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24 de dezembro de 2010

Bodas de Prata da Ineficiência

O processo de redemocratização no Brasil teve seu auge em 1985, quando Tancredo Neves foi eleito por um colégio eleitoral restrito ao Congresso Nacional, ficou gravemente enfermo e veio a falecer tomando posse seu vice, José Sarney.

Em 2010 completamos vinte e cinco anos deste fato, comemorando bodas de prata e não tendo na verdade muitos motivos para festejar. Alguns avanços na telefonia a preço de ouro, alguns avanços na economia a custo altíssimo para a classe média e muito pouco, além disso, no horizonte.

A infra-estrutura sofreu em parte uma cisão com a privatização de muitos setores integrais ou parciais pelo governo federal e alguns governos estaduais. O resto foi empurrado pela barriga dos nossos péssimos governantes ao longo deste período. De Sarney a Lula, passamos por Collor, Itamar Franco, FHC 8 anos e Lula 8 anos.

Todos eles a sua maneira deram nomes pomposos a planos de ação que jamais ajudaram a construir e reformar nossas rodovias que estão nos dias atuais em petição de miséria. Algumas estradas no Centro-Oeste e no Norte do país se parecem com imagens de rodovias da Bolívia, Vietnã...

Os nossos aeroportos são antigos, obsoletos, perigosos e os passageiros e funcionários não têm conforto algum, não tem ligação com Metrô, trens de alta velocidade ou quaisquer sistemas de transportes rápidos, limpos e modernos. Aliás, nosso sistema aéreo é um dos piores do mundo, pagamos preços de passagem da Europa e viajamos no equivalente a um trem de subúrbio da Índia.

Os nossos portos são igualmente obsoletos e ineficientes nos transporte tanto de cargas como de passageiros. Nenhum aeroporto ou porto foi inaugurado nestes vinte e cinco anos no país. Pequenas reformas e muitas promessas foi o que restou. A maioria das obras feitas nos tempos da ditadura militar sofre com a falta de manutenção e o abandono de um Estado que sabe cobrar impostos e tributos, mas não faz sua parte, não trabalha, é ocioso e vagabundo na administração pública.

O Metrô em SP ficou praticamente parado por alguns anos, andando a passos de tartaruga doente. As grandes capitais ao redor do mundo possuem centenas de quilômetros de linhas de metrô, enquanto aqui o PSDB manteve a maior cidade do país caminhando para trás.

O governo federal nunca investiu em saneamento básico na mesma medida que cobraram impostos, sua ganância para alimentar a máquina podre, corrupta e aloprada foi sempre muito maior do que a correta aplicação dos recursos em obras de saneamento para a população brasileira. Muitos ainda não possuem água potável, o esgoto corre pelas vielas escuras do país.

O cheiro deste esgoto se mistura com o odor de governantes que prometem muito e depois de eleitos torram dinheiro com desperdício, corrupção e propagandas mentirosas, quando deveriam fazer o simples, que é trabalhar e honrar o voto popular.

Imaginem que em poucos anos alguns países se tornaram verdadeiras potência mundiais, enquanto jogamos no lixo 25 anos de administração pública. Perdemos o tempo, perdemos parte da nossa esperança de ver o Brasil ser um país de verdade, justo, forte e próspero.

19 de dezembro de 2010

Médicos recém formados - Perigo à vista

O Cremesp – Conselho Regional de Medicina do Estado de SP põe a prova os estudantes recém formados em Medicina nas faculdades paulistas todos os anos. Ainda não é obrigatório como o exame da OAB, deveria ser, pois faria um imenso favor a nossa sociedade.

Desde 2005 esta prova vem sendo realizada e os resultados deste ano preocupam e muito a todos os envolvidos, pois o percentual de reprovação foi altíssimo.

Foram 68% reprovados na prova que avalia o desempenho dos estudantes de 6° ano das escolas médicas de SP, por meio de uma prova objetiva e eliminatória (1ª fase) seguida de uma prova prática que simula atendimento médico.

A prova objetiva da primeira fase tem 120 questões abrangendo nove áreas básicas de conteúdo. Para passar à segunda etapa, quando é aplicada a prova prática, é preciso acertar no mínimo 60% ou 72 questões.

Essa situação preocupa e deveria ser motivo de uma análise profunda da Cremesp em conjunto com o governo federal, precisamos reavaliar os cursos com métodos mais rigorosos e fazê-lo constantemente com os profissionais de medicina que estamos colocando nas ruas e hospitais no Brasil.

Tal qual no Direito, seria muito interessante que o Cremesp e o CRM – Conselho Regional de Medicina implantassem algumas medidas para proteger os futuros pacientes, bem como aos novos médicos. Garantindo a sociedade a qualidade daqueles recém formados profissionais de medicina. Seriam elas as seguintes:

1. Manter o exame da Cremesp, tornando obrigatório para o exercício da medicina;

2. Incluir algumas etapas antes que o novo médico possa realizar sua primeira cirurgia, assim como é feito nos EUA, estipulando uma idade ou uma experiência necessária antes que o novo profissional possa adentrar um centro cirúrgico;

3. O governo federal deveria criar um planejamento que identificasse as maiores deficiências na saúde pública para poder com competência, com salários atrativos conduzir os médicos para estas áreas carentes no interior do Brasil;

4. Neste mesmo planejamento envolvendo as Universidades Públicas e as Privadas deveriam ser incentivadas as especializações que viessem ao encontro das maiores necessidades do povo, podendo ser estudados bônus para aqueles que cursem aquelas determinadas áreas prescritas pelo Governo/Universidades.

Esse bônus pode ser em forma monetária, desconto em mensalidades, prêmios, etc. O que não pode continuar é essa situação onde formamos pessoas para cuidarem da sua saúde financeira esquecendo-se da importância de sua correta formação em medicina para atender os preceitos de Sócrates em seu juramento formal ao final de seu longo curso.

16 de dezembro de 2010

Aumento salarial no paraíso da iniquidade

O Congresso Nacional aprovou nesta data um aumento mega ultrajante as vésperas do Natal e do final de seus mandatos atuais, concedendo de quebra reajustes indecentes para outros segmentos do judiciário e até do executivo. Foram 279 votos a favor, 35 contra, 3 abstenções e duas centenas de ausências, sendo suficiente para que o país mais uma vez assistisse incrédulo o descaramento desses parlamentares inúteis.

O projeto pretende equiparar os salários do Executivo e do Legislativo ao do Judiciário. Os vencimentos dos deputados e senadores terão um reajuste de 61,8%, atualmente em R$ 16,5 mil. Já para o presidente da República e para o vice, o reajuste é de 133,9% em relação ao atual salário de R$ 11,4 mil; os ministros recebem hoje R$ 10,7 mil.

Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%. Não sou contra que pessoas que tenham enorme responsabilidade em tese recebam vencimentos a altura destas, entretanto não é o caso.

Além do mais, os parlamentares e todos os envolvidos possuem benesses insustentáveis em forma direta e indireta como auxilio habitação, veículos, mordomias de todos os tipos e ordem, elevando os seus gastos para alguma indecente, imoral e que não combina com um país cujo salário mínimo é de R$ 510,00 (quinhentos e dez reais).

Ou seja, nosso salário mínimo corresponde 0,019% do que recebem os nossos nababescos parlamentares, no entanto, os assalariados não têm moradia gratuita, não possuem veículos pagos pelo povo, não podem usar telefone gratuitamente, nem possuem verbas para viajar adoidadamente para visitar familiares e amigos pelo Brasil e o mundo.

Certa vez, encaminhei a Senadores e líderes partidários desta mesma atual gestão propondo que eles utilizassem o percentual do aumento do salário mínimo para corrigir anualmente seus vencimentos, inclusive as mordomias que os acompanham (auxílios e benefícios).

Nenhum deles teve a capacidade de ao menos responder, ou a coragem de defender esse sistema nefasto e imoral que hoje utilizaram novamente. Depois alguns ainda dizem que o povo não sabe votar, o povo vota de acordo com o que tem nas mãos e das informações parcas que lhes chegam ao conhecimento.

Todos os deputados eleitos deveriam ter participado das discussões para este aumento proposto, entretanto apenas 317 estavam participando da votação. Onde estavam os demais deputados? Eles eram contra ou a favor? Omitiram-se?

Os partidos votaram assim na noite de ontem:

PARTIDO        FAVOR     CONTRA     ABSTENÇÃO

DEM                 32            01

PC DO B           07

PDT                 15            02

PMDB               62            03

PHS                 02

PMN                02

PP                  30

PPS                06              02

PR                 30

PRB               04

PSB               15               03

PSC               08               02                01

PSDB             23               04                01

PSOL                               03

PT                34               09                 01

PTB              09               01

PTC              01

PT DO B        01

PV                06               04

Onde estavam os gazeteiros covardes que faltaram em tão importante sessão, pois se não queriam participar quando a discussão é de seu interesse pessoal, participaram quando em quatro anos de mandato?

Estavam ausentes para não manchar o nome? Ou eram contra e não tiveram coragem de brigar contra o corporativismo selvagem da casa do povo?

São 196 deputados que precisam ser cobrados juntos com esses inescrupulosos que votaram a favor deles próprios, que se locupletam diariamente quando estão no exercício de um mandato que não lhes pertence, mas sim ao povo brasileiro, que vive pagando impostos que eles desconhecem, vivem ganhando uma miséria, e bancam esta farra obscena.

Sem contar o custo enorme para mantermos esses cidadãos de segunda classe que beira o inimaginável de mais de cem mil reais ao mês. Um escárnio se pensarmos que eles não nos representam adequadamente, vivem em função de suas vidas e de seus corruptores, seus familiares e amigos financiadores de campanha, para os quais criam leis e benesses sem fim.

Num país civilizado e cujo povo fosse preocupado com seus destinos, há essa hora a frente do Congresso Nacional estaria repleta de populares exigindo ao lado de entidades sérias e ONGs a reversão dessa insanidade criminosa de aumento salarial a tantos pulhas.

Este link tem um abaixo assinado, entre e manifeste já seu descontentamento: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N4596

12 de dezembro de 2010

Homofobia ou ignorância incurável?

De tempos em tempos assistimos incrédulos cenas que nos remetem aos obscuros tempos do nazismo ou até mesmo da inquisição. Estamos vivendo no século XXI e por vezes temos a impressão em São Paulo que ficamos parados no tempo diante de tanta ignorância e desfaçatez de uma minoria que se julga guardiã da moral do mundo.

Em Brasília tempos atrás estudantes ricos, advindos de excelentes bancos escolares, pertencentes a famílias com recursos financeiros acima da média mataram índios ateando fogo as suas vestes.

Em grandes capitais como Belo Horizonte, por exemplo, moradores de ruas são atacados e mortos a pauladas ou incendiados como os índios em Brasília.

Em São Paulo jovens homossexuais são agredidos e assassinados sem motivo, por pura crueldade e intolerância sem que a eles sejam atribuídas quaisquer ações que pudessem ao menos servir de motivo para um advogado defende-los. Ao contrário, são atos covardes, ignóbeis e sem qualquer razão que não seja a agressão pela agressão pura e simples a pessoas em logradouros públicos.

Da mesma foram que em Brasília, as condições destes vermes é a mesma em todos os casos, jovens mimados, sem educação, agressivos, mas com boa formação escolar, família com poder financeiro pertencentes à classe média alta.

A justiça como sempre não pune os agressores doentes e ignorantes deixando a sociedade ainda mais perplexa com os fatos. Basta o primeiro advogado pago com recursos em abundância adentrar a delegacia e o menino já está solto para matar, agredir e infringir normas e leis impunemente.

No ato mais recente um bando de selvagens atacou três rapazes na avenida paulista, ponto de encontro destes agressores e vermes parasitas. Foram presos e encaminhados a cadeia, quando então o juiz diante dos apelos de seus papais e mamães auxiliados por caríssimos advogados soltou a todos indistintamente.

Entretanto, o péssimo juiz não sabia que a cena havia sido gravada por indiscretas câmeras de vídeos de prédios ao lado de onde os fatos ocorreram. As imagens ganharam o mundo e a justiça envergonhada e fraca teve de rever a soltura dos selvagens, reconduzindo-os a prisão.

Tudo neste país depende de investimento em Educação, mas como justificar que estes pequenos seres abjetos que puderam estudar nas melhores escolas, se alimentaram nos melhores lares possam cometer este tipo de barbárie impunemente?

Na verdade além do investimento em Educação, precisamos urgentemente de uma justiça moderna, ágil e capaz de efetivamente punir aqueles que burlem as leis. Não podemos conviver com estes seres peçonhentos no mesmo momento que já temos criminosos demais a solta em nossas ruas nos aterrorizando.

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Em todos os sites e na maioria dos blogs existe a possibilidade franqueada para os internautas colocarem suas opiniões de forma democrática sobre o assunto do texto, artigo ou matéria ali publicada.

Essa situação favorece o debate, a troca de opiniões e o enriquecimento daquele determinado assunto ou opinião. Algo que não existia nas revistas ou jornais na versão em papel, pois o leitor somente poderia tentar manifestar sua opinião na edição seguinte que poderia ser semanal, quinzenal e até mensal.

Agora é em tempo real, o artigo acabou de ser publicado e o internauta já pode opinar, criticar, elogiar o texto ou matéria que acabou de ser lançada na página de um site ou blog.

O único problema é que muitos não sabem como fazer essa abordagem com educação, respeito e inteligência para com o autor, para com o site respeitando as demais pessoas que estão manifestando suas opiniões simultaneamente.

É cada vez mais freqüente a falta absoluta de educação da maioria das pessoas que extravasam de forma grosseira suas opiniões descartáveis. Quando o assunto é sobre futebol pior ainda, os trogloditas que fazem parte da torcida organizada da Violência Futebol Clube entra em campo e tenta denegrir o texto, seu autor com palavrões, ofensas de todos os tipos.

Se o mesmo artigo ganha elogios os vândalos acabam ofendendo estes como se estivesse numa arquibancada suja de estádio de várzea na periferia do fim do mundo.

Nos textos políticos durante as eleições acontecia a mesma coisa com os xiitas ignorantes que idolatram sua escolha e imagina que todos que fazem críticas sejam do partido adversário, o que nem sempre é verdadeiro. Criticar o PT não significa ser do PSDB e vice versa.

Fora da política e do futebol a coisa melhora um pouco, mas não é garantia de educação e civilidade, alguns textos polêmicos que versam sobre religião, opção sexual, MST, desmatamento, também são eivados de muito ódio e intolerância à educação e aos bons modos ensinados nos bancos escolares.

Alguns jornalistas que mantém blogs na internet têm reclamado muito da forma como as pessoas usam esta ferramenta chamada “Comentários” em suas páginas na internet. A maioria das pessoas não tem idéia dos palavrões, do racismo e do ódio que é direcionado aos mesmos diariamente.

O problema está na falta absoluta de educação destas pessoas, educá-las é difícil neste momento, é preciso com certeza muito investimento em educação para que a médio prazo possamos ter orgulho de nossa gente.

Claro que eles podem não ser maioria, até porque o acesso a informática ainda não é universal em nosso país, porém fica a preocupação para quando isso ocorrer. O nível está baixo, condizente com o aprendizado no pouco tempo de escola que estas pessoas permanecem em média no Brasil.

Vetar a participação ou mesmo censurá-las quando se excederem é um meio de evitar esses dissabores, porém não resolver, apenas inibe momentaneamente. O Brasil é grande em muitas coisas, inclusive na ausência de uma educação sólida e igual para todos.

26 de novembro de 2010

A morte da Justiça anunciada pelos sinos

Mais uma vez tomo a liberdade de me ater a um excelente texto do inesquecível José Saramago, escritor da humanidade que nasceu em Portugal. Trata-se de um texto lido na Cerimônia de encerramento do Fórum Social Mundial de 2002, chamado “Este mundo da injustiça globalizada”.

O texto descreve um fato notável ocorrido na vida camponesa no Século XVI nos arredores de Florença na Itália. Estavam os camponeses a trabalhar em suas casas e no cultivo, entregues a seus afazeres quando de súbito se ouviu soar o sino da igreja. Naqueles piedosos tempos os sinos tocavam várias vezes ao longo do dia.

Mas causava estranheza que o sino tocava em virtude de um falecimento e ninguém havia falecido naquela aldeia que pudesse fazer com que o sino assim soasse. Todos saíram às ruas, mulheres, crianças, homens que deixaram as lavouras e em pouco tempo estavam todos reunidos no adro da igreja.

Instantes depois para surpresa de todos os presentes, um camponês aparece e não era o sineiro. Diante da indagação dos camponeses, o homem afirmou que na ausência do sineiro ele havia tocado o sino. Mas quem morreu então pergunta um camponês? Não morreu ninguém, ao menos ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei o sino em virtude da morte da Justiça, pois a nossa Justiça está morta.

Aqui no Brasil no ano de 2020 temos a exata sensação daqueles camponeses do século XVI, o sentimento inabalável de que nossa justiça no Brasil morreu. Ela é velada diariamente por gente humilde, por ricos nababescos, por todos enfim, numa prece continua e de muito sofrimento para a nossa Nação.

Ela morre a cada dia e não renasce, pois quando respira ofegante e condena, por exemplo, um médico a cumprir pena de 278 anos, no mesmo momento antes dele sair do tribunal algemado, já está solto, para permanecer em liberdade enquanto seu advogado consegue um lindo recurso para que o monstro da medicina possa ficar em casa sossegado aguardando assim como o criminoso Pimenta Neves seu recurso sair da gaveta do judiciário.

A justiça morre quando percebemos que os trabalhadores são tratados de forma desigual e desumana pela justiça trabalhista que deveria a princípio defender os direitos do trabalho.

Outro dia o STF reformou uma sentença aonde o trabalhador havia vencido por unanimidade. A empresa havia entrado com embargos declaratórios e mesmo assim obteve ganho de causa, quando o aludido instrumento não serve para esse propósito.

As pessoas menos favorecidas nem sabem que a justiça existe, pensam que ela morreu no século dezesseis como no texto de Saramago. Isto por que a população sabe que mesmo que cometessem o mesmo crime pessoas pobres e pessoas ricas têm direitos diferentes dentro das mesmas leis e dos mesmos tribunais.

Os mais humildes sabem que jamais poderão pagar um advogado para defendê-los nas instâncias superiores em Brasília, assim como o fazem deputados, empresários e a casta nobre do país.

Nossa justiça pende para um lado da nação, nossa justiça se contradiz nos seus processos empoeirados que traduzem a perversa lógica do quanto pior melhor para ela, que agoniza, que morre e que não renasce. A espera do resultado de processos por décadas é o atestado de óbito de uma justiça que morre todos os dias no Brasil.

21 de novembro de 2010

Futebol delivery ou SPFC in box

No futebol brasileiro sempre que o campeonato nacional chega a sua reta final alguns confrontos podem decidir o resultado do campeão, dos classificados a Libertadores da América ou então dos times a serem rebaixados à segunda divisão. Neste momento a rivalidade regional e os torcedores sem ética e inteligência começam a defender que seus clubes percam este ou aquele jogo para arruinarem seus adversários diretos.

Notoriamente isto vem acontecendo com mais frequência em SP, onde existem quatro clubes grandes disputando todos os anos o título e onde a rivalidade beira a criminalidade, praticada por torcidas organizadas que não fazem inveja a PCC ou CV.

Pois a estes elementos se juntaram agora anônimos torcedores “ilustres” que querem que os jogadores de seus clubes joguem para perder, recebam salários altíssimos para não cumprirem com sua única obrigação.

No campeonato atual o Santos não disputou o segundo turno com a mesma dedicação, visto que como Campeão da Copa do Brasil, estava saciado, previamente alçado a próxima disputa da Libertadores e ainda campeão estadual. O Palmeiras tropeçou demais pelo caminho e viu na disputa da Copa Sulamericana uma chance de também estar na Libertadores de 2011. Logo escala reservas e não dá a mínima ao Brasileirão.

Restaram então Corinthians e SPFC, o primeiro disputa o titulo e está nas primeiras colocações desde o começo do campeonato, sem ficar uma rodada sequer entre os três melhores times do nacional. Já o SPFC não teve um ano brilhante, perdeu todos os campeonatos que disputou, trocou de técnico três vezes e sucumbiu a falta de organização.

Entretanto no ano passado, a situação era inversa, o SPFC estava disputando o título e o Timão fora da disputa. Na penúltima rodada o Corinthians perdeu para o Flamengo em Campinas, jogo cuja alteração de mando foi exigida pela Polícia Militar de SP.

Com a derrota do Corinthians os tricolores reclamaram e reclamam até hoje que se não fosse isso seriam campeões. Mas não foi bem isso o que aconteceu, senão vejamos:

No campeonato o SPFC perdeu do Timão de 3x1 no primeiro turno e depois empatou 1x1 no segundo turno, logo perdeu quatro pontos para o rival. E no mesmo dia e horário o SPFC perdeu vergonhosamente para o fraco Goiás em Goiânia por 4x2.

Completando somente neste três jogos um prejuízo de sete pontos, sendo que a diferença final entre SPFC e Flamengo foi de apenas e tão somente dois pontos. Se tivesse feito sua parte o SPFC teria sido campeão independente dos adversários e rivais diretos.

Este ano, acontece a mesma coisa, só que com a inversão da situação na tabela, os torcedores do SPFC pedem a seu clube que percam do Fluminense, que está disputando o título com o Timão, para assim prejudicarem o Corinthians.

Esse sistema delivery de entregas de pontos é prejudicial aos patrocinadores que podem eventualmente terem suas empresas ligadas a desonestos, mentirosos, antiéticos e muito mais. Os jogadores que aceitarem perder para prejudicar podem amanhã ou no futuro perderem para sacanear seus próprios clubes, afinal receberam a ordem um dia, não é mesmo?

Alguém na CBF ou no STJD precisa acabar com isso, ou o campeonato em breve não terá moral alguma, não sobreviverá e nenhuma televisão irá querer apostar suas fichas num esporte que pode ser decidido por pedidos espúrios ou por chantagens de trogloditas organizados.

18 de novembro de 2010

A história sempre se repete

No sábado passado, dia 13 de novembro de 2010, o campeonato brasileiro chegou a sua 34ª rodada, restando após a mesma apenas mais três jogos para cada um dos vinte clubes da primeira divisão do futebol penta campeão do mundo.

No estádio Paulo Machado de Carvalho em SP, o time do povo enfrentava o antigo Palestra Itália mineiro, que depois da II Grande Guerra virou Cruzeiro. Jogo decisivo, pois as duas equipes estavam com a mesma pontuação em segundo e terceiro lugar respectivamente no campeonato.

Ao final de um jogo tenso, nervoso e com poucas chances reais de gol, onde o time mineiro foi ligeiramente superior, deu Corinthians pelo placar de 1x0. O gol saiu no final da partida através de uma penalidade máxima cometida pelo zagueiro do Cruzeiro sobre Ronaldo. Ele mesmo bateu e fez o gol da vitória.

Após o pênalti, os jogadores do time mineiro começaram (instigados pelo seu comandante Cuca) a ofender o árbitro e partirem para provocações desnecessárias no que tange ao esporte em si. Um jogador foi expulso de campo e outro (Fabrício) saiu de campo por conta própria, desrespeitando sua equipe e seus torcedores.

Erros já deram vitórias e causaram derrotas a todas as equipes do mundo, no futebol brasileiro que possui grandes times, ótimos jogadores e péssimos árbitros, isso ocorre com grande frequência, ou seja, erra-se mais, prejudica-se mais e o choro é praticamente certo ao final de cada partida ou campeonato.

O pior de tudo é ver jogadores que já atuaram em SP, levantarem suspeitas que na sua mísera ignorância jamais poderão provar na frente de um tribunal. Os mesmos jogadores que ao vencerem uma partida com erros de arbitragem saem de campo e vão para a balada comemorar sem dor na consciência aquela vitória.

O time alvinegro paulista jogou em Campina duas semanas antes e teve dois gols de Ronaldo anulados de forma incorreta, não vi nenhum jogador nem o técnico e muito menos dirigentes do clube terem chilique após o jogo. Também não vi ninguém levantando suspeitas contra este ou aquele clube que poderiam estar sendo beneficiados com aquele resultado.

Nesta semana pós-jogo tão polemico recebi pela internet um vídeo que mostra que o Cruzeiro foi inúmeras vezes beneficiado por erros das arbitragens. Foram pelo menos 19 jogos em que o time alviceleste teve erros capitais que o ajudaram a estar em terceiro lugar no campeonato. Sem que em nenhuma oportunidade algum dirigente tenha suposta armação ou favorecimento à equipe mineira.

O link mostra o indignado técnico cruzeirense esmurrando a mesa na entrevista coletiva, assim ele o fez no RJ quando dirigia o Botafogo e perdia para o Flamengo, assim também fez em outros clubes ao perder um campeonato, virando marca registrada: http://www.youtube.com/watch?v=LRMb_Fns06o&feature=player_embedded

O Corinthians ficou de 1955 a 1977 sem vencer um grande campeonato, desde 1960 jamais venceu uma Libertadores da América, mesmo assim, alguns menos favorecidos de inteligência, sempre que o time alvinegro conquista um título correm arrumar desculpas estapafúrdias para justificar o injustificável.

Tenho certeza absoluta que o futebol precise urgentemente de avanços tecnológicos para auxiliar na marcação de faltas, saídas de bola, gols e também da mudança de algumas regras centenárias que a obsoleta FIFA insiste em não alterar. Só assim e com o rigor de tribunais esportivos poderíamos ter campeonatos sem tantos problemas e onde os derrotados pudessem voltar para casa tendo a certeza que o placar adverso foi apenas um placar adverso.

O dinheiro do povo está indo para o Esgoto

“Nunca se mente tanto como antes das eleições,
durante uma guerra e depois de uma caçada"
Otto Von Bismarck


Quando me foi imposto pelo município ser descontado em minha conta de água um valor de quota (20%) destinado a futura FTE - Estação de Tratamento de Esgotos, confesso que pensei na ocasião, mais um dinheiro do povo a fundo perdido estará sendo gerenciado e aplicado sem controle algum da coletividade.

O tempo senhor da razão passou, mas a verdade que sempre vem à tona deixa claro agora pelos noticiários locais que o dinheiro conforme eu desconfiava está sendo utilizado para compra de veículos e outras finalidades que agora vem a nossa mente.

Provando que não dá para confiar em políticos de forma alguma, nem nos mandatários nem tampouco nos asseclas, nos apaniguados que tem poder ilimitado nem nos aspones e dirigentes de companhias e autarquias, ninguém, absolutamente ninguém merece a confiança do povo.

Usar uma verba que poderíamos afirmar ser sagrada para a sociedade e ainda por cima desviá-la para a compra de veículos, coisa para a qual existem verbas próprias, orçamentos pré-aprovados é falta de respeito, é a arrogância de dirigentes que acham que podem tudo perante o povo, eles sabem que perante a justiça podem mesmo, nunca são molestados, nunca precisam devolver nada.

Passados alguns dias da denúncia no JC de Bauru, nada foi feito na Câmara, nem em lugar nenhum, lembrando o escândalo já esquecido da AHB, aquela que ninguém sequer pronúncia o nome e que está nos porões da justiça à espera de um belo e lindo arquivamento, pois devolver o dinheiro ninguém vai mesmo.

O prefeito está calado, como de praxe nestas horas, o alcaide se finge de morto convenientemente, a autarquia finge que não é com ela, não vi nem li nenhuma mensagem na tentativa de esclarecimento a população, nadinha mesmo. Assim funcionam as coisas na política brasileira, assim caminha a carruagem da mediocridade.

Caberia aos vereadores eleitos tomarem providências, pedirem explicações, se não o fizeram serão aos olhos do povo coniventes com essa situação e poderão com certeza serem julgados pelo povo daqui a dois anos, passa rápido, tão rápido quanto passou a cobrança desta tal de FTE.

Com tudo isso se algo não for feito, se uma explicação formal não for dada pelas autoridades fica a certeza que Bauru continuará por muitos e muito anos sem Estação de Tratamento de Esgotos, algo muito mais importante e relevante que jogos abertos do interior.

6 de novembro de 2010

Diga "NÃO" a CPMF ou a qualquer outro imposto no Brasil

Por enquanto treze políticos traidores colocaram a cara para fora do seus palácios para se pronunciarem a favor da recriação da maldita CPMF. Aquele imposto que arrecada bilhões, não é usado para a finalidade que eles preconizam nem nunca foi, quando muito serve para que os arrecadadores oficiais de tributos possam não mais colocar dinheiro público para a saúde no orçamento da nação e substitui-lo pela CPMF, ao invés de acrescentar os mesmos aos recursos legais existentes. Os políticos são os seguintes:
ITEM  GOVERNADORES    PARTIDO    ESTADO
01      Tião Viana                  PT          AC
02      Jaques Wagner           PT           BA
03      Tarso Genro               PT           RS
04      Marcelo Déda             PT           SE
05      C. Capiberibe            PSB         AP
06      Cid Gomes                PSB         CE
07      R. Casagrande            PSB         ES
08      Ricardo Coutinho       PSB         PB
09      Eduardo Campos        PSB         PE
10      Wilson Martins           PSB         PI
11      Antonio Anastasia       PSDB       MG
12      André Puccinelli        PMDB       MS
13      Sinval Barbosa           PMDB       MT

A eleição não terminou em 31 de outubro, muito ao contrário, ela apenas começou, precisamos largar na frente destes senhores feudais que esconderam covardemente este e outros assuntos importantes em seus Estados para agora manifestarem apoio a essa indecência, essa imoralidade chamada CPMF. E por que estes governadores fizeram isto agora?

1. Primeiro por que são covardes e queriam fugir do assunto antes da votação;
2. Segundo por que estão dando um aviso sonoro aos deputados eleitos em seus Estados para que fiquem atentos e votem pela posição deles. Dane-se o povo!.

Então temos de agir com rapidez e com insistência junto a bancada dos deputados e senadores dos partidos alinhados acima, para entupirmos suas caixas postais de mensagens contrárias a essa obscenidade chamada aumento de impostos no Brasil.

Os endereços de e-mail dos partidos cujos os governadores já manifestaram posicionamento contra o povo são os seguintes:

PSB: psb@psbnacional.org.br
PSDB: tucano@psdb.org.br
PT: Acre - http://www.ptac.org.br/
Bahia-http://www.ptbahia.org.br/
R. G. Sul - http://www.ptrs.org.br/
Sergipe - http://www.prse.org.br/ - Ao entrar nos sites, procure por contato e mande sua mensagem a eles, já que é o PT é único partido que não disponibiliza endereços de e-mail.
PMDB: pmdb@pmdb.org.br

A partir de Fevereiro/11, com a posse do novo Congresso Nacional devemos entupir a caixa postal das lideranças dos partidos que estiverem na ocasião em defesa da indefensável CPMF ou quaisquer outros impostos a serem criados seja com que nome for e com a finalidade que tiverem.

Para isso é simples, basta acessar a página da Câmara Federal - www.camara.gov.br E procurar pela liderança dos partidos ou se preferir enviar diretamente para quem você votou ou ainda para os deputados que se manifestarem a favor da CPMF. No Senado www.senado.gov.br devemos agir da mesma forma.

Não importa em que votamos, se votamos nulo, branco ou se nos abstivemos de votar, esse é um problema nosso, a cobrança independe deste fator, somos mais importantes que eles, então devemos fazer valer nossa força e opinião.

Aqueles que puderem procurem em suas cidades entidades sérias que defendam o cidadão, o eleitor e a cidadania mostre a eles sua indignação contra qualquer tipo de pressão para aumentar um imposto qualquer em nosso país.

Aqui em Bauru tenho a honra de participar da Batra - Bauru Transparente (www.bauru.org.br). Existem muitas entidades sérias neste nosso país, no site da Batra acesse links e veja a relação de com algumas delas. Ou se quiser entre no Google e procure alguma outra pois existem várias. Usem a imprensa, enviem cartas, artigos, manifestem livremente sua contrariedade contra essa atitude espúria de parte dos nossos políticos.

Abaixo segue uma mensagem que enviei ao PSB:

Um abraço a todos e se concordar com isso envie e conclame seus amigos a repassarem esta minha mensagem ao maior número de pessoas possível

Rafael Moia Filho
_________________________________________________
Ao PSB – Nacional

Com relação à manifestação democrática do Governador Reeleito Eduardo Campos – PE, sobre a volta da CPMF, gostaria de tomar a liberdade para expressar um sentimento que além de meu, com certeza é da maioria absoluta do povo brasileiro. Sendo assim:
1. A CPMF foi criada, ou melhor, idealizada por Adib Jatene, médico ultra conceituado que pensou poder contar com verba extra e necessária para resolver os problemas da Saúde Pública nacional;
2. Entretanto, após, implantada no governo FHC, jamais ela foi usada para tal finalidade, ou pelo menos, foi usada isoladamente, pois o governo na ocasião excluiu as verbas orçamentárias que compunham a contabilidade da Saúde. Lula seguiu à risca a receita;
3. Esse foi então o primeiro equívoco, pois se na ocasião a verba era pequena, com o aporte da CPMF poderíamos ter uma Saúde Pública de qualidade, entretanto, o que se fez foi substituir a verba existente em orçamento pela contribuição extra da sociedade.
4. Vejo que a recriação da mesma ou de qualquer outro imposto deva merecer antes de mais nada uma profunda discussão, e por que não, da coragem dos nossos políticos para a implantação da tão sonhada Reforma Tributária. Nossa classe política que também paga impostos deveria lutar para acabar com as imensas desigualdades, bi-tributação, impostos cuja finalidade se confunde com interesses que passam longe do povo brasileiro. É preciso simplificar para poder arrecadar ainda mais, deixando sonegadores na cadeia e fazendo com que devolvam ao erário o que roubaram.
5. Como o PSB já sabe, a sociedade não aguenta mais pagar tantos impostos, além de não suportar mais ver cair pelo ralo, verbas preciosas que poderiam ser utilizadas de formas inteligentes, honestas em prol do povo mais carente de nossa terra.

Sendo assim, conclamo o PSB a lutar pela Reforma Tributária antes de pensar na implantação de quaisquer impostos no Brasil. O povo brasileiro estará atento, podem ter certeza disso.

1 de novembro de 2010

Por que José Serra perdeu a eleição?

A campanha política para definição do novo presidente do Brasil em 2010 foi seguramente uma das piores de todos os tempos desde que a nossa república foi instaurada. Baixaria, acusações toscas, discussões imbecis, fuga completa dos verdadeiros assuntos que interessavam a Nação.

Desvio proposital da agenda política para a uma agenda religiosa ou de cunho sexual, um lixo completo. Mentiras em profusão proferidas pelo candidato que estava em segundo lugar, omissões e mentiras da primeira colocada, enfim, o povo foi colocado à margem do processo.

A candidata que representa os últimos oito anos de gestão se comportou de maneira insegura, demonstrando não ter o mesmo conhecimento e carisma de seu líder político e antecessor. Vacilou durante muitos momentos da campanha, não apresentou com clareza seu projeto de governo, deixando claro que, não vai mudar nada, será um Lula de saia. Pouco, muito pouco para quem esperava mudanças, melhorias, avanços reais e não mentirosos a serviço de seus sonhos pessoais.

O candidato do PSDB paulista, dono da sigla, pois somente os paulistas servem para ser ungidos a cargos importantes, essa ao menos é a mensagem que o eleitor inteligente compreende, afinal é a quinta eleição a Presidência que alguém de SP assume o desafio, demonstrando claramente que não existem na ótica tucana paulista companheiros do partido no Brasil que possam representá-los. Não fez diferente de sua concorrente.

O José Serra não discutiu assuntos sérios como a divida interna, reformas políticas, a reforma tributária, a troca de programas assistencialistas por programas baseados numa economia sustentável com geração de empregos.

Ele não disse uma vez sequer que não iria recriar a CPMF, nem tão pouco prometeu diminuir a carga tributária que incide sobre a classe média, omitiu tudo e mais um pouco.

Apelou para questões religiosas, beijou imagens e ao mesmo tempo se aliou com setores nefastos da religião, virou um homem das mil e uma faces religiosas, de manhã beijava santos e a noite participava de cultos onde às imagens não são aceitas. E ainda prometeu aos evangélicos um posicionamento contra união de homossexuais, para depois se colocar a favor no dia seguinte.

Prometeu aumentar os ministérios quando até o Tiririca sabe que temos ministérios inócuos demais. Não falou em redução da máquina obesa federal, não discutiu nada com seriedade e a profundidade necessária.

Talvez por isso também tenha perdido as eleições, por omissão, por medo e por usar intolerância religiosa onde se pedia apenas idéias diferentes.

Acusou sua opositora e o presidente de corrupção em suas gestões, mas nunca provou ter agido diferente quando pode como prefeito e governador de SP. Aliás, seu partido em 16 anos jamais o fez. Sete dezenas de CPIs arquivadas é recorde mundial e vai para o Guiness Book.

Nem Dilma será a presidente que esperávamos e merecíamos nem Serra fará falta por ter perdido a eleição por sua culpa. Culpar os pobres que votaram na Dilma é ridículo, afinal, se fosse assim teria muito mais votos no Sul e Sudeste do que teve. Serra que não é um político simpático nem mesmo dentro de seu partido. Que o digam Aécio e Geraldo Alckmin, perdeu para sua campanha que beirou o ridículo..

E mesmo por que, Serra acusou os adversários de usarem programas assistencialistas de forma eleitoreira, antes dele mesmo prometer que iria ampliar e criar até um 13º para o Bolsa Família, neste momento, não dava para acreditar em mais nada.

Se não discutiu com profundidade as questões cruciais, se prometeu absurdos que deveria suprimir, se faltou com a verdade, se tropeçou na missa e caiu no culto, não tinha mesmo condições de ser Presidente, perdeu para si próprio.

O PSDB perdeu por que escolheu o candidato errado e não por que o povo não soube votar, que isso fique claro, pois o mesmo povo, escolheu FHC por oito anos e o próprio PSDB por vinte anos em SP sabendo votar.

23 de outubro de 2010

Até sequestradores são beneficiados no Brasil

Um dos crimes mais cruéis e hediondos é o sequestro que hoje no Brasil está cada vez mais abrandado pela nossa justiça. Lá fora esse tipo de crime é classificado como ato de terrorismo, tratado com seriedade pela justiça e tem no sistema penal rigor absoluto. Depois de preso, julgado e condenado o facínora não põe a cara para fora do presídio de segurança máxima enquanto não acabar sua pena.

Isto quando o criminoso cruel e desumano não é condenado à prisão perpétua dependendo das leis e do país em questão. Aqui no paraíso da criminalidade e da corrupção tudo é diferente.

Depois de cumprir um sexto da pena, normalmente 5 anos se a pena máxima for de trinta anos de prisão, o bandido pode sair cinco vezes por ano da prisão se estiver em regime semi-aberto, local para onde vão quando possuem “bom comportamento”.

Ou seja, um verdadeiro play ground para criminosos, pois esse negócio de bom comportamento é para quem paga imposto, recolhe tributos e ainda paga pedágio quando sai de casa numa estrada, pois criminoso quando vai para a prisão, perdeu a chance de ter bom comportamento, tinha isso antes de seqüestrar, matar, estuprar, etc.

Aqui no Brasil onde alguns presídios são verdadeiras colônias de férias, com celular, televisão, jornais, cigarros, sexo e tudo mais, um criminoso tem mais regalias que muito cidadão que mal tem acesso a um prato de alimento diariamente.

O empresário e publicitário W. Olivetto foi seqüestrado em Dezembro de 2001, ficou 53 dias no cativeiro ameaçado de morte e só foi libertado com vida graças a uma denúncia anônima.

Pois bem, dois de seus algozes estavam cumprindo pena em regime semi-aberto e obviamente como a grande maioria dos criminosos nesta situação, fugiram e estão desaparecidos. Foi concedida a imoral saída no dia das crianças para dois homens que não tem mulher e nem filhos. O sistema é suspeito, altamente frágil e precisaria de investigações da alta corte para verificar a veracidade das informações contidas nos processos de liberdade concedida a bandidos.

Ou seja, a sociedade presume que um criminoso que comete um crime hediondo não deva merecer benefício algum além da luz do sol, alimento e água potável. Deveria ter além destes “direitos” o dever de trabalhar e se quisesse estudar.

Ao invés disso nosso sistema judiciário, um dos mais fracos e permissivos do mundo, enfraquece cada vez mais a nossa sociedade, dando benefícios aos criminosos como mudança de regime, indulto cinco vezes ao ano, saidinhas para praticar roubos e até fugirem em definitivo de um sistema medíocre.

Nossa justiça precisa ser reciclada, precisa ser separada por completo do podre poder executivo, que é pernicioso e corrupto. Precisamos que juristas renomados reescrevam nossos códigos e leis, é preciso trabalhar para a sociedade e parar de conceder benefícios escusos para criminosos que abdicaram da sua liberdade ao cometerem atos repugnantes aos olhos da sociedade.

17 de outubro de 2010

Dilma X Serra - Uma campanha sem respostas e sem alma

A campanha para presidência da república começou há muito tempo atrás em nosso país. Desde quando José Serra assumiu o governo de SP, nas eleições de 2006, em seguida começou a planejar sua campanha para a presidência em 2010. Fato que se repetiu com relação à Dilma, tão logo Lula se reelegeu em 2006 ela começou a pavimentar sua campanha.
Durante esses quase quatro anos, Serra e Dilma pouco fizeram de prático para o povo brasileiro, tudo que foi realizado visava poder, o poder pelo poder, nada mais, nada menos.
Escolheram assessores, colocaram silenciosamente o trio elétrico nas ruas, tomando apenas um cuidado, não feriar a legislação eleitoral, o resto pouco ou nada importou.
Desde então a internet passou a ter uma troca de mensagens ferozes acusando Dilma principalmente e Lula de um monte de coisas, a maioria inverdades, algumas poucas confiáveis. Serra também passou por isso mas em menor quantidade, pelo visto aqueles que podem usar computador e a rede da internet tendem a odiar o PT, Lula e Dilma.
As gestões de Lula cometeram vários erros, mas não nenhum erro preconizado antes de sua posse, não levou nosso país para o socialismo, não fez aliança alguma com China. Rússia ou Venezuela, apenas se fez passar por bobalhão ao lado de Hugo, Evo e outros idiotas que governam mundo afora. Na economia ousou manter a mesma toada de seu antecessor FHC.
Ajudou banqueiros como FHC, bajulou o poder e a sociedade elitizada, porém nunca teve dela algo a mai do que simples tolerância, ganharam dinheiro como nunca os banqueiros, usineiros e empreiteiros.
Mesmo assim a imprensa através do Estadão, Folha, Veja, Isto É, até da própria Globo estão muito mais com Serra do que com Dilma. Isso se reflete agora nas pesquisas para o desenlace final do segundo turno.
O primeiro turno foi horrível, nada de discussões e apenas muito proselitismo, muita enrolação, e nada que o eleitor realmente quisesse e merecesse ouvir.
No segundo turno a coisa continua idêntica, As discussões passam ao largo de alguns problemas graves e muito mais urgentes do que religião, aborto, casamento gay. São eles os seguintes:

1. Como o candidato (a) eleito (a) vai pagar R$ 1 trilhão e meio da divida interna? Vai arrochar a classe média, como se isso ainda fosse possível? Já tem um plano?

2. Como irá combater a corrupção no país? Em detalhes e não com alusões pouco factíveis.

3. Qual será sua ação em relação à Reforma Tributária e Fiscal? Quando irá encaminhá-las ao Congresso nacional em 2011?

4. Qual será sua ação em relação à Reforma Política?

5. Vai aumentar o tempo de idade das aposentadorias no INSS? Vai manter o Fator Previdenciário?

6. Vai acabar com quantos ministérios e embaixadas no exterior? No caso de Serra ser eleito acrescento o seguinte: Vai vender o Aerolula?

7. Vai depois de eleito enfrentar com seriedade os problemas de infra-estrutura (estradas, portos, aeroportos, saneamento básico? Ou vai dar nomes pomposos a planos irrealizáveis? PAC, Brasil em Ação etc.

8. Qual será seu posicionamento quanto à realização das obras para assumir o compromisso da realização da Copa do Mundo /2014 e Olimpíadas /2016? Ou será contra?

9. Depois de eleito vai manter essa espúria indicação do Poder Executivo para membros do Judiciário (STF)?

10. Qual será sua prioridade Banqueiros ou Trabalhadores?

11. Vai diminuir a carga tributária que incide sobre o trabalho e os setores de produção (Comércio, indústria e agronegócios)?

12. Vai manter o país sem nenhum outro novo imposto? Ou vai recriar a CPMF?

13. O que vai fazer pela Saúde Pública? Projeto claro, nada de nominhos pomposos outra vez.

14. Vai corrigir as imensas lacunas que existem entre as classes mais ricas e a classe média ou vai continuar punindo quem mantém a economia mesmo em tempos de crise?

15. Vai rejeitar alianças com partidos que hoje apóiam o adversário?

16. Qual será seu plano emergencial para a definitiva resolução do problema da terra no Brasil? MST, Latifundiários, queimadas e a sobrevivência da Floresta Amazônica como serão tratados?

Nada disso está sendo discutido e nem será, ou seja, estamos dando um cheque em branco a Dilma ou Serra. Nem PT nem PSDB muito menos o novo Congresso Nacional estão preocupados com coisas sérias, é o poder pelo poder, nada mais.

Coisas das transmissões esportivas

Como é fácil trabalhar escrevendo ou comentando em rádio, televisão ou jornais sobre futebol na atualidade. Ao contrário do que se prevê, não existe preocupação com a informação antecipada, tudo é analisado apenas no pós-jogo, quando o juiz já apitou o final da partida. No máximo durante a partida, quando desdizem o que disseram minutos antes.

Um time vence duas partidas e alguns gênios já começam a dizer que virá a arrancada, no terceiro jogo o time fraco toma uma atravessada daquelas de perder o rumo e ainda por cima contra o lanterna e dentro do seu estádio sempre vazio. Os caras somem e guardam as manchetes que dariam dizendo que já sabiam.

Os fatos são comentados sempre após acontecerem, ninguém faz como antigamente, discutindo ou analisando dentro de seus próprios conhecimentos. Na televisão é patético ver os ex-péssimos árbitros dizerem que foi falta e ao verem o lance em câmera lenta mudarem de opinião de forma vergonhosa, assim como o faziam quando eram péssimos árbitros dentro de campo tão somente.

Alguns narradores não conseguem falar na Band quando Neto está analisando o jogo, ele dá pitacos errados em quase tudo, inclusive na arbitragem, coisa que jamais entendeu. Como aquela emissora demitiu sumariamente o ex-árbitro, Neto finge que entende disso também. Nem quando era jogador sabia algo a respeito, que dirá agora.

Na Globo o padrão segue firme, quase não fazem criticas, quase não comentam e quase não narram, é uma loucura ver um jogo com Kleber “papo furado” Machado. É cansativo e leva o torcedor a recorrer ao radinho de pilha. Fica a imagem muda e o som do rádio.

Por falar em Rádio, bons tempos em que os narradores e comentaristas estavam ao vivo no estádio... Bons tempos! Hoje ao ligar o rádio é preciso primeiro peregrinar por centenas de emissoras religiosas com seus pastores gritando tresloucadamente, depois enfrentamos os programas com alucinados com seu som alto e desqualificado até chegarmos numa estação que se dispõe a transmitir um jogo de futebol, não mais ao vivo como antigamente... Perdeu a graça!

8 de outubro de 2010

A eleição do Seo Madruga em SP

A comédia continua, depois de assistirmos a eleição legítima do palhaço Tiririca graças a mais de um milhão e trezentos mil eleitores agora teremos na cidade de São Paulo a posse de Jonas Fontoura mais conhecido como Seo Madruga pelo PRP – Partido Republicano Progressista no dia 01 de fevereiro de 2011. Ele assumirá a vaga deixada pelo Vereador Marcelo Aguiar (PSC) que foi eleito para ocupar uma vaga de Deputado Federal em Brasília.

Este exemplo mostra o quão perigoso é votar sem consciência, sem entender o processo eleitoral em suas minúcias, sem saber como funciona o sistema proporcional de votos no caso das eleições para vereadores, deputados estaduais e federais. Nesta hora é preciso tomar cuidado com os puxadores de voto, com os candidatos que estão escondidos nas listas dos partidos e que aparecem do nada para tomar posse quando menos se espera.

O chamado Partido Republicano Progressista, que ao que tudo indica não é progressista na hora de escolher seus representantes, conseguiu eleger Seo Madruga com apenas e tão somente 7. 705 votos na maior cidade da América do Sul. Imaginem o que acontece no sertão nordestino ou no extremo norte do país a julgar que estamos falando da pujante e rica metrópole paulistana.

O Seo Madruga é um humilde comerciante da cidade de São Paulo, nada tem a ver com os votos que recebeu, sua posse é dentro da lei, porém de antemão não precisa ser gênio para imaginar que será engolido dentro da Câmara paulistana e nada poderá fazer na medida que não tem escolaridade, não tem conhecimento básico para lutar contra o poder estabelecido naquela casa.

Precisamos de representantes com experiência, com maturidade, com instrução escolar suficientes para não serem enganados, para representarem seus eleitores condignamente. Não importa se sejam ricos ou pobres, ou qual seja a sua profissão, a partir do momento que são guindados a um cargo de tamanha envergadura precisam ter ao menos noção da responsabilidade que estão assumindo.

O problema começa nos partidos, que deixaram a muito de ser entidades representativas da sociedade, para virarem balcões de negócios, sem escrúpulos, sem ideologia e sem quaisquer preocupações com a ética. Escolhem a esmo ou pesquisam entre o povo para saber quem exerce mais atenção e tem mais popularidade para então cooptá-los para uma eleição.

O Seo Madruga vai se juntar a outros políticos popularescos nada engraçados que além de não fazerem nada pela democracia e pela sociedade serviram de chacota e serão usados pela máquina azeitada dos corruptos profissionais.

5 de outubro de 2010

PV - Neutralidade ou a vala comum?

Os quase vinte milhões de votos depositados nas urnas para a candidata Marina Silva do Partido Verde, fizeram com que a mídia, candidatos do PT e do PSDB começassem a desenhar estratégias para a abordagem sobre o partido verde e sua estrela solitária horas após a apuração da última urna.

Isso é claro, acaba sendo repassado para a sociedade, às discussões já estão na internet e nos bares e ruas das cidades. Quem será que Marina Silva vai apoiar? Com quem o partido Verde deve fechar acordo?

Penso que o Partido Verde e Marina Silva deveriam pensar com muito zelo antes de definirem seu posicionamento para o segundo turno das eleições presidenciais. Lógico que não deveriam demorar em anunciar a decisão do partido, evitando especulações desnecessárias.

Em primeiro lugar por que os dois partidos que vão disputar o segundo turno dificilmente irá chamá-los para discutir ética, planos de governo, vicissitudes e semelhanças entre seus projetos de governo. Na prática, diz a lenda no Brasil que esses momentos são para oferenda de cargos e outras coisas mais.

Do alto de seus quase vinte milhões de votos, a análise do PV e de sua candidata deveria passar pela vertente que mostra que a maioria de seus eleitores não suportava a idéia de votar em Serra ou Dilma, portanto deram a ela o voto consciente, um voto a sua pessoa e ao comportamento de seu partido nas últimas eleições.

Votaram nela ao invés de anularem seus votos, ou melhor, votaram nela por acreditar na sua proposta ambiental e na ética do Partido Verde, um voto então carregado de consciência e esperança.

Sendo assim, a decisão a ser tomada se reveste de enorme responsabilidade para os "Verdes", pois estará em jogo muito mais do que transferir ou não votos para Dilma ou Serra. Estará em jogo a alma do partido verde, a lisura de suas propostas e a postura que será ou não levada aos próximos pleitos.

Enquanto estava em campanha o partido verde sofreu na pele a falta de espaço, não obteve coligações, não recebeu grandes doações enquanto seus adversários nadavam em dinheiro. Portanto, como dizia Tancredo Neves - "Por que falarmos mais do que ouvirmos se temos uma boca e dois ouvidos"?

Os holofotes estão ligados na direção de Marina do PV, é preciso que ela tenha muito discernimento antes de decidir pela neutralidade, algo que seus eleitores apreciariam muito com certeza. Ou optar por um dos partidos e cair definitivamente na vala comum onde todos os partidos estão, diga-se de passagem.

23 de setembro de 2010

Um assalto em SP para "matar" R. Biggs de inveja

Para quem eventualmente não conhece, Ronald Arthur Biggs nasceu em Lambeth, Inglaterra. Ficou famoso após assaltar um trem postal em Buckinghamshire, em 1963. Com a ajuda de mais 15 comparsas, roubou 2,6 milhões de libras, sendo detido no ano seguinte, juntamente com a maioria dos envolvidos. Este roubo ficou conhecido mundialmente como o Roubo do Século.

Pois se estivesse vivo ficaria corado e humilhado com o que aconteceu em São Paulo antiga terra da garoa e atual terra do PSDB. Vamos aos fatos que demonstram de forma inequívoca a fragilidade da vigilância bancária, da polícia paulista sucateada há 16 anos e da vigilância do Metrô.

Três homens armados, trajando ternos entram numa agência bancária em SP, por volta de 12:30, na Avenida Paulista coração financeiro do Brasil. A agência do Banco Santander (Ex-Banespa) fica em frente à Estação Consolação do Metrô.

Sem que os clientes percebam o trio assalta o banco e levam consigo R$ 170 mil como se estivessem agindo dentro da lei e da ordem pública. Coisa de cinema, sem tiros, sem alarde, sem alarme e sem nenhuma ação policial.

Ao saírem da agência bancária eles se dividem: Dois entram na estação Consolação do Metrô, enquanto o outro atravessa a movimentada avenida e entra tranquilamente no outro lado da estação do Metrô.

Em resumo até a noite de ontem (20/09) nenhuma prisão, nenhum suspeito, nada foi apurado pelas autoridades paulistas. Em pensar que outro criminoso de colarinho branco se expõe, fazem das tripas coração para roubar o erário enquanto os profissionais auferem o equivalente a 333 salários mínimos sem nenhum esforço ou risco.

Os grandes golpistas internacionais ficaram sem graça após saberem da facilidade e da falta de reação do nosso sistema de vigilância. Devem com certeza reclamar junto a Corte Suíça, pedindo explicações, afinal de contas para ganharem a vida no primeiro mundo passam por sofisticados sistemas eletrônicos de segurança, homens treinados e policiais que ganham salários compatíveis com sua importância para a sociedade.

Aqui os Bancos e Casas Lotéricas são iguais casinhas de criança, só não rouba quem não quer. Os banqueiros gananciosos resistem a gastar um pouco do polpudo lucro que obtém com segurança. Entrar e sair de uma agência é tão fácil que os caras roubam cento e setenta mil sem fazer barulho, sem dar um tiro e sem serem percebidos pela clientela.

Com certeza nem o gerente da agência percebeu no ato o que estava acontecendo, o pobre coitado estava vendendo seguros e demais produtos, única coisa que sobrou aos notáveis bancários nos dias de ganância atuais.

A polícia paulista (Civil e Militar) comandada pelo Governo Tucano ao longo dos últimos dezesseis anos sempre relegou os policiais ao segundo plano, além disso, jamais modernizou delegacias, IML’s, nem ao menos dotou a polícia científica de equipamentos com alta tecnologia para poder acompanhar a evolução do mundo da criminalidade. Ao contrário, sempre tratou os policiais com desprezo e desdém.

Esse é o preço que pagamos uma polícia sem condições técnicas aliada a uma Justiça fraca e omissa que ajuda o criminoso depois que são presos e condenados. Tudo conspira contra o cidadão que paga impostos.

A corrupção no Brasil não tem limites

Ela pode ser escancarada, pode ser escamoteada, disfarçada, entretanto nunca deixa de estar ao lado do poder no Brasil. Sejam eles Executivo, Judiciário ou Legislativo. O Brasil perde por ano bilhões com o “Custo Corrupção”, dinheiro jamais recuperado tendo em vista que a Justiça não move montanhas para tentar recuperar verbas desviadas em fraudes, licitações, etc.

Antigamente ouvíamos quando crianças algo sobre um tal de dez por cento (10%), que significava que a liberação de uma obra, documento ou quaisquer coisas dentro da burocracia nacional tinha este custo quase que pré-fixado. Pois hoje no nosso país esse custo inflacionou e não tem limites, não há percentual que consiga amainar a fome de poder e dinheiro dos corruptos e corruptores.

Após o fim do período em que o Brasil viveu sob uma ditadura militar, começou a ficar clara esta situação para os brasileiros, os escândalos começaram a se multiplicar a partir de 1985 quando da posse de José Sarney. Não à toa, recentemente a imprensa desvendou que o homem que já foi presidente da república havia conseguido fazer misérias com seus cargos de poder.

Nomeou amigos para cargos chaves, nomeou parentes e construiu uma rede que lhe permitiu ganhar muito dinheiro apenas e tão somente usando o sobrenome de sua família e a proximidade com o poder desde o término de seu mandato como Presidente.

Em seguida tivemos um presidente jovem, moderninho, coqueluche da elite nacional e da grande mídia. Não precisou de muito tempo, em menos de dois anos caiu em virtude de golpes que na atualidade seriam considerados infantis diante da roubalheira perpetuada a partir de Brasília.

Depois de um breve período com Itamar Franco, um dos poucos que conseguiu sair de cabeça erguida tivemos nos últimos dezesseis anos uma enxurrada de denúncias concretas de todos os tipos de atos de corrupção. A capital federal se tornou sede mundial do nepotismo, do desvio de verbas, das indicações de pessoas a cargos sem concurso público, das sombras nebulosas que se espalharam feito uma explosão atômica devastando e alastrando corrupção por todos os demais Estados da Federação.

Não tem um canto do país virgem, imune a algum golpe, desvio, ato ilícito, seja ele em órgãos públicos ou na rede privada onde alguns empresários descobriram como lucrar acima do imaginável. Empreiteiras ganham obras e licitações, pagam por fora, abastecem um mercado ilícito que continua sempre promissor.

Algumas ações da Polícia Federal costumam dar certo, nem sempre, mas alguns bandidos do colarinho branco e raros corruptores chegam à prisão. Em seguida entram em ação a segunda indústria mais lucrativa do Brasil, a dos Habeas Corpus Corporation. No dia seguinte ou no máximo em poucos dias lá estão os criminosos de volta ao seio da sociedade.

Nem sempre conseguem voltar a ocupar cargos de confiança, mas conseguem liberdade para abrir novos negócios e o principal – não devolvem nenhum centavo ao país. Perdem apenas um pouco nos gastos com seus brilhantes advogados, sem os quais não estariam livres.

Os episódios do chamado Mensalão, que existem em todos os cantos do país somados aos casos de intermediação de negócios escusos com o aval de pessoas e órgãos públicos ganharam uma dimensão astronômica. A oposição ao atual governo agora faz denúncias assim como fez o PT durante muitos anos. Mas não explicam por que onde são governo nos Estados a situação se repete com a mesma voracidade. Vide MS!

Em resumo são todos farinha do mesmo saco protegidos por leis que são escritas pelo Poder Executivo e Legislativo sem que a sociedade possa interferir diretamente. Leis que deveriam ser escritas por juristas em muitos casos são feitas pelos piores criminosos que uma sociedade por admitir.

Brasil - Um país sem futuro

Nenhum canto do mundo é perfeito, sempre temos alguma coisa que possa diminuir nosso interesse em viver fora do Brasil, seja o idioma, contrastes religiosos, clima, entretanto fica cada vez mais difícil morar neste país onde impera a corrupção, os desmandos, a injustiça social e principalmente a bandalheira oficial no poder Judiciário.

Nada é mais indecente do que a forma como nossa justiça age em nome de uma democracia que funciona e existe apenas no primeiro e segundo escalão dela própria.

Magistrados, Desembargadores recebem vencimentos dignos enquanto toda estrutura do judiciário vive a mingua, com salários e benefícios irrisórios e obscenos. Excesso de trabalho e nenhuma condição de realizá-los, ambientes imundos às vezes, sem papel higiênico e nem café em muitos Fóruns espalhados pelo país.

Um poder que dá aos políticos todas as regalias imagináveis, sem que aqueles que cometem crimes contra o erário sejam julgados e condenados para efetivamente cumprirem com as penas estabelecidas em nossos códigos antiquados, ultrapassados e totalmente desatualizados. Sem contar que ninguém é obrigado a devolver o que roubou.

No Amapá uma verdadeira quadrilha foi presa com mais de trinta envolvidos suspeitos de desvio de verba, corrupção ativa e passiva, fraudes em licitações e toda tipificação criminal possível. Eis que ontem (20/09) os elementos retornam ao Amapá, inclusive o candidato à reeleição como governador (Ficha Limpa?) e são filmados com a bandeira daquele Estado e nos braços de seus correligionários (cúmplices).

Recentemente o Poder Judiciário dando provas que trabalha para o bem estar dos criminosos decidiu que os presos condenados por tráfico de drogas teriam direito as mesma benesses dos demais bandidos. Ou seja, redução de penas, bom comportamento, indulto, etc. Uma atitude imoral e covarde para com aqueles que vivem amedrontados e presos em seus condomínios, suas casas e apartamentos sem direito a nada. Quem paga impostos não tem direito a nada, exceto de ser esfolado pela avalanche de impostos existentes.

Em São Paulo uma licitação com valores em torno de R$ 50 milhões definiu pela compra de tornozeleiras eletrônicas, algo que, nos países de primeiro mundo são usadas inclusive por artistas, autoridades e quem quer que cometa algum crime contra a sociedade.

Pois aqui no paraíso da impunidade, a (in) justiça definiu em alto e bom som que, somente irão usar as tornozeleiras aqueles facínoras que quiserem, a escolha é deles e não do sistema penitenciário.

Um absurdo que beira o inimaginável, demonstrando a total subserviência do Poder Judiciário e do Sistema Penitenciário aos bandidos. Eles mandam, eles podem tudo, eles não cumprem pena em regime fechado até o fim, eles saem por bom comportamento e tem a disposição indulto em todos os feriados do ano, celular na cela e TV além de encontros amorosos com parceiros (as).

O começo das aberrações está na indicação do Presidente da República na nomeação de novos integrantes do Supremo Tribunal Federal, instância máxima da nossa justiça. Como esses homens colocados neste cargo politicamente vão julgar com isenção seus antigos aliados?

Essa situação é impensável num país de primeiro mundo, pois é altamente permissiva e até promiscua em alguns casos, como daquele membro que nunca foi juiz de carreira e mesmo assim recebeu indicação de Lula. Ao povão vestibulares, concursos públicos ultra-rigorosos e aos amigos do poder vantagens e mordomias.

Estamos à mercê de políticos corruptos, governantes medíocres e de uma justiça tosca, atrasada, lenta e que pende demasiadamente para o lado do poder, seja ele político ou não. As coisas do povo são engavetadas e levam vinte anos para serem julgadas, numa clara demonstração de desprezo do judiciário pela sociedade.

O assassino e réu confesso Antonio Marcos Pimenta Neves foi preso, liberado para aguardar seu julgamento. Julgado, condenado está livre a dez anos recorrendo indefinidamente até quem sabe morrer e não precisar mais de advogados e nem do uso das inúmeras oportunidades que a Justiça brasileira concedeu para que um assassino confesso pudesse ficar dez anos impune.

Não vejo a OAB nem nenhuma Entidade democrática defendendo uma mudança radical nesta conjuntura atual, não existe político em solo brasileiro preocupado com esta vergonhosa situação. Não enxergo como antigamente em nosso meio juristas renomados que possam enfrentar esse corporativismo, essa indecência que aos poucos mata nossa democracia e vontade de viver em solo brasileiro.

10 de setembro de 2010

Por que rejeito votar em Dilma ou Serra

“Um bom jogador é aquele que tem a visão plena do tabuleiro, sabe que o mundo não começa nem termina na “casa” em que se está. Sabe que ela é transitória, faz parte da viagem e nunca é o destino final. Jamais haverá um bem que sempre dure ou um mal que nunca acabe. Ou seja, em qualquer fase da vida em que nos encontremos, é sempre possível mover as peças e seguir em frente. A mudança é inevitável, o crescimento é opcional”.
Autor Desconhecido


Na minha infância e juventude a ditadura militar impediu a todos de exercer o direito individual de elegermos nossos representantes aos principais cargos majoritários. Com o fim do regime e a queda dos militares veio a tão sonhada democracia e para variar no Brasil começou tudo errado, com pessoas erradas e a maldita síndrome da continuidade.

Ao invés de uma ampla eleição popular o que tivemos de aturar foi uma aliança do bem versus o mal numa eleição indireta, onde o mal esteve encarnado em Paulo Salim Maluf, homem de confiança do regime que foi derrotado por Tancredo Neves cuja única coisa ruim em seu propósito era seu vice José Sarney do Maranhão. O povo não votou, em seu lugar votaram os parlamentares em Brasília.

Como desgraça pouca é bobagem, antes de assumir o poder morre o político mineiro Tancredo Neves e assim tivemos de engolir um dos piores presidentes que o Brasil já teve. Ele pavimentou sua maléfica carreira política e construiu uma duradoura estrada que perdura até os dias atuais, os escândalos não nos deixam mentir sobre isso.

Em 1989 tivemos pela primeira vez a chance de eleger alguém ao cargo de presidente de nosso país e ao contrário do que todos sempre reclamam as opções no primeiro turno daquele pleito eram muitas, de todos os segmentos, ideologias e partidos. Tínhamos Ulisses Guimarães, Mário Covas, Brizola, Aureliano Chaves, Maluf (de novo), Gabeira, Ronaldo Caiado, Enéas, Roberto Freire, Collor e Lula, para ficar entre os principais nomes.

Mas a sociedade votou em peso em Collor e Lula, o primeiro era o candidato da classe média e preferido da mídia enquanto Lula era o sindicalista que havia participado da fundação do PT e era a opção dos trabalhadores e oposicionistas a tudo que havia no país até aquele momento. Venceu a classe média e as elites elegeram o carioca governador de Maceió, que foi deposto dois anos depois envolto a suspeitas que nos dias de hoje valeriam apenas uma página de jornal.

Itamar Franco seu vice então assumiu o poder em 1991 e levou o mandato até o seu final conseguindo eleger seu então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso. Seu governo foi razoável, seu mérito maior foi dar condições para o próximo governo implementar medidas na economia com segurança.

Entra então no poder o sociólogo que tinha todas as idéias e ferramentas a disposição para promover as mudanças que o país tanto precisava. Seu grande mérito foi resolver o crônico problema da inflação. Lançou o Plano Real e acabou de vez com a inflação na economia brasileira.

Não resolveu os problemas de segurança, nem de saneamento básico, educação, saúde e ainda criou impostos demais (a CPMF é obra de seu governo), elevando a carga tributária e privatizando empresas de mineração, ferrovias, setor elétrico, telefonia a preços de banana e resguardando aos compradores todas as benesses possíveis para então deixar o ônus nas mãos dos consumidores. Vide a maldita Taxa da Telefonia Fixa.

Depois de longos e tenebrosos oito anos sem que os funcionários públicos federais tivessem um só reajuste salarial à sociedade cansada do modelito tucano resolve apelar e votar em Lula e sua trupe petista sindical.

Lula assume em janeiro de 2003 e aos poucos faz com seus eleitores percam a esperança de um governo voltado para o povo e em particular para a sofrida classe média. Conseguiu em oito anos elevar ainda mais a carga tributária, o que parecia ser uma tarefa impossível depois dos tucanos. Defendeu a CPMF até sua extinção pelo Congresso Nacional, a falta de combate a corrupção, não apoiou reformas políticas, tributárias nem implantou nenhum grande projeto educacional ou de saúde pública que minorasse a situação da sociedade brasileira.

Marcou sua gestão por viagens infindáveis ao exterior, por discursos engraçados tanto quanto estapafúrdios. Nos seus dois mandatos a corrupção correu solta e teve amparo total do seu governo e ao final quer nos fazer engolir sua candidata Dilma goela abaixo em outubro desse ano.

A sua candidata Dilma Roussef tem uma rejeição enorme da classe média, maior talvez até que a rejeição que Lula possuía quando era chamado de sapo barbudo pelos empresários que depois de oito anos de gestão Lula estão ainda mais ricos. Ela não tem carisma, não tem experiência anterior em cargos executivos e não consegue ser unanimidade nem entre os eleitores petistas. Se vencer terá de agradecer para sempre o enorme carisma de Lula.

Quanto a Serra, nada mudará em seu mandato em relação ao que FHC fez ou tentou fazer. Vai deixar os funcionários públicos quatro ou oito anos sem aumentos salariais. Não vai fazer nada pela segurança pública, educação, reforma agrária, saúde assim como seu partido o fez em dezesseis anos de poder em SP. Ainda vai tentar privatizar o que sobrou no governo federal. Odeia investigações e CPIs em seus governos.

Gasta muito com propaganda, mas engana o povo não dizendo quantos anos levou para concluir o que enaltece. Ex. Rodoanel. Essa obra ainda não foi concluída, a tática deles foi fazer inaugurações parciais, festas, rojões e o povo sem saber que depois de dezesseis anos o PSDB não teve capacidade para terminar a tal obra.

Vive de mentiras e de propagandas, basta conversar com gente séria dos setores da saúde, educação ou segurança e toda a fanfarronice tucana cai pelo ralo. Serra é o continuísmo de Lula por incrível que possa parecer, assim como seria inimaginável dizer que Lula foi o continuísmo de FHC.

Sim, Lula manteve a mesma política tributária de FHC, manteve a mesma política econômica e não fez nenhuma reforma que prejudicasse, ou melhor, não atendesse banqueiros, usineiros e os grandes empreiteiros do país. Ainda viajou mais do que FHC pelo mundo afora.

Não ajudou a classe média que por ironia do destino votou em FHC, Lula e agora se arvora em votar em Dilma. Uma dupla ironia, visto que a classe média critica o povo pobre por não saber votar, por eleger qualquer um esquecendo-se de olhar para seu próprio umbigo, ou melhor, nos dias atuais para seu próprio e-mail.

Por tudo isso e muito mais que não cabe num artigo, rejeitarei nas urnas a mesmice, os mesmos discursos e as mesmas cantilenas de sempre, votarei em outro candidato se houver ou anularei com um sorriso na face meu voto. Chega de ser complacente com essa escória, chega de ser conivente com essa gente.

Anular o voto faz parte das opções que a frágil justiça eleitoral me franqueia, então por que não usá-la quando não temos opções inteligentes e decentes para votar.

Tem dinheiro sobrando, mas falta vontade política

O país arrecada bilhões de reais através de uma rede perversa de cobrança injusta de impostos jamais vista em canto algum do planeta. Um país onde o trabalhador assalariado e os pequenos comerciantes e industriais pagam mais impostos que os milionários.

O FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação vinculado ao MEC – Ministério da Educação lançou o Proinfância para atender os municípios com a construção de creches e pré-escolas.

Entretanto das 2003 creches e pré-escolas apenas 39 (1,94%) tiveram verbas liberadas para construção em três anos de programa. Muitas desculpas são dadas quando se coloca o problema á mesa, desculpas que não atendem a população, que não atendem milhões de crianças à espera de educação infantil.

Para o FNDE a culpa está nas prefeituras que não possuem estrutura. Para aquele órgão as prefeituras têm baixa capacidade técnica e inexperiência com licitações. É estranho que a verba não tenha sido consumida pelas grandes e médias cidades espalhadas pelo Brasil, onde estes fatores alegados não representam problemas.

Segundo o presidente da UNDIME – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, além das dificuldades burocráticas dos processos licitatórios, a complexidade dos projetos exigidos atrapalha a construção. Engraçado que essas desculpas não atrapalham estes municípios na construção de obras desnecessárias e no uso irregular de verbas públicas.

O número de obras paradas supera o de obras concluídas, o que desmente em parte as afirmações acima citadas pelas autoridades responsáveis.

Como pode um país querer sediar uma Olimpíada ou uma Copa do Mundo com a respectiva construção de obras de grande vulto se não consegue sequer projetar, construir e entregar creches?

Isso que acontece no FNDE com a liberação para construção de creches ocorre também para com as verbas para construção de novas penitenciárias, habitação popular, saneamento básico, estradas e todo tipo de obras de infra-estrutura.

Ou seja, existem recursos em abundância, mas falta vontade política, falta capacidade técnica e principalmente competência do poder público em fazer com que os recursos sejam usados com parcimônia.

Quem tem a verba também não está nem ai para com o usuário final, fica colocando empecilhos, usufruindo de uma burocracia medíocre e burra para assim “economizar” o dinheiro que é da sociedade e não do departamento.

Quem poderia usufruir da verba (municípios) não possuem capacidade e nem vontade política para poder reverter à situação. Ao invés de contratar empregados qualificados preferem encher as prefeituras de assessores inúteis e sem capacitação para sequer comprar pão na esquina.

O povo fica desamparado, à mercê de uma burocracia imensa que impregna o solo infértil da política brasileira. Pagamos muitos impostos apenas para alimentar uma máquina estatal que consome bilhões com asneiras e não conseguem sequer usar o dinheiro disponível a favor da população.