semáforo no vermelho. Nos locais onde ela está instalada deve-se parar. E ponto. Conforme o artigo 208 do Código de Trânsito Brasileiro de Trânsito, “avançar o sinal de parada obrigatória: infração gravíssima”. Em miúdos: sete pontos na carteira e multa de R$ 191,74.

Mas isso é de certo desconhecido de boa parte dos nossos motoristas em Bauru. Entram sem olhar para nenhum dos lados ou quando a rua ou avenida tem snetido único olham para o lado oposto como já flagrei várias vezes nestes quinze anos em Bauru.

Inexiste na maioria cordialidade, o esperar um pedestre atravessar na faixa, parar para um outro veículo entrar ou sair de casa, enfim, falta paciência, tolerância e uma dose de educação para guiar.

A falta de educação no trânsito aliada a impunidade e ausência de fiscalização (Não vamos confundir com multadores coloridos) transforma nosso cotidiano nas ruas um verdadeiro inferno. A maioria absoluta dos acidentes poderíam ser evitados se houvesse investimento em educação desde a escola. Pare para pensar sobre isso!




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