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17 de outubro de 2008

A Globo deveria usar computação gráfica nos jogos

Quando adolescente me recordo de ir ao Pacaembu em São Paulo para assistir jogos de times paulistas em rodada dupla. O primeiro jogo começa às 18h30min e o segundo as 20h30min. Tempos depois foram alterados para 19h00min e 21h00min. Não havia brigas e nem confusões para se comprar ingressos, grande jogos bons tempos.
Alguns tempos mais tarde, a televisão passou a transmitir alguns jogos no meio de semana, ainda não eram exclusividade ad-perpétua da Rede Globo, com isso as rodadas duplas foram sendo substituídas por rodadas simples como é até hoje.
Quando a Rede Globo comprou os direitos dos campeonatos estaduais e do Brasileirão, começaram a acabar com a alegria do torcedor, a falta de respeito ao torcedor passou a ser a marca registrada dos eventos futebolísticos no Brasil.
Os horários dos jogos foram passados para as 21h30min até chegar as 22h00min como acontecem hoje em dia, com a desculpa sempre esfarrapada de respeito a sua grade de programas. O horário que o torcedor deve chegar ao estádio e depois retornar a sua residência pouco importa. Também não estão preocupados se o horário em que termina a transmissão é absurdo para quem trabalha no dia seguinte e tem de pegar transporte coletivo nas grandes cidades.
O pior é que, além disso, tudo, a seleção brasileira foi vendida literalmente aquela emissora de televisão, a exclusividade nas transmissões, entrevistas e furos de reportagens são obscenas, na maioria dos países os jogos da seleção nacional é transmitidos por várias emissoras, dando aos torcedores a possibilidade de verem mais de uma opinião além do Galvão.
Quem determina os jogos e os horários é a Globo, quem escala a seleção é a Globo, quem determina quando e como os jogos serão realizados é a Globo, por isso que entendemos essa avacalhação que está hoje em dia a seleção brasileira, o time do povo virou uma peça da programação da emissora.
Como a Rede Globo não está preocupada e aliás, nunca esteve com os milhões de torcedores brasileiros, minha sugestão é que a emissora peça ao seu especialista em designer gráfico Hans Donner que faça uma tela ao fundo representando a presença de milhares de torcedores nos jogos transmitidos pela emissora, assim o torcedor não seria mais indispensável como antigamente.
A torcida da poltrona teria a impressão que o estádio estaria cheio, numa festa sem igual, mas sem a necessidade do povão. Não haveria brigas, nem torcedores robotizados com placas pedindo – “Galvão, Filma nóis”. Não haveria venda de ingressos e sem os abomináveis bandidos travestidos de cambistas. Que beleza!
Esse domínio de exclusividade da Globo é nocivo, pernicioso e vai acabar com o encanto dos campeonatos e da seleção. É preciso que outras emissoras entrem na briga e tirem da Globo esse direito ditatorial de permissividade apelidado de direitos exclusivos. Chega de Galvão e suas bobagens nacionalistas baratas, chega de seleções de Dunga sendo aduladas como se merecessem algum respeito.

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