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29 de dezembro de 2011

Todos eles tem algo em comum

“Na vida intelectual, o passado,
assim como é centro poderoso de resistência,
é débil princípio de atividade."
Angel Ganivet

Você sabe o que esta relação abaixo de pessoas do Brasil tem em comum? Veja então o nome delas e pense um pouco a respeito. Eles não estão em ordem de importância nem alfabética, ou qualquer outra ordem pré-disposta, mas sim relacionados a esmo:
Paulo Salim Maluf
José Sarney
Ricardo Teixeira
Jader Barbalho
Daniel Dantas
Marcos Valério
Mauricio Marinho
Roberto Jefferson
Paulinho da Força
Renan Calheiros
Fernando Collor de Mello
Eduardo Azeredo
Veronica Dantas
Delúbio Soares
José Genuíno
José Dirceu
João Paulo Cunha
Antônio Palocci
Angelo Andréa Matarazzo
Alfredo Nascimento
Rodrigo Silveirinha
Paulo Preto
Anderson Adauto
Sergio Pimentel
Luis Augusto Candiota
Julio César dos Santos
Mauro Gandra
Ronivon Santiago
João Maia
Luis Estevão
Ricardo Sérgio de Oliveira
José Roberto Arruda
Vladimir Antônio Rioli
Gregório Marin Preciado
Sergio Correa da Costa
Ricardo Mansur
Gustavo Franco
Waldomiro Diniz
Joaquim Roriz
Álvaro Lins
Eliana Tranchesi
Tania Bulhões
João Havelange
Salvador Cacciola
Envolvidos no Mensalão
Envolvidos com Carlinhos Cachoeira
Envolvidos no Mensalão Mineiro
Envolvidos no Cartel da Alsthon e Siemens

Todos estes nomes tem em comum o fato de que estiveram envolvidos em escândalos, crimes contra o erário, sendo suspeitos ou até em alguns casos condenados pela nossa justiça e nunca foram presos, ou nunca cumpriram a pena que deveriam segundos as leis vigentes no país.

Nem precisa dizer que os milhões de dólares envoltos nas acusações e suspeitas em que estavam envolvidos jamais foram devolvidos aos cofres públicos na sua totalidade.

São políticos, empresários, banqueiros, funcionários públicos que se aproveitaram da nossa justiça leniente que sempre permite com sua famosa indústria de Habeas Corpus e de abrandamentos e arquivamentos infinitos que todos os acusados de corrupção ativa e passiva fiquem soltos.

Políticos podem se reeleger, banqueiros recomeçarem seus negócios e empresários abrirem novas empresas fraudulentas para em todos os casos citados continuarem a dar golpes no dinheiro do povo.

25 de dezembro de 2011

Uma estória de Natal

Aquela criança sentada na soleira, tristonha e sem perspectiva alguma, era o reflexo da noite escura que dominava o horizonte naquela pobre cidade do interior do Brasil. O frio característico das noites de Natal europeu era substituído pelo clima tropical quente e abafado que sufocava a todos em suas casas.

A criança olhava para o céu escuro como se quisesse encontrar uma luminosa estrela cadente ou como querendo avistar algo além das montanhas intransponíveis que faziam a guarda oficial da sua cidade. A noite apenas estava começando, os sonhos daquela pobre criança movimentavam suas fantasias e lhe traziam à mente um tempo de felicidade e alegria que jamais haviam saído de suas melhores fantasias.

Os pais, trabalhadores humildes do campo nada podiam fazer e sequer ousavam prometer algo que sabiam ser impossível de cumprir. Nenhum tio afortunado, nenhum padrinho na cidade, nada com que pudesse sonhar naquela noite especial de Natal.

Então, por que sonhar na soleira do alpendre de madeira desgastado pela corrosão do tempo? Isso ninguém poderia responder por aquela criança. Nas ruas um tímido movimento de pessoas apressadas querendo chegar com seus pacotes pequenos, geralmente alimentos para a ceia que estava por vir. Poucas surpresas, nenhuma loucura e muito cansaço apenas naquelas pernas e braços que carregavam as últimas compras do ano.

Um misto de alivio e comiseração confundia os corações daquela gente nos minutos que antecediam o Natal. O aniversário de Jesus era o motivo da festa, o aniversariante estava ali no meio de todos e sua presença aquecia o corpo surrado daquelas pobres almas sofridas.

A criança suada, cansada e sonolenta não conseguia mais suportar o peso de seu pobre corpo mirrado, suas pálpebras pendiam para baixo de forma suave, mas constante. O sono era o alimento para seus sonhos e fantasias, acordar seria muito mais difícil do que necessariamente dormir. Ao fechar os olhos esqueceria a pobreza, as dificuldades de seus pais, os desencantos tantos desencontros que a vida já havia lhe reservado naqueles poucos anos de vida.

Ser pobre á algo com que ele e todos seus vizinhos aceitavam, resignados, entendiam, porém o que incomodava era a falta de quaisquer perspectivas para o futuro. Sonhos eram apenas e tão somente sonhos para aquele garoto mirrado da periferia daquela pequena cidade.

Mas como que por milagre um carro parou na porta de sua casa, não era ninguém conhecido, não era ninguém esperado, até por que a família não esperava por ninguém àquela hora, aliás, não tinha amizades com ninguém que tivesse um carro tão bonito como aquele parado misteriosamente a frente do seu portão.

Do carro desceram duas crianças bem vestidas com alguns pacotes nas mãos e os entregaram ao casal que os atendeu, disseram que se tratava de uma ajuda e que os brinquedos eram para o garoto que sempre estava sentado naquela porta, como se assim esperasse ganhar um presente a qualquer momento.

Em seguida, chamada por seus pais, as crianças entraram naquele automóvel e foram distribuir mais felicidades e sonhos para outras famílias vizinhas. Os olhos do menino brilharam mais do que a última estrela do céu naquela noite quente. Por alguns instantes, por um momento fugaz ele percebeu que havia esperança, que havia motivos para acreditar em Deus, em Papai Noel ou simplesmente na magia do natal.

Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público

24 de dezembro de 2011

Mensagem de Boas Festas


Desejo a todos um Feliz Natal, um novo ano de 2012 com muita paz e saúde. Mas acima de tudo, desejo que nosso país seja de verdade uma Nação. Que a educação seja a prioridade, mas que o cidadão comum também faça sua parte no trânsito, na educação dos filhos, no respeito ao meio ambiente, aos idosos, as crianças e a si próprio. Não basta apenas apontar o dedo para as autoridades corruptas, temos de votar com seriedade, fazer nossa parte, independente dela ser ou não significativa no contexto geral. Cada passo dado na direção certa diminui um pouco o abismo em que vivemos como sociedade.
Tudo ao seu tempo, com o discernimento necessário sem esquecer-se do amor, do sorriso na face e dos amigos que junto com nossa família justificam nossa passagem por esta vida.
Obrigado a todos que gentilmente acessaram este blog e ajudaram a divulga-lo. Tenham todos boas festas e muita paz em suas vidas.
Rafael

21 de dezembro de 2011

Dados que não aparecem nas propagandas políticas

“Tem gente que se acha honesta
só porque não sabia nada"
Millôr

Um total de 11.425.644 de pessoas - o equivalente a 6% da população do país ou pouco mais de uma população inteira de Portugal ou mais de três vezes a do Uruguai.
Esse é o total de quem vive, atualmente, no Brasil em aglomerados subnormais, nome técnico dado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para designar locais como favelas, invasões e comunidades com, no mínimo, 51 domicílios.

Esta informação oficial desmente as propagandas oficiais do governo federal e aquelas veiculadas pelos governos estaduais que amplificam projetos habitacionais que na verdade nunca chegam sequer próximos de atender aos que realmente necessitam.

Todo esforço e gasto das propagandas de FHC à Dilma não consegue esconder as favelas ou aqueles que vivem em condições sub-humanas, sem saneamento básico, escolas, saúde pública, energia elétrica e outros itens mínimos para que possamos imaginar algo digno para um ser humano.

Basta uma simples incursão nas médias e grandes cidades para que possamos constatar a terrível realidade do Brasil fora das novelas, longe das publicidade oficial, que mente, que engana e que ilude milhões de outros brasileiros que tem o dever de votar e mudar esta situação.

E eles não podem usar desculpas de crises, afinal, diz o próprio governo que vivemos numa economia sólida e sem riscos de turbulências apesar do caos na Europa e parte do mundo. Falta na verdade saber aplicar o dinheiro corretamente, falta gastar o que se arrecada em impostos de forma honesta e com a visão para o social.

Mas acima de tudo falta vergonha na cara, para cortar na carne dos governos em todas as suas instâncias a corrupção, o desperdício e principalmente os gastos públicos para a manutenção de uma máquina obsoleta de governo, este modelo ultrapassado de gestão pública que perdura no Brasil desde a proclamação da república.

Às vezes o dinheiro até existe em algumas pastas dos governos estaduais ou federal, porém, se perde na burocracia infernal e na inexistência de orçamentos participativos, onde a sociedade determina o que precisa e onde deve ser gasto. Ao invés disso o Brasil vive de emendas corruptas afiançadas por políticos inescrupulosos que habitam nosso país.

Estamos muito longe do ideal, aliás, longe do aceitável em termos de administração pública, seriedade política e aplicação correta dos recursos oriundos dos impostos da própria sociedade.

11 de dezembro de 2011

Uma denúncia por semana

“O erro acontece de vários modos,
enquanto ser correto é possível apenas de um modo”.
Aristóteles


É impressionante a regularidade da equipe de ministros montada por Dilma, Lula e sua base aliada não conseguirem passar uma semana sem que uma nova denúncia surja no noticiário. Incrível é que a cada nova semana um novo partido da base é levado ao julgamento popular. O que nos faz deduzir que não tem virgem na zona do meretrício que é a política nacional.

Os escândalos em geral tem a mesma temática, envolvendo favorecimento, propinas, enriquecimento e sonegação fiscal. Mudam somente as moscas varejeiras, mas o conteúdo é sempre o mesmo na padaria da política nacional.

Ninguém é preso, ninguém é forçado judicialmente a devolver aos cofres públicos o que desviou ou o prejuízo que causou ao erário no período em que esteve à frente de um cargo público. Um verdadeiro paraíso da impunidade oficial. Leis apenas para o povo e em questões menores.

A receita federal fica alheia ao barulho, preocupada apenas em cobrar dos trabalhadores e daqueles cujos descontos são imensos e injustos mensalmente em suas contas ou holerites.

O MP e a Justiça estão atrelados e de certa forma presas ao Poder Executivo, sendo assim, sua atuação é muito aquém do que o cidadão honesto apreciaria num país da grandeza do nosso.

Dilma deveria se fosse corajosa, independente exigir a demissão de todo sua equipe, desde os cargos secundários até o seu ministério e lançar mão de vaidades e acordos, para enfim fazer um acordo com a pátria que a elegeu, colocando ministros de carreira e promovendo concursos públicos para cargos de confiança.

Utopia? Sim, mas um dia alguém terá de fazê-lo neste país, ou perderemos por completo toda e qualquer noção básica de cidadania e ética. Sonho? Sim, mas alguém tem de compartilhar os sonhos e anseios da população brasileira que se aproxima de 200 milhões de pessoas.

27 de novembro de 2011

Quantas crises econômicas serão necessárias?

“A história é uma galeria de quadros
em que há poucos originais e muitas cópias"
Tocqueville

O Brasil vem se vangloriando através de seus obtusos governantes crise após crise em países ou regiões do exterior de que nosso país está imune a estas tempestades econômicas que estão varrendo algumas economias consideradas anteriormente como sólidas e inabaláveis.

Foram três ou quatro momentos em que percebemos o medo e a angústia tomando conta de pessoas e governos enquanto nosso país implora para sediar Copa do Mundo, luta com todas as forças para ser sede de uma Olimpíada.

Enfim, qual a receita desta economia brasileira que apesar de superavitária não dispõe de recursos para eliminar desigualdades sociais seculares? Que não tem verbas para equacionar problemas na saúde pública e perfila sempre da posição 80º para baixo nos índices mundiais?

Nossa divida interna é astronômica, beira R$ 2 trilhões de reais e cresce diariamente em virtude das opções equivocadas de um governo que não abre mão de suas mordomias, viagens e contratações irregulares de pessoas e serviços ao longo do tempo.

O país desconhece uma ação que seja no sentido de diminuir gastos supérfluos que são abundantes dentro e fora do governo federal. Um governo que torra milhões com propagandas, desviam verbas que geram desperdícios brutais à economia do país.

Nenhum governante nos últimos 30 anos efetuou uma reforma administrativa que pudesse reduzir cargos de confiança, eliminar ministérios. Hoje temos quase 42 deles e alguns totalmente inócuos. Não se faz nem nunca se fez um plano para redução de gastos, não no orçamento da união depois de aprovado, mas sim na sua essência administrativa, cortando gorduras até a própria carne de um governo putrefato que já gastou demais em troca de quase nada para o povo brasileiro.

Um país subserviente a grupos e oligarquias não pode nem deveria se vangloriar de ter uma economia saudável, deveria sim, sentar no divã, fazer análise e depois recomeçar do zero. Pois com certeza após a farra da Copa em 2014 e da Olimpíada carioca em 2016 teremos muitas dores de cabeça e arrependimentos tardios em solo pátrio.

Espero que a economia do Brasil não seja o “efeito Orloff” da Grécia, nem da Itália ou qualquer outro país do mundo a partir de 2017.

22 de novembro de 2011

Precisamos privatizar os obscenos “Cargos de Confiança”

"Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder."
Abraham Lincoln


Desde o fatídico governo Collor muitas empresas estatais foram privatizadas, a maioria acertadamente, outras tantas de forma equivocada, com preços de venda inferiores aos seus valores reais e com os recursos obtidos jamais aplicados no que seria a proposta inicial. Nas duas gestões FHC a privatização ocorreu com maior ênfase no país, notoriamente em SP, onde seu partido estava e continua no poder.

Com isto, milhares de cargos antes disputados pela classe política foram parar nas mãos da iniciativa privada, logo, deixaram de ser moeda de troca antes e depois das eleições.

O que fazer? Pensaram rapidamente os políticos brasileiros. Desestatizar? Não, seria muito à esquerda dos seus mais maléficos pensamentos, iria contrariar por demais suas ideologias de banheiro de rodoviária. Criar novas estatais? Não, seria um golpe muito duro e nem seus familiares iriam aprovar tal volta ao passado recente.

Então alguém lembrou que não era preciso nada disso para poder voltar a sorrir e manter seus correligionários, amigos derrotados nas eleições e os parentes próximos devidamente empregados. Mas como? Quem poderia salvar a lavoura dos corruptos? Como fazer isso sem chamar a atenção da sociedade, sem burlar as leis e as regras existentes? Como? Fácil, criando e ampliando ainda mais os chamados cargos de confiança (Assessorias, Diretorias, Chefias de Gabinetes e os indefectíveis cargos de conselheiros remunerados em grandes Estatais nas três esferas do poder público).

Então, sorrateiramente foram sendo ampliados tais cargos nos poderes legislativos, no poder executivo e no poder judiciário em menor escala. Imaginem a soma de cargos de confiança, aqueles que o político nomeia sem necessidade de concurso público, de capacidade técnica comprovada e onde os fichas sujas podem nadar de braçada, em todo território nacional.

Temos somente no Governo Federal segundo a Revista Veja 23.000 cargos. Essa quantia deve ser multiplicada por três se considerarmos os 27 Estados e cerca de 5.564 municípios. Podemos afirmar que a soma total deva chegar muito próxima a cem mil cargos.

Isso é uma obscenidade, sem contar que a maioria dos municípios esconde da sociedade quais são estes cargos e quem os ocupa. Não é a toa que quando um vereador elabora um Projeto de Ficha Limpa que inclua estes cargos, boa parte dos políticos da cidade fique de cabelo em pé.

Caso da cidade de Bauru, onde a vereadora Chiara Ranieri – DEM propôs Projeto de Lei da Ficha Limpa extensivo aos ditos cargos de confiança e está deixando muita gente preocupada. Haja sobrestamento (adiamento) de sessões e reuniões na sala do café no plenário. Seu projeto navega na Câmara desde Fevereiro/11.

A sociedade bauruense e brasileira em geral precisa acordar, precisa lutar contra esta porta aberta para a corrupção, troca de favores e falta absoluta de critérios técnicos que possibilitem o controle de quem e para que estejam sendo contratadas tantas pessoas. Privatizar é fácil, administrar com seriedade requer mesmo muita honestidade e probidade.

6 de novembro de 2011

O calvário de quem vai ver um show no Morumbi

Fui nesta sexta feira (04/11) para SP levar meu filho para ver um show da Banda americana Pearl Jam no Estádio para Shows e festas Morumbi. O show começava às 20h45min horas.

Ao chegar demos uma volta e percebemos que o CET proibiu que os motoristas estacionassem seus veículos ao redor do estádio. Placas, policiais e cavaletes amarelos impediam qualquer tentativa de estacionar no local.

Consegui então, dar a volta e parar o carro numa rua paralela ao estádio, próxima ao Hospital Albert Einstein. Antes havia verificado que os poucos estacionamento improvisados cobravam cerca de R$ 100 a R$ 150 reais para guardar nosso carro.

Ao parar na rua sossegada daquele bairro de classe alta paulistana, se aproximou um guardador de carros profissional, que me disse que o valor era de R$ 80,00. Então andei mais um pouco e avistei outra vaga permitida.

Logo chegou outro rapaz, eu então disse a ele:

_ Não vou ao show, apenas vou esperar meu filho mais velho chegar ao Estádio e entrar com meu caçula para verem o show. Em seguida vou embora e só retorno quando do término do espetáculo.

O rapaz muito educado, então me disse que cobraria apenas R$ 25,00 reais, se eu quisesse ele arrumaria uma vaga na mesma rua quando eu retornasse a noite para buscar meus filhos. Por mais uma caixinha de R$ 20,00.

Sem ter alternativa, acertei com o rapaz e fui levar meu filho para a porta do Estádio, onde meu filho mais velho nos encontraria.

Os cambistas agiam livremente apesar do contingente elevado de policiais no local. Parecia que aquela atividade de revender ingressos com 100 a 150% de ágio era legal, institucional e plenamente liberada. Estacionar não pode, não dá, mas atuar como cambista sim! Estranho!

Fui embora e retornei ao final do show, enquanto aguardava meus filhos saírem do estádio, conversei com um segurança e um guardador de carros. Estes me disseram que parte do lucro com o serviço de guarda de veículos é repassado a policiais corruptos que passam após o show e exigem sua parte dos guardadores.

Vejam que absurdo, o cidadão que sustenta a todos com impostos compra ingressos caros, não tem onde parar é acharcado por guardadores de carros, cambistas e toda espécie de figuras e ainda tem de ouvir que policiais pagos com seus impostos agem fora da lei impunemente.

Voltamos para casa sem não antes enfrentar trânsito caótico nos arredores do Morumbi. E ainda havia loucos querendo que aquele local abrigasse abertura de uma Copa do Mundo.

Detalhe: a Banda Pearl Jam fez sua parte com maestria, dando um show inesquecível para quem entrou no estádio para vê-los cantar seus hits de sucesso. Eles não tem nada a ver com policiais corruptos, preços exorbitantes sem controle e tudo mais que acontece fora dos palcos.

5 de novembro de 2011

A condenável invasão da reitoria da USP

Durante os anos difíceis da ditadura militar no Brasil por diversas vezes estudantes capitaneados pela UNE - União Nacional dos Estudantes condenaram e se revoltaram contra a invasão do campus da USP e de outras universidades no país.

O falecido coronel Erasmo Dias então Secretário da segurança pública em SP comandou invasão ao campus da PUC em SP num episódio deprimente. Talvez esteja neste aspecto um dos grandes erros da ditadura militar, que com sua truculência matou a renovação de futuras lideranças estudantis.

Hoje temos a falência da UNE que vive da esmola de verbas federais e jamais voltou a formar alguma liderança desde a década de oitenta. E nem sequer participa do debate sobre a educação e seus projetos em todo país.

Entretanto, em SP assistimos um episódio lamentável, onde a truculência, a intransigência e a defesa de interesses mesquinhos e ignóbeis ficam acima dos interesses da maioria dos estudantes da USP.

Depois de dois assassinatos de jovens estudantes a comunidade estudantil exigiu a presença da polícia militar para auxiliar na segurança do campus da USP junto ao governo paulista. Depois de muita discussão, foi firmado um convênio entre a Administração da USP e o Governo estadual para que fossem efetuadas rondas no campus pela PM.

Tudo corria tranquilamente até que alguns alunos foram flagrados consumindo drogas dentro do campus da universidade. A PM tentou prende-los e leva-los a uma delegacia para que fossem tomadas as medidas legais.

Entretanto, os alunos infratores conseguiram se esconder dentro das salas de aula e não puderam ser presos. Começava então um episódio que se arrasta há alguns dias onde alunos que defendem a liberação da maconha e não querem a polícia no campus contra a lei.

Eles invadiram como sempre a sede da Reitoria da USP, quebrando equipamentos, sujando tudo e mostrando a nossa sociedade que é preciso haver uma reavaliação de para quem estamos pagando com nossos impostos para estudarem na melhor Universidade da América do Sul.

Que tipo de alunos a USP está formando para amanhã ingressarem no mercado de trabalho? Que tipo de cidadão tem medo da polícia e coloca a maconha à frente dos seus interesses? Quem são estes alunos? Onde estão seus pais?

Qual a razão da USP não expulsar estes meliantes que por trás do discurso surrado da liberdade de ir e vir escondem o desejo latente de impunidade para o uso e o tráfico de drogas?

Quem são os traficantes que abastecem os alunos da melhor e maior universidade do pais?

Perguntas que precisam ser respondidas pelo Reitor, o Governador, os pais dos alunos, bem como todo conjunto da sociedade brasileira. Basta de maus exemplos, chega de impunidade.

O campus de uma universidade é sagrado desde que seja utilizado para finalidades acadêmicas e em prol do saber e da sociedade, quando ao contrário é franqueado a bandidos travestidos de estudantes precisa ser revisto e limpo.

1 de novembro de 2011

Desvio de verbas é o esporte preferido de nossos políticos.

Nos últimos quatro anos a obscena soma de R$ 5 bilhões foram destinados, ou melhor, foram alocados como valores à disposição do esporte pelo Ministério dos Esportes no país. Neste período nenhuma grande obra foi realizada, nenhum centro esportivo para abrigar Judô, Ginástica Rítmica, Natação ou Atletismo. Nada.

Muitos programas como sempre com nomes pomposos dando a entender que algo está sendo feito pelo esporte olímpico e o esporte amador (base). Na realidade as crianças continuam jogando futebol de sandálias de dedo surradas na terra.

Crianças com potencial para pratica de natação, judô, atletismo, e tantos outros esportes estão nas ruas, longe das quadras e do glamour daqueles quinhentos atletas de sempre que nos representam nas competições nacionais e internacionais ano após ano.

Essa mesmice ocorre por falta de planejamento, falta de dirigentes sérios e honestos, falta de um ministério que coordenasse com absoluta inteligência e seriedade um Projeto de Reconstrução do Esporte Nacional.

Onde possa investir esta montanha de dinheiro público para o esporte amador, fiscalizando quem o recebe e como aplicam estes preciosos recursos, não deixando que ONG’s falsas administradas por parentes, assessores e outros vermes corruptos desviem recursos e a finalidade do esporte nacional para suas contas bancárias.

O esporte é condutor de politicas sociais e auxilia diretamente na educação, porém, como podemos conceber que nossas autoridades além de não pensar, não agir anda roubam este precioso recurso da sociedade.

A impunidade e a ausência de forte fiscalização por parte do governo e da própria sociedade é fator motivador de toda esta bandalheira que nos cerca por tantos anos. Não adianta termos denúncias que depois no máximo levam a demissão dos envolvidos. É preciso prisão, devolução dos valores roubados e a exclusão destas pessoas do serviço público do país.

Tem ministro demitido que após sua demissão consegue emprego justamente nas empresas que ele mesmo ajudou durante seu tempo de governo. Ou seja, o corrupto perde a boquinha no governo, mas é socorrido pelo corruptor normalmente. Isso quando não cai pra cima, ocupando cargo em outra esfera do poder.

O desempenho pífio do país no Pan Americano de Guadalajara é fruto de políticas equivocadas, de opções incorretas e da falta de planejamento do Brasil no esporte amador.

Estamos anos luz atrasados em relação a Cuba, EUA, Canadá e muitos outros países, onde os recursos públicos são tratados com a devida seriedade por pessoas honestas e preparadas para exercer função pública.

14 de outubro de 2011

Tragédias? Não, apenas falta de ação do Poder Público

As tragédias se sucedem nas grandes capitais, algumas causadas pela natureza, outras pela falta de manutenção e fiscalização das prefeituras e do Estado.
Quando chove os governantes correm em socorro a números e índices pluviométricos para tentarem justificar o caos, para encobrirem a ausências das obras que prometeram quando se suas candidaturas ao cargo que ora ocupam.
As quedas de árvores em BH, SP, RJ independem de ventos fortes ou chuvas torrenciais, afinal as árvores não recebem nenhum cuidado, não são catalogadas, não recebem manutenção e cuidados preventivos, por isso um vento qualquer as derruba e fere, mata ou causa danos materiais.
Assim como nos jardim dos palácios onde eles habitam, as árvores nas ruas das cidades precisam de cuidados, verificação se estão infectadas por cupins, etc.
Na cidade do Rio de Janeiro as explosões estão matando, ferindo e tirando o sossego do carioca e dos turistas que visitam em grande quantidade aquela cidade.
Parte das explosões é causada por bueiros, que explodem pela falta de manutenção da Light, empresa concessionária de energia elétrica do RJ. O governo nada faz e se omite, não compra briga com a empresa, não multa e põe fim a esta situação esdruxula.
Ontem um novo exemplo da absurda incompetência e falta de ação da Prefeitura da cidade do RJ causou a morte de três pessoas e feriu gravemente outras dezessete. Um restaurante que funcionava no centro da cidade, ao lado de grandes empresas como Petrobrás, a mais de três anos sem licença da Prefeitura explodiu após vazamento de gás.
Como pode um prefeito permitir que na cidade haja um estabelecimento por demais conhecido irregular funcionando a mais de três anos? O povo diz que fiscais levavam grana? Será? Não creio. No Brasil isso raramente acontece.
Em SP o rio Tietê recebeu desde o governo Quércia, passando pelo tucanato há dezessete anos no poder aportes de milhões de dólares para limpar, construir estações de tratamento de esgotos e despoluir o maior rio de SP. Fizeram? Não!
Todo ano no período das chuvas o prefeito Kassab e o governador Alckmin ou qualquer outro tucano que esteja no trono culpa São Pedro, mas omite que as obras não foram realizadas, que o orçamento aprovado está intacto. Nada de piscinões, nada de Estações de tratamento de esgotos, nada de obras. Desculpas é mais fácil.
Isso vale para o nordeste e todo país, elegemos homens que não querem fazer nada, vagabundos, que usam o poder apenas para se perpetuar no poder ou manter seus esquemas por longos anos de vida. Sarney foi guindado ao poder como Governador do Maranhão pela ditadura em 1966, ou seja, 45 anos atrás ele já estava no poder.
Se as cidades tivessem equipes de fiscalização honestas, o dinheiro auferido com multas daria para resolver praticamente todos os problemas das cidades. Fiscalizações na área de saúde, área sanitária, epidemiológica, obras e comércio irregular dariam fortunas aos cofres públicos.

Minha casa Minha vida, menos para os alagoanos.

O governo Lula e a gestão Dilma gostam de contar bravatas sobre seus poucos feitos, aliás, todos os políticos fazem isso, esperava-se que o PT não o fizesse, mas faz e pior que os antecessores.
Um dos projetos de maior empenho do governo em suas peças publicitárias é o “Minha casa Minha vida” que nada mais é do que um programa habitacional para pessoas de baixa renda.
Se cada propaganda resultasse em cem casas o Brasil teria se tornado uma potência na construção de casas populares e com certeza o déficit habitacional estaria zerado.
Ontem no JN vimos uma faceta cruel, fria e sórdida do governo que mais arrecada impostos no mundo. Do governo que mais tem problemas com corrupção no planeta. Sim, este governo que abre pernas para usineiros, banqueiros e empreiteiros, endurece com as pessoas carentes.
Os moradores de Rio Largo em Alagoas viram sua cidade praticamente desaparecer, perderam tudo, casa, conteúdo, esperança e ficaram apenas com sua fé. Pois está fé aumentou quando o governo federal através do Programa Minha casa Minha vida começou a construir casas para os cerca de oito mil desabrigados.
Todos foram devidamente alocados em barracas de lona, de forma precária aguardando que as novas casas ficassem prontas para ser habitadas.
Este processo já dura quase nove meses e quando está para parir, surge uma notícia cruel aos vitimados pela enchente, mais uma crueldade, desta vez não foi à natureza e sim o governo federal que a trouxe.
Somente agora as vésperas da entrega das primeiras unidades os desabrigados ficaram sabendo que terão de fazer um financiamento junto a CEF e ainda pagar despesas em cartório. Nem o Prefeito e sua assessoria e equipe social, nem o governo estadual de Alagoas, nem ninguém informou e orientou desde o começo as pessoas sobre o processo.A culpa da tragédia não é da chuva, nem de São Pedro como costumam alegar, se procurarmos um pouco veremos falta de infraestrutura, ausência de obras, deficiência em barragens, enfim, uma cidade não desaparece se não houver falta de planejamento urbano.
Nesta hora, os governos federal, estaduais e municipais deveriam se cotizar e pagar a conta pela sua omissão, levando em conta que as vitimas não tem nada, perderam tudo, inclusive seus empregos. Esse negócio de dizer que vai ajudar a cidade que está em calamidade com milhões é conversa fiada, mentira, este dinheiro não será utilizado para ajudar quem mais precisa – O povo.
Na serra fluminense está um exemplo concreto de desvio de verbas e corrupção à custa das supostas liberações de verbas ao povo que tudo perdeu e nunca viu uma rua sequer ser asfaltada.
Pior que as tragédias naturais, chuvas, temporais, inundações e deslizamentos de toneladas de terras são os nossos políticos, estes sim, deveriam estar desabrigados dos seus cargos de poder.

13 de outubro de 2011

Um passo muito tímido, mas que nos dá esperança.

As manifestações ocorridas neste doze de outubro em algumas capitais e outras cidades pelo país não foram do tamanho da corrupção nem da indignação da nossa sociedade, porém, estes milhares de cidadãos que foram as ruas movidos por forte repulsa através das redes sociais é um alento.

Claro que seria maravilhoso termos milhões nas ruas gritando pacificamente contra esta epidemia que está incrustrada na classe política nacional e em vários setores da própria sociedade, onde estão os corruptores.

Claro que seria algo fantástico os corruptos perceberem que a sociedade não os suporta mais, que algo estaria em desenvolvimento para findar este processo que ceifa bilhões de reais do erário e mata os sonhos do povo brasileiro.

Entristece saber que movimentos religiosos de igual importância levam milhões às ruas pela mesma sociedade que vacila ou tem medo de mostrar tudo àquilo que no seu cotidiano eles vociferam em bares, escritórios, lares e escolas do país. Mas que quando é chamado a lutar e gritar nas ruas emudece, foge, cala-se.

Com isso consente e facilita a vida de corruptos e corruptores a frente das suas negociatas imundas em todos os cantos do país onde tenha recursos públicos disponíveis.

Por outro lado, temos de avaliar que o processo de retomada da consciência da sociedade é longo, pois não está alicerçado na Educação de qualidade e na informação direta e objetiva. A grande mídia é conivente com a bandalheira na medida em que depende de recursos oriundos dos governos nas três esferas, por isso não colabora.

Além disso, o povo brasileiro é por demais cordial, em alguns momentos subserviente ao poder estabelecido, isso vem de muito longe, desde o Império, desde nossa colonização, algo que para mudar, precisa de muita persistência, lideranças positivas e o descobrimento por parte do cidadão brasileiro da sua força que é descomunal, tanto nas eleições como durante os mandatos.

As redes sociais conseguem promover um fenômeno com o qual os políticos não contavam. Os formadores de opinião estão conectados online com milhões de pessoas no país e no mundo. Isso faz com que a informação chegue muito rápida e precisa.

No Oriente Médio déspotas foram tirados dos seus tronos através de um revolução popular que começou com a influência das redes sociais.

As redes sociais citadas são o Twitter, Facebook, Orkut e outros que arregimentam bilhões de cidadãos neste planeta. É a globalização da informação, é a descoberta do livre exercer da cidadania instantânea sem que tenha de se passar por partidos políticos corrompidos ou sindicatos pelegos.

Desta forma, podemos sonhar que este dia doze de outubro venha a ser o estopim, o inicio de um novo tempo para a sociedade brasileira.




















7 de outubro de 2011

Discurso de Steve Jobs na Universidade de Stanford, em 2005

Você tem que encontrar o que você ama

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.

Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.” Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.

Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.

Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.

Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.

Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.

De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.

E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.

Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.

A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.

E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.

Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.

Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.

Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.

Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.

Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.

Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.

Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: “Continue com fome, continue bobo.” Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.

Obrigado.
Steve Jobs

4 de outubro de 2011

Eles perderam a vergonha na cara!

O título do artigo não fala dos nossos empresários que sonegam impostos e depois aparecem na mídia reclamando dos juros altos e da concorrência “desleal” chinesa.

Nem tampouco dos brasileiros que reclamam do país, mas não levam a sério as eleições nem se comportam como deveriam frente às coisas mais simples do nosso cotidiano, como por exemplo, educação no trânsito, respeito ao meio ambiente, crianças, idosos, etc.

Não falo daqueles brasileiros que adotam a “Lei de Gerson” e fazem de tudo para levar vantagem sobre tudo e sobre todos ao seu redor, desprezando a ética, os bons costumes, a educação e todos os princípios morais que regem nossa vida em sociedade.

Nem tampouco o titulo tem algo a ver com os que mentem em tribunais, os incautos que seguem falsos messias ligados ao enriquecimento ilícito e não a Bíblia que carregam embaixo dos braços.

Afinal de contas, estes nunca tiveram vergonha na cara, apenas fazem parte de uma imensa escória que impede o país de avançar de forma célere rumo a um novo tempo. Eles não se preocupam com nada além do próprio nariz e bolso. São pessoas desprovidas de moral, são antiéticos e viciados em dinheiro ganho de forma fácil.

Na verdade o título tem a ver com nossos políticos, aqueles em especial que nos governam na esfera federal, estadual ou municipal.

Aqueles que prometem o que sabem que não vão cumprir e acabando agindo de acordo com a seguinte ordem:

1º: Seus interesses pessoais;

2º: Os interesses de seus partidos;

3º: Os interesses de seus financiadores de campanhas;

4º: Os interesses de seus aliados;

5º Os interesses de seus correligionários;

6º: Somente depois de exaurida esta lista, eles então vão pensar na sociedade, nas promessas de campanha, na administração pública e nos preceitos legais e morais que os levaram até aquele cargo.

Portanto, no Brasil atual, não importa o preço da carne, do café, do arroz ou do pão, muito menos do etanol, isso somente vai ser discutido se estiver entre o item um a cinco daquela lista no parágrafo anterior, caso contrário, é como se diz ultimamente – São coisas de mercado.

O artigo excelente do Jornalista Carlos Alberto Sardenberg chamado “Esquizofrenia na política econômica brasileira” cita entre outras coisas que em Portugal o café expresso custa em torno de R$ 0,70 (setenta centavos) enquanto no Rio de Janeiro, por exemplo, o mesmo café custa R$ 3,00 (três reais). Sendo que ao contrário do Brasil, Portugal não planta café nem produze açúcar.

O preço dos automóveis já foi muito discutido na internet, custa no México 50% do que custa no Brasil. O governo brasileiro em todos os seus níveis, não levanta a voz, não discute as questões, não chama ministros e secretários para avaliação, simplesmente deixa o barco navegar.

Entretanto, quando professores fazem um pedido de aumento salarial, ou simplesmente exigem que o piso nacional seja praticado em seu Estado, governantes mandam a polícia militar bater nos professores. Agredir grevistas, impedir qualquer movimento ou reclamo.

Por quê? Simples, professores estão na posição seis da lista de interesses acima colocada. Enquanto que o orçamento dos governos em todas as esferas está no topo da lista, pois é preciso sobrar dinheiro para poder contemplar a todos os envolvidos nos esquemas.

É por isso que afirmo, os políticos brasileiros perderam a vergonha na cara, é preciso que o povo, seja através de movimentos sociais, reivindicativos ou por meio de Organizações não Governamentais faça valer seus direitos.

30 de setembro de 2011

Transcrição de uma carta escrita por Abraham Lincoln em 1830

Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas, por favor, diga-lhe que, para cada vilão, há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado.

Ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens. Eu sei que estou pedindo muito, mas veja que pode fazer, caro professor.

(Abraham Lincoln – 1830)


28 de setembro de 2011

Que país é esse?

Segue abaixo, mensagem que enviei ao Deputado Magno Bacelar em virtude de sua defesa descabida ao Senador José Sarney, quando o mesmo tentou desqualificar aqueles que contra o senador se manifestaram democraticamente durante apresentação da Banda Capital Inicial no Rock in Rio. O brasileiro fica à margem do processo político, depois de tanto reclamarmos surge uma voz no meio artístico contra a classe política representada pela Oligarquia Sarney no Maranhão. Neste momento, milhares de jovens presentes ao evento em uníssono participam de forma ativa e não podemos simplesmente taxa-los de drogados. A droga está em grande número dentro do Congresso Nacional. Não a droga que alucina, mas a que corrompe, é corrompida e nos tira a esperança de uma país melhor! Leiam o texto abaixo na sua íntegra!
 

Exmo. Deputado Estadual do PV - MA
Senhor Magno Augusto Bacelar Nunes

Li sua declaração divulgada pela imprensa e na internet sob sua tentativa de defender José Ribamar Sarney das declarações feitas durante o evento Rock in Rio pelo cantor Dinho Ouro Preto da Banda Capital ao interpretar canção "Que país é esse", cuja letra composta por Renato Russo na década de oitenta se mantém atual por incrível que pareça.

O senhor além de nobre parlamentar é médico, ou seja, estudou, teve acesso à boa educação e com certeza sabe que generalizar as críticas que foram feitas a Sarney como sendo de drogados quer seja no palco ou na plateia seria o mesmo que afirmarmos que todos os políticos brasileiros não prestam ou são vagabundos, algo impensável, certo?

Ademais, a reação do público foi uníssona, quase cento e cinquenta mil brasileiros, eleitores, em sua maioria trabalhadores ou estudantes de diversas regiões do país, incluindo o vosso Maranhão aplaudiram e ainda deram continuidade ao grito de desabafo do cantor.

Sem contar que numa democracia, urge que o cidadão seja ele cantor ou telespectador, tenha o direito de expor sua opinião sobre os políticos, incluindo o eterno Senador do Amapá José Sarney. Afinal que democracia seria a nossa se somente pudéssemos elogiar e não criticar e dizer verdades doam a quem doer?

O senhor quer fazer uma moção contra o vocalista Dinho Ouro Preto, creio que já tenha feito outras moções contra alguns parlamentares que roubaram o erário, contra madeireiros que desmatam as nossas matas e florestas e com certeza por ser médico o senhor já fez inúmeras moções contra o nosso medíocre sistema de saúde pública?

É normal que o senhor tome posição favorável ao Senador do Amapá, afinal dentro do seu Estado a marca "Sarney" é forte demais, muito maior que o Rock in Rio, maior que às cento e cinquenta mil pessoas que lá estavam maior que a esperança do nosso povo de ver seus políticos engajados na busca por Saúde decente, Educação de qualidade e Segurança Pública por exemplo.

Eu, deputado, sou nascido e criado em SP, tenho 53 anos e nem sou roqueiro, nunca fumei sequer um cigarro, mas tenho a convicção que denegrir quem clama contra um senador ou um Congresso ou uma classe política que insiste em não dar exemplos de ética, cidadania e honradez não é o melhor a se fazer.

Ouvir a voz do povo e através dela efetuar uma profunda reflexão seria na minha humilde opinião o melhor a se fazer hoje e sempre.

Atenciosamente

Rafael Moia Filho
Bauru – SP