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23 de março de 2009

Pedágio ou mina de ouro em SP?

Um motorista usando veículo de passeio que viajar de São Paulo para Belo Horizonte irá gastar a partir da próxima segunda feira aproximadamente R$ 7,70 (sete reais e setenta centavos). Essa é a conta imposta pela construção de sete praças de pedágio durante o trajeto entre as duas capitais.
O valor de R$ 1,10 (um real e dez centavos) foi avençado na licitação federal que concedeu a administração da rodovia Fernão Dias no trecho que compreende SP e BH. Uma realidade bem diferente da que vivem os motoristas usuários do sistema em SP.
Para quem não reside em SP, uma única praça de pedágio em nossas estradas ultrapassa os valores da viagem na Fernão Dias inteira. Na Rodovia Castelo Branco tem pedágio custando até R$ 10,80 (dez reais e oitenta centavos). O custo de uma viagem de Bauru a São Paulo (340 km) é de aproximadamente R$ 47,00 (quarenta e sete reais).
Notem como o governo paulista do PSDB é bonzinho com as empresas privadas na hora de estipular valores de contratos de concessão. Enquanto na Rodovia Federal o valor é de R$ 1,10 aqui em SP chega numa única praça a R$ 10,80. Coisa de pai para filho, um negócio da China em época de crise.
Num país que está privado de ter transporte ferroviário, visto que as ferrovias foram sucateadas durante o governo FHC e não retomadas durante a gestão Lula, não fica difícil entender o porquê do sorriso aberto das montadoras em solo tupiniquim.
Ninguém é contra a terceirização das rodovias, porém a grande maioria é contra o roubo que se pratica nas praças de pedágios em favorecimentos as empresas concessionárias desses serviços.
Sem contar que o volume de automóveis, caminhões e ônibus nas estradas de SP, muitas vezes são maiores do que em algumas estradas federais, a conservação delas era muito melhor do que a Régis Bittencourt, Fernão Dias e a Dutra por exemplo. É o famoso mamão com açúcar que dizem os jovens empresários na gíria para esse tipo de negócio vantajoso para o Estado, lucrativo para os empreiteiros e altamente prejudicial para os usuários.
Junto com os serviços cartoriais e com as carreiras políticas a administração de estradas está entre as grandes mamatas do país. São minas de ouro em pó, ao chegarmos perto das praças de pedágio em SP, ouvimos ao longe o tilintar das moedas caindo no cofre dos Tios Patinhas do ramo.
O usuário que paga em SP o maior IPVA do Brasil, o preço mais caro do combustível com a pior qualidade no mundo ainda tem de desembolsar uma verdadeira fortuna para poder se locomover dentro do próprio Estado. O dinheiro que o Estado economiza vai para a conta de propaganda e marketing, pois a segurança é ridícula, a habitação mediana e a Educação ao lado da Saúde continuam a desejar e muito.

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