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20 de abril de 2009

O Brasil da monocultura e dos automóveis!

Em plena crise da economia mundial o Brasil dá um exemplo ao mundo de sua falta de planejamento e seriedade, caindo de joelhos diante do império das montadoras. Para que as vendas de carros não sofressem nenhum problema o governo federal e o do Estado de SP, injetaram quase dez bilhões de dólares no caixa das montadoras. Não satisfeito ainda reduziu o IPI da maioria dos automóveis.
Triste ver que não usou do mesmo expediente para reduzir a pesada carga tributária que incide sobre as industrias de calçados, têxteis, alimentos, vestuários, comércio e indústria em geral, dando as montadoras o privilégio de sempre.
Uma sociedade a serviço das grandes indústrias de automóvel, bem ao contrário dos EUA, onde a crise é muito maior e a GM e Chrysler podem inclusive ir a falência.
Aqui no Estado de SP, a maior parte das terras produtivas estão nas mãos gananciosas dos usineiros que produzem combustíveis para nossa frota flex, interessante que o motor é flex, mas o uso é somente de álcool.
O preço dos combustíveis não deixa margem para escolha, embora o álcool seja uma opção demasiadamente cara, principalmente se levarmos em conta que existe exclusividade por parte das montadoras e o aval do governo, que inclusive ajuda através do BNDES com financiamentos generosos.
Em breve teremos de comer cana de açúcar e exportar alimentos para tentar matar a fome dos brasileiros. A industria automobilística não terá mais ninguém para quem vender suas carroças com preços de limusines.
Esse tempo não está distante como se supõe, parte do primeiro mundo busca alternativas de energia limpa, de meios de transportes de massa não poluentes e de combustíveis elétricos para contribuir com a diminuição dos poluentes e do aquecimento global. Aqui no Brasil, destinamos milhões de alqueires de terras produtivas para o plantio da cana de açúcar e ainda temos de pagar um preço obsceno para usar esse combustível.
O governo federal ainda quer através de Lula introduzir o bio-diesel, outra opção que é nefasta às terras que poderiam estar sendo destinadas à plantação de alimentos.
Como sempre faltam iniciativas inteligentes e com base científica por parte de nossos governantes, sobram explicações enganosas e também possibilidades de enriquecimento ilícito. Ninguém faz nada pensando no povo e muito menos ainda no meio ambiente.
Temos um território que é praticamente um continente com recursos hídricos, com sol o ano inteiro e reservas de petróleo e minerais abundantes, mas não possuímos mentes brilhantes no nosso meio político. Nossos governantes são um desastre em todos os sentidos, destroem boas idéias, desviam recursos e geralmente não investem em planejamento, desenvolvimento sustentado e pesquisas científicas.
Estamos atrasados e eles ainda acham que somos os bons, Lula se perde em devaneios quando está fora do Brasil, esquece nossas mazelas, nossos problemas e a nossa péssima situação no campo educacional, habitacional, saúde pública e de saneamento básico. Parece que quando ele sai das nossas fronteiras vira príncipe e ao voltar ao país vira abóbora novamente.

9 de abril de 2009

A Fofa

Uma empregada doméstica quando tem a sorte de ser registrada nos moldes da lei, geralmente recebe um salário mínimo em São Paulo e nos demais Estados do Sul e Sudeste, daí para baixo a coisa é bem diferente, ou seja, a maioria não está registrada e fazem bicos, limpeza como diaristas ou trabalhando de porta em porta de sol a sol por alguns trocados.
Porém em Brasília no Distrito Federal têm profissionais abençoadas pelo destino, mulheres como a Fofa, para quem não a conhece, Maria Helena, uma mulher simples que recebe algo em torno de R$ 1.608,00 (Um mil, seiscentos e oito reais) por mês.
E você sabe quem é o patrão dessa qualificada profissional? Nós, sim meu amigo (a) leitor (a), nós é que pagamos os salários através de nossos recolhimentos de impostos, pois a Fofa era contratada da Câmara Federal para trabalhar no gabinete de Arnaldo Jardim (PPS-SP) e nas horas vagas em seu apartamento funcional.
Depois que foi pego no flagra o nobre e inteligente parlamentar demitiu a empregada, dizendo que: “Eu não vejo conflito ético no fato da empregada ser paga com dinheiro público, entendia que o cargo podia ser usado como apoio ao mandato parlamentar”. Vou fazer para respeitar o regimento da casa.
A Fofa trabalha para parlamentares desde 2004, já esteve com outros parlamentares que também não viam problemas éticos e nem morais do povo custear a empregada doméstica deles com certeza.
O mais curioso é que a Fofa estava ajudando o Deputado Arnaldo Jardim quando da realização de evento em seu apartamento para o lançamento da Frente Parlamentar Anticorrupção, no mês de março. Assim caminha a vida em Brasília, paraíso da impunidade, centro da iniqüidade e da falta de vergonha oficial em nosso país, que acumula problemas sociais, tem mazelas espalhadas pelos quatro cantos e imensa dificuldade em resolver as enormes carências na saúde, educação, saneamento básico, mas ao mesmo tempo produzem situações como as que estão sendo divulgadas a nossa sociedade cotidianamente, sem que nada mude e ninguém seja punido.

Viúvas das privatização

Diante das noticias divulgadas pelo JC em Bauru, dando conta de que a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica está determinando um aumento da ordem de 21,56% nas contas de energia residencial e comercial de nossa região. Um aumento que para se permanecer no razoável, diríamos que seja um acinte, um roubo que está sendo cometido à “luz do dia” contra nosso bolso.
A desculpa estapafúrdia ou a justificativa para o pesado aumento se baseia entre outros no aumento da cotação do dólar. Como sempre o inverso não é verdadeiro, ou seja, quando a moeda americana estava cotada a R$ 1,60 o preço da nossa energia não estava mais em conta.
Quando o setor elétrico foi privatizado muitos foram aqueles que estiveram a favor da privatização. Defendendo com unhas e dentes isso que agora percebem ser um grande prejuízo a sociedade. Nenhum kw/hora a mais, a distribuição de energia feita igualmente, mas com menos funcionários. A iluminação pública de Bauru não deixa dúvidas quanto ao tipo de serviço prestado.
Esse aumento abusivo, desproporcional é um prêmio à atuação decisiva de políticos como Mario Covas, Geraldo Alckmin, FHC, Pedro Tobias e tantos outros que defenderam essa venda do patrimônio paulista a preço de banana e depois não destinaram os recursos da venda para segurança, saúde e educação.
Para quem não sabe a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica foi criada por FHC e ao que parece está a serviço das empresas privadas e não na defesa do público consumidor.
Outro fato interessante é que os empregados da empresa que está sendo contemplada com generoso aumento tarifário tenham recebido apenas 6,8% de aumento salarial em Junho/08. Ou seja, mesmo tendo um quadro enxuto, mesmo dando apenas a reposição dos índices da inflação aos empregados, ainda é premiada com 21,56% de reajuste tarifário.

Educação e Saúde só nas propagandas

Como é gostoso e reconfortante assistirmos na televisão as propagandas pagas com recursos dos nossos impostos mostrarem como está maravilhosa a Educação e a Saúde no Estado de SP.
Os professores nas propagandas ganham salários compatíveis com a sua importância para a nossa sociedade e ainda recebem treinamento e atualização constante para poderem fazer frente aos grandes desafios que a educação possibilita em suas carreiras. Ainda possuem salas informatizadas e facilidades para aquisição de notebook financiados com juros europeus em várias parcelas.
As salas de aula sempre repleta de alunos felizes, com seus materiais em mãos, sempre atualizados e em ordem. Logo no segundo dia de aula todos os alunos já estão de posse de seus materiais. A preocupação com a qualidade do ensino é tanta que os livros trazem até situações hipotéticos da América do Sul com dois mapas do Paraguai e a exclusão do Equador. Coisa linda para aguçar a inteligência dos pequenos.
A merenda é coisa de primeiro mundo, alimentação balanceada e contendo todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento sadio de nossas crianças. Aliado a distribuição pontual de novos uniformes e calçados para todos os mais necessitados.
A saúde pública vista pelas lentes das propagandas do governo são de tirar o chapéu, aliás, dá vontade de marcar uma consulta e pedir logo uma série de exames clínicos. Que beleza são os hospitais públicos estaduais. Funcionários educados, bem treinados e remunerados à altura de sua capacidade e importância. Nunca faltam médicos nem nas mais distantes regiões do Estado.
Tudo supervisionado e controlado rigorosamente pela Séc. da Saúde, afinal, já dizia o antigo ditado: “Com saúde não se brinca”. E as propagandas deixam claro que ninguém está brincando, é tudo coisa séria e visando não as eleições em 2010, mas sim o bem estar e a informação aos usuários do sistema. Que beleza!
Na verdade, ironia a parte, estão torrando milhões de reais com publicidade em rádio, televisão, jornais e revistas além de placas e outdoors espalhados de norte a sul sem que nada disso citado acima esteja acontecendo em SP. A imprensa séria sempre tem mostrado a dura e cruel realidade dos profissionais dessas áreas e dos usuários.
Os professores não receberam nenhum notebook, que sequer foram licitados, mas na propaganda a atriz entra na sala de aula feliz portando em suas mãos o parelho de extrema utilidade. Existem várias escolas onde os alunos não receberam seus materiais escolares, apesar das aulas terem começado em Fevereiro deste ano.
Agendar um exame clinico é um parto a fórceps e requer paciência e muita “saúde” por parte dos que dela necessitam, pois a rede pública de atendimento hospitalar está cada vez pior.
O que existe além de muita publicidade enganosa é a desfaçatez de governantes que não estão no poder exceto para querer atingir seus objetivos pessoais e mesquinhos de poder.

7 de abril de 2009

A Seleção pavãozinho do Dunga

A seleção brasileira de futebol que nós acostumamos a chamar de seleção canarinho, nas mãos do treinador Dunga mais parece uma seleção pavãozinho. Cheia de jogadores que atuam no exterior e que pensam que são craques. Um bando de endinheirados mal acostumados à fama, que agora jogam um futebolzinho medíocre e vivem à custa da projeção do nosso futebol no passado.
São convocações equivocadas, são escalações sempre previsíveis e com sobra de arrogância e petulância por parte de Dunga, um treinador inexperiente e que pensa que ser grosseiro com a imprensa é o mesmo que ser raçudo como jogador.
Ele foi um jogador apenas e tão somente razoável, em 1994, foi campeão do mundo e jogou o mesmo futebol limitado e previsível de sempre, mas teve ao seu lado o genial Romário e mais dois ou três craques que acabaram por levantar aquele caneco nos EUA.
Nunca foi treinador de clubes nem no Brasil nem no exterior, sua trajetória na seleção preocupa os amantes do nosso futebol, com ele jogamos sempre com os mesmo jogadores, estejam eles em boa ou péssima fase. O clone de jogador Ronaldinho Gaúcho é um exemplo desses que não saem do time por nada desse mundo apesar de não estar jogando um bom futebol há pelo menos três anos, mesmo em seu clube.
As convocações atendem a critérios esquisitos, alijando de cara os craques que atuam no nosso país, mistério, nenhum país do mundo usa essa tática que remete o pensamento do torcedor a um só lugar - Ao interesse de patrocinadores e empresários sobrepujando a verdadeira motivação de uma seleção.
Dunga ao contrário de alguns antecessores não representa a escola do futebol arte e nem do futebol força, ele representa o futebol medíocre, sem brilho, sem classe e sem nenhuma lembrança com o que sempre caracterizou o futebol nacional.
Nossos jogadores da seleção em sua maioria são baladeiros, despreocupados com a paixão do nosso povo pelo futebol. Só querem de saber de suas noitadas, de seus pagodes, de suas “Marias Chuteiras” e do pagamento milionário que nem sempre usufruem com parcimônia.
Ficam no Brasil jogadores talentosos como Hernanes, Nilmar, Keirrison e grandes promessas como Neymar e tantos outros aguardando serem vendidos ao exterior para depois então serem convocados sistematicamente por Dunga – “O zangado”.