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26 de março de 2009

Violência nos estádios de futebol

A crescente violência no país tem dentro dos estádios de futebol do Brasil uma parte de sua pior faceta, são as torcidas organizadas. Se em SP temos organizações criminosas que atuam dentro e fora dos presídios tal qual no Rio de Janeiro, no futebol lidamos com as odiosas torcidas “organizadas”.

Muito já se falou e pouco foi feito, mas a verdade é que algumas coisas tem de ser ditas:
1. A impunidade supera quaisquer atitudes de simples boa vontade e de discursos por parte do Ministério Público, é preciso agir com rigor e colocar atrás das grades quem comete crimes dentro ou fora dos estádios;


2. É preciso que a Justiça faça sua parte com rigor, estabelecendo linha direta com a CBF, Federações, Policia Militar e Civil;


3. Os Estados tem de providenciar o treinamento das tropas envolvidas com a realização de eventos esportivos. Separando aqueles que fazem apenas a triagem e a segurança externa daqueles que efetivamente tem de coibir com inteligência quaisquer atos ilícitos dentro dos estádios;


4. Em grandes jogos com públicos acima de vinte mil pessoas ou em grandes clássicos é preciso que se façam presentes estações móveis com delegados, promotores e até juízes para que aqueles que forem presos possam ser julgados no local. Se condenados, devem ser encaminhados a carceragem mais próxima;


5. Não se pode permitir a venda de bebidas alcoólicas nas imediações dos grandes estádios de futebol;


6. Ambulantes e cambistas tem de ser banidos das imediações dos espetáculos doa a quem doer;


7. Dirigentes e membros de comissões técnicas que derem declarações que motivem ainda mais a violência devem responder civil e criminalmente por sua verborragias;


8. Os clubes devem ser responsabilizados por atitudes que comprometam a segurança dos espetáculos. Tanto na organização, definição de praças esportivas, vendas antecipadas de ingressos, enfim, tudo que disser respeito à promoção do jogo. Inclusive a proibição da relação promiscua existentes atualmente entre dirigentes de clubes e chefes de torcidas organizadas;


9. O torcedor que cometer crimes ou atos de violência deve ser banido dos estádios por dez anos no mínimo;


10. A PM deve se valer da utilização de bafômetros e os estádios devem ter obrigatoriamente em suas entradas detectores de metais e outros equipamentos como os circuitos fechados de TV e gravação online de imagens que auxiliem na prisão de vândalos e criminosas que insistam em tomar os lugares dos verdadeiros torcedores de futebol no Brasil.


O resto é brincadeira e medidas fantasiosas que pessoas que nunca foram aos estádios de futebol querem implantar para aparecerem o suficiente para depois se candidatarem a cargos públicos. Chega de balela, é preciso impor a ordem e o respeito, é preciso colocar marginais na cadeia e não permitir que voltem a frequentar lugares que são para famílias em busca de diversão e lazer associado a maior paixão do nosso povo.


O Brasil em 2014 pretende organizar uma Copa do Mundo de futebol, se realmente não quer passar vergonha e nem ser humilhado pelos países de primeiro mundo é preciso começar imediatamente a mudar a cultura do nosso torcedor. É iminente que as mudanças para o combate efetivo à violência e a impunidade sejam colocadas em prática já, pois o que se viu ontem no Estádio do Pacaembu dá a exata dimensão do que teremos em 2014, ou até pior.

23 de março de 2009

Pedágio ou mina de ouro em SP?

Um motorista usando veículo de passeio que viajar de São Paulo para Belo Horizonte irá gastar a partir da próxima segunda feira aproximadamente R$ 7,70 (sete reais e setenta centavos). Essa é a conta imposta pela construção de sete praças de pedágio durante o trajeto entre as duas capitais.
O valor de R$ 1,10 (um real e dez centavos) foi avençado na licitação federal que concedeu a administração da rodovia Fernão Dias no trecho que compreende SP e BH. Uma realidade bem diferente da que vivem os motoristas usuários do sistema em SP.
Para quem não reside em SP, uma única praça de pedágio em nossas estradas ultrapassa os valores da viagem na Fernão Dias inteira. Na Rodovia Castelo Branco tem pedágio custando até R$ 10,80 (dez reais e oitenta centavos). O custo de uma viagem de Bauru a São Paulo (340 km) é de aproximadamente R$ 47,00 (quarenta e sete reais).
Notem como o governo paulista do PSDB é bonzinho com as empresas privadas na hora de estipular valores de contratos de concessão. Enquanto na Rodovia Federal o valor é de R$ 1,10 aqui em SP chega numa única praça a R$ 10,80. Coisa de pai para filho, um negócio da China em época de crise.
Num país que está privado de ter transporte ferroviário, visto que as ferrovias foram sucateadas durante o governo FHC e não retomadas durante a gestão Lula, não fica difícil entender o porquê do sorriso aberto das montadoras em solo tupiniquim.
Ninguém é contra a terceirização das rodovias, porém a grande maioria é contra o roubo que se pratica nas praças de pedágios em favorecimentos as empresas concessionárias desses serviços.
Sem contar que o volume de automóveis, caminhões e ônibus nas estradas de SP, muitas vezes são maiores do que em algumas estradas federais, a conservação delas era muito melhor do que a Régis Bittencourt, Fernão Dias e a Dutra por exemplo. É o famoso mamão com açúcar que dizem os jovens empresários na gíria para esse tipo de negócio vantajoso para o Estado, lucrativo para os empreiteiros e altamente prejudicial para os usuários.
Junto com os serviços cartoriais e com as carreiras políticas a administração de estradas está entre as grandes mamatas do país. São minas de ouro em pó, ao chegarmos perto das praças de pedágio em SP, ouvimos ao longe o tilintar das moedas caindo no cofre dos Tios Patinhas do ramo.
O usuário que paga em SP o maior IPVA do Brasil, o preço mais caro do combustível com a pior qualidade no mundo ainda tem de desembolsar uma verdadeira fortuna para poder se locomover dentro do próprio Estado. O dinheiro que o Estado economiza vai para a conta de propaganda e marketing, pois a segurança é ridícula, a habitação mediana e a Educação ao lado da Saúde continuam a desejar e muito.

Governo Federal mentiu de novo!

Quando da terrível tragédia que se abateu sobre o povo catarinense nas inundações causadas por fortes chuvas e deslizamentos acontecidos há quatro meses naquele Estado, o governo federal prontamente se dispôs a liberar recursos para ajudar aquela gente sofrida que passava por momentos desesperadores.
Após cento e vinte dias, a chuva já não castiga mais passou aquela região. A tragédia não tem mais espaço na mídia, a terra secou e o dinheiro prometido em rede nacional não foi enviado. As pessoas continuam reerguendo-se sozinhas, sem o auxilio do Governo Federal.
Quando uma tragédia acontece os governantes surgem na televisão com cara de tristeza e fingem estar preocupados com os envolvidos, em seguida pegam seus aviões ou helicópteros oficiais e somem sem nunca mais deixar noticias. Descumprem promessas, não ajudam, não liberam verbas e só voltam na eleição seguinte para buscar votos.
Esse tal de PAC – Programa de Aceleração do Crescimento implantado com pompa e circunstância por Lula é um tremendo engodo, as obras anunciadas em rede de televisão são sempre jogadas para inaugurações anos à frente, tem nome pomposo como os programas inócuos lançados por FHC, o país não vai crescer se depender desses programas caça eleitores.
Nos oito anos de gestão de FHC foram lançados o Brasil em Ação e Avança Brasil, pois o país nem avançou e muito menos teve ação de crescimento sustentado. Ao contrário, vendeu suas ferrovias que em seguida foram sucateadas pelos abutres que as compraram. O setor elétrico desde então não cresceu um quilowatt hora e nenhum grande projeto foi concebido pelos felizes compradores.
Agora nos seis anos de gestões Lula, temos a mesma situação acontecendo, com apenas a mudança do nome eleitoral do plano. Nem assim, o povo de Santa Catarina conseguiu verbas para amenizar o sofrimento de milhares de desabrigados. Nenhuma casa foi construída ou reerguida pelo governo federal. Nenhuma grande ação verdadeiramente social foi levada a cabo. Nada versus nada.
De que adianta o “Lula das marolas” (Em Nov/08 Lula disse que a crise era um Tsunami para os EUA, mas que aqui seria apenas uma marolinha), ficar fazendo bravatas em relação a nossa economia se continua usando de mentiras e subterfúgios para enganar ao cidadão brasileiro.Pobre país que precise de homens públicos do nível do político padrão brasileiro para recomeçar sua vida ou tentar reerguer sua cidade, bairro ou casa simplesmente, é melhor se unir a vizinhos, contar com ajuda religiosa ou de outras organizações sérias, pois quatro meses para liberar uma verba que deveria ter sido encaminhada na própria semana é um despautério sem precedentes.

Zorra total no Senado

O que podemos dizer de uma casa onde seus membros não sabem sequer quem faz parte de sua estrutura administrativa? O que dizer então do Senado que possuí 81 membros eleitos pelo povo a cada quatro anos e alegam que não sabiam que possuíam 181 funcionários em cargos de diretoria?
A desculpa de alguns senadores que passam a maior parte do tempo criticando o governo federal é ridícula, pois foram pegos de calças curtas, pois como sabem de tudo que acontece no governo Lula e não sabiam dessa imoralidade dentro dos seus próprios gabinetes?
Quem indicou os cento e oitenta e um empregados do Senado para os cargos de diretoria? Quem agora pode em sã consciência dizer que não sabia que havia tantos diretores naquela casa do povo?
Onde estão os paladinos da mídia, os senadores Artur Virgílio (PSDB), Álvaro Dias (PSDB) e tantos outros que vivem aparecendo na mídia pré-julgando políticos e instituições enquanto a farra das diretorias acontecia sob os seus narizes entupidos?
O detalhe mais importante é que a atual estrutura contendo entre outras irregularidades o número estapafúrdio de cento e oitenta e uma diretorias foi aprovada em plenário pelos senadores, aprovando no ato a resolução criada para tal finalidade.
São mais de dois diretores para cada senador e a grande maioria sem nenhuma função que justifique tal cargo. Tem diretoria para tudo no Senado, deve ter até Diretoria para Assuntos de Diretoria. Tudo isso custeado pelo povo, milhões e milhões de reais jogados mensalmente no lixo, justamente na casa que deveria ser o maior exemplo do país.
Entre as muitas diretorias bizarras, temos a Diretoria de Check in, Diretoria de Autógrafos, Diretoria de Garagem. Na verdade além da nomenclatura estar incoerente com as atividades, temos também os salários que são desproporcionais para as responsabilidades assumidas. Alguns cargos poderiam ser substituídos por Mirins ou Office boys e os serviços estariam em ótimas mãos.
Tem Diretorias que possuem um único funcionário, sim, ele próprio, o Diretor dele mesmo. É digno de participar do humorístico Zorra Total, pois se isso não é piada, é o que então?
Os senadores que ocuparam aquela casa desde 1995 até a gestão atual, fizeram vistas grossas para todas as privatizações e terceirizações efetuadas a bel prazer pelo governo federal e os estaduais, entretanto nunca tiveram a coragem e a decência de terem realizado naquela casa uma reestruturação honesta e condizente com aquilo que aceitavam para as empresas estatais brasileiras.Agora depois que o esquemão foi denunciado e chegou ao conhecimento da sociedade aparecem os xerifes do senado e dizem que vão fazer um corte de 50% das diretorias. O certo seria acabar com todas as diretorias e o Senado através de uma Instituição idônea criar uma estrutura inteligente e pertinente para administrar os meandros daquela casa. Afinal, não é apenas o número que está errado e sim a essência do fato em si que nos choca.

7 de março de 2009

Mulheres - Um longo caminho até a igualdade de direitos

"Quase sempre as mulheres fingem desprezar
o que mais vivamente desejam."

William Shakespeare.
Neste dia 08 de março as mulheres estão comemorando o dia internacional dedicado a elas, embora na verdade e na prática todos os dias são os dias das mulheres. A mulher que é jovem, a mulher esposa, a mulher companheira, a mãe zelosa e a mulher madura e consciente de se papel primordial na nossa sociedade.
Entretanto, em que pese o avanço de suas conquistas em pleno território machista e de difícil acesso, a mulher ainda encontra barreiras enormes principalmente no campo profissional. Neste aspecto vem conquistando seu espaço, está ocupando cargos e está tendo destaque em áreas onde até alguns anos eram exclusividade masculina.
Porém, elas ainda têm muito a conquistar, pois está claro que, recebem, em média, salários bem abaixo do que os correspondentes ao homem. Segundo pesquisas recentes realizadas num universo de 20 países, o Brasil está com o pior índice de diferença salarial entre homens e mulheres. Para se ter uma idéia, na Índia a diferença entre a média dos salários pagos aos homens em relação às mulheres é de 6,3%, enquanto no Brasil o percentual é de 34%.
O problema é ainda pior quanto maior o cargo, o que revela um preconceito absurdo, visto que a formação adequada não é suficiente para que os vencimentos sejam idênticos, prevalecendo sim, o preconceito.
Não existe a princípio justificativas inteligentes para que um homem tenha um salário maior que o de uma mulher que faça exatamente o mesmo serviço e tenha a mesma produtividade em sua atividade profissional. É mais um passo que a mulher tem de dar no sentido de conquistar sua igualdade tão necessária e justa na sociedade em que vivemos.
É claro, que a violência doméstica contra a mulher e outros tantos problemas são também desafios permanentes na luta pela igualdade plena de seus direitos em nossa sociedade. Algumas leis e ações do Poder Público têm de certa forma minorado essa situação, mas de forma alguma resolveram os muitos problemas e dificuldades existentes para a mulher no Brasil.
A mulher deve estar atenta e saber exigir e lutar com toda sua inteligência e coragem para que essas diferenças, sejam salariais, ou não, possam ser superadas e levem a mulher para um patamar digno de seu papel fundamental na nossa sociedade contemporânea.
É uma luta constante e assim, o dia oito de março é sempre bom como referência para uma luta que é diária, é cotidiana e deve estar atrelada aos objetivos de toda mulher brasileira. Um mulher forte, das mais lindas do mundo, sensual e presente na vida de nossa terra, como símbolo de beleza e força de um povo que nada recebeu de graça e precisa lutar muito por seus verdadeiros direitos.